A projeção de
instituições financeiras para a inflação este ano subiu pela sétima vez
consecutiva. Desta vez, a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) passou de 7,56% para 7,61%. Para 2017, a
estimativa segue em 6%, de acordo com o boletim Focus, publicação divulgada
semanalmente pelo Banco Central (BC), com base em projeções de instituições
financeiras para os principais indicadores econômicos.
As estimativas
de inflação estão distantes do centro da meta de 4,5%, e neste ano superam o
teto de 6,5%. O limite superior da meta em 2017 é 6%.
Mesmo com
inflação alta, as instituições financeiras não esperam que o BC suba a taxa
básica de juros, a Selic, neste ano de retração da atividade econômica. A
projeção para o final de 2016 permanece em 14,25% ao ano, há duas semanas. No
próximo ano, a expectativa é de redução da taxa Selic. Mas a projeção para o
fim de 2017 foi ajustada de 12,50% para 12,75% ao ano.
A taxa é usada
nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e
Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da
economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que
pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam
a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e
incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação.
A pesquisa do
BC divulgada hoje (15) também traz a projeção para a inflação medida pelo
Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que subiu de 7,72%
para 7,98% este ano. A estimativa para 2017 segue em 5,50%.
Para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), a estimativa passou de 7,29% para 7,72% este ano, e permanece em 5,50% em 2017.
A estimativa
para o Índice de Preços ao Consumidor, da Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas (IPC-Fipe), foi alterada de 7% para 7,04%, em 2016, e de 5,30% para
5,40%, no próximo ano.
A projeção
para os preços administrados permanece em 7,70% este ano e em 5,50% em 2017.
Atividade
econômica
As
instituições financeiras projetam queda do Produto Interno Bruto (PIB), a soma
de todos os bens e serviços produzidos no país, de 3,33%, este ano, na quarta
piora seguida. A estimativa anterior era 3,21%.
Para 2017, as
instituições financeiras esperam por uma recuperação da economia, mas a
projeção de crescimento está cada vez menor. No quarto ajuste seguido, a
estimativa de expansão foi alterada de 0,60% para 0,59%.
A projeção
para a cotação do dólar foi alterada de R$ 4,35 para R$ 4,38, ao fim de 2016, e
segue em R$ 4,40 ao fim de 2017.
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