Nos três
primeiros dias de carnaval, em Salvador, 626 crianças e adolescentes foram
flagradas em situação de trabalho infantil nos circuitos da cidade. Do total,
296 no Circuito Osmar (Campo Grande) e 330 no circuito Dodô (Barra-Ondina),
informou a prefeitura.
Por conta do
alto número, a partir deste domingo (7), órgãos da prefeitura - secretarias
municipais de Ordem Pública (Semop) e de Promoção Social, Esporte e Combate à
Pobreza (Semps) - junto com o Ministério Público da Bahia e o Conselho Tutelar
vão intensificar a fiscalização contra o trabalho infantil. A atuação terá
foco, principalmente, no comércio informal dos dias de folia e vai até
terça-feira (09), último dia oficial de carnaval.
Os ambulantes
que forem identificados com crianças e adolescentes em situação de trabalho
infantil, nos circuitos do carnaval, poderão ter a licença municipal cassada
por até um ano.
Segundo os
responsáveis pela fiscalização, 87 ambulantes permitiram que os menores fossem
levados para um dos quatro postos de acolhimento montados nos circuitos. As
quatro estruturas funcionam em quatro escolas municipais, temporariamente, até
a quarta-feira de cinzas (10).
Nas equipes de
fiscalização atuam assistentes sociais, psicólogos, pedagogos, educadores
sociais e pessoal de apoio. O objetivo é cumprir o Estatuto da Criança e do
Adolescente e a lei municipal que proíbe o funcionamento de qualquer
estabelecimento que utilize mão de obra de crianças e adolescentes.
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