O presidente
da comissão especial que vai analisar o processo de impeachment da presidenta
Dilma Rousseff, deputado Rogério Rosso (PSD-DF), disse hoje (18) que o
colegiado pode concluir os trabalhos em até 30 dias. A meta, afirmou, é fazer
reuniões de segunda a sexta-feira. O parlamentar vai passar o fim de semana na
Câmara dos Deputados finalizando um cronograma que deve ser votado na reunião
marcada para a próxima segunda-feira, dia 21.
“Dada a
complexidade do tempo, a necessidade de respeitar a Constituição e ser o mais
preciso possível para trazer ao plenário da Câmara um relatório substanciado em
fatos, a ideia é fazer o maior número de reuniões”, explicou. A proposta do
deputado é aproveitar inclusive as dez sessões plenárias que contam como prazo
para a entrega da defesa de Dilma e marcar reuniões para ouvir técnicos,
juristas e entidades sobre o processo.
Contagem
Com a atípica
sessão ordinária aberta hoje (18) pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), foi iniciada a contagem do prazo para o Palácio do Planalto se
manifestar. Cunha quer agilidade e já anunciou que o plenário volta a se reunir
nos três dias úteis da próxima semana, véspera do feriado da Semana Santa. Com
esta agenda, faltariam seis sessões.
“Na outra
semana [depois dos feriados], se forem sessões de segunda a sexta, serão mais
cinco e faltaria mais uma na outra semana”, calculou Rosso. A oposição fechou
uma espécie de força-tarefa para se revezar e garantir quórum todos os dias.
Com os
argumentos de Dilma em mãos, o relator do processo, deputado Jovair Arantes
(PTB-GO), terá cinco dias para concluir um parecer autorizando ou não a
instauração da denúncia. O texto precisa ser aprovado pela maioria simples do
colegiado – metade mais um dos deputados - que tem 65 titulares e o mesmo
número de suplentes. A decisão final é dada pelo plenário da Câmara e, se
aprovado, segue para o Senado decidir se julga a presidente.
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