Os advogados
do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ingressaram com pedido ao ministro
Teori Zavaski, no Supremo Tribunal Federal (STF), para que ele “reafirme sua
competência para analisar os procedimentos que foram remetidos ao STF no último
dia 16/03/2016, após o juiz Sérgio Moro declinar de fazê-lo”. Zavaski é o
responsável pelas investigações da Operação Lava Jato no STF.
Em nota
divulgada à imprensa hoje (20), os advogados alegam que “não cabia ao Ministro
Gilmar Mendes, ao analisar as ações do PSDB e do PPS, definir o órgão
competente para dar continuidade às investigações que procuram envolver o
ex-presidente”.
Na última
sexta-feira (18), Mendes decidiu manter a liminar concedida pela Justiça
Federal que anulou a posse do ex-presidente como ministro-chefe da Casa Civil e
remeteu o processo de investigação contra ele de volta à 13ª Vara Federal de
Curitiba, ou seja, aos cuidados do juiz Sérgio Moro.
Os advogados
de Lula, além de pedirem que Teori retome para si os procedimentos envolvendo o
ex-presidente, também pedem que retome os sigilos dos grampos feitos no
telefone de Lula com autorização judicial. Também na última semana, Moro
levantou os sigilos das gravações telefônicas, tornando públicas diversas
conversas do ex-presidente, inclusive diálogos com a presidenta Dilma Rousseff
e com seus advogados, o que foi motivo de repúdio por parte da Ordem dos
Advogados do Brasil.
“Na
última sexta-feira, já havia sido pedido ao ministro Teori Zavascki
providências com o objetivo de preservar o sigilo das gravações decorrentes de
interceptações telefônicas, como estabelece a lei. Registrou-se haver gravações
realizadas sem autorização judicial e outras que envolveram, de forma
reprovável, os próprios advogados de Lula”, conclui a nota dos advogados
Roberto Teixeira e Cristiano Zanin Martins.
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