A presidenta
Dilma Rousseff disse hoje (18), em Feira de Santana, na Bahia, que há
politização em ações de investigação no Brasil. “O meu governo garantiu a
autonomia para a Polícia Federal investigar quem fosse necessário, o meu
governo respeita o Ministério Público e respeita o Judiciário. Agora, nós
consideramos uma volta atrás na roda da história a politização de qualquer um
desses órgãos”, disse.
“Nada, nem
ninguém, pode defender uma justiça ou uma polícia que seja a favor de alguém
por critério político”, afirmou, ao entregar hoje (18) unidades habitacionais
do Programa Minha Casa, Minha Vida no Residencial Viver Alto do Rosário, na
cidade.
Em seu
discurso, Dilma também destacou que membros do Judiciário e do Ministério
Público têm prerrogativas que garantem sua isenção para que não sofram
pressões.
“Nos anos 20
do século passado como funcionava a polícia? A polícia prendia, não porque
aquele ou aquela estavam cometendo um delito, mas prendia para seguir os
interesses dos coronéis. Como funcionavam os juízes? Também prendia para
satisfazer os interesses dos grandes proprietários das grandes fortunas deste
país”, disse, ressaltando que um longo processo de desenvolvimento social e
político foi preciso para mudar essa realidade.
Grampos
telefônicos
A presidenta
criticou a interceptação pela Polícia Federal e a divulgação de suas conversas
telefônicas com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “O presidente do
Brasil ou de qualquer país democrático do mundo tem o que se chama de garantias
constitucionais, ele não pode ser grampeado a não ser com autorização expressa
da Suprema Corte do país. […] Eu não sou passível de grampo a não ser que o
Supremo Tribunal Federal autorize”, disse.
“Todas as
providências cabíveis nesse caso [os grampos] serão tomadas", afirmou
Dilma.
A presidenta
ressaltou ainda que é direito de todo cidadão ir às ruas para se manifestar,
desde que seja sem violência. “A única coisa que não sou a favor é que alguém
justifique que, para combater a corrupção, a democracia tenha que ir junto”,
acrescentou.
Lula
na Casa Civil
Dilma Rousseff
disse que a ida do ex-presidente Lula para o cargo de ministro da Casa Civil
vai “ajudar” o governo a manter os programas sociais, como o Minha Casa, Minha
Vida, e a combater a inflação. a presidenta entregou 1.656 moradias do programa
Minha Casa Minha Vida (MCMV), em Feira de Santana (BA), e 4.028 entregas simultâneas
em Itabuna (BA), Ananindeua (PA), Itapeva (SP), Teresina (PI) e Suzano (SP).
“Nós estamos
aqui lutando contra esse povo do contra, esse povo do 'quanto pior, melhor'.
Por isso, eu chamei um grande amigo meu e de vocês para me ajudar, eu chamei o
presidente Lula. Mas tem muita gente que não quer ver ele trabalhando para
ajudar o povo brasileiro, para ajudar o governo para voltarmos a crescer e
criar emprego”, disse.
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Dag Vulpi