Cerca de 200
manifestantes estão neste momento em frente à entrada principal do Ministério
da Fazenda, segundo dados da Polícia Militar do Distrito Federal. A expectativa
dos movimentos sociais, que participam do ato contra cortes do governo, é que o
número pode chegar a 1,5 mil pessoas, já que mais de 20 ônibus devem chegar ao
local até o fim da manhã.
De acordo com
o secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público
Federal, Sérgio Ronaldo da Silva, cerca de 23 entidades que representam os
servidores federais decidiram se unir aos movimentos sociais no que estão
chamando de Dia Nacional de Luta dos Servidores Federais contra o pacote de medidas anunciadas pelo governo no último
dia 14.
“Essas medidas
retiram direitos dos trabalhadores e dos movimentos sociais”, disse. “Esse
anúncio foi a gota d'água. Queremos que o governo vire a metralhadora para o
outro lado. E que o ministro Joaquim Levy vire a tesoura para outro lado. Não
aceitamos esse tipo de política”, completou. Segundo Silva, os servidores
federais ameaçam uma greve geral no próximo dia 28, quando está prevista uma
reunião entre centrais sindicais.
O
representante do Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários, Antônio
Araújo, lembrou que, mais tarde, os manifestantes devem se deslocar rumo ao
Ministério do Planejamento. “Temos 54% do efetivo em condições de se aposentar
e o governo quer impedir novos concursos públicos. Há ainda uma pauta
administrativa que envolve, por exemplo, o preenchimento de cargos por
meritocracia, o que sequer gera impacto financeiro”.
Já o professor
Marco Escher, da diretoria do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições
de Ensino Superior, disse que o movimento protesta contra o que considera ser a
“retirada de direitos historicamente conquistados”. No caso específico dos
professores, a demanda trata da defasagem de docentes e da suspensão de
concursos públicos nas universidades. “O governo anunciou até mesmo o fim do
subsídio para os que têm condição de se aposentar, mas continuam trabalhando.
Desta forma, eles vão sair e isso tudo deixa um buraco muito grande”.
A assessoria
de imprensa do Ministério da Fazenda informou que o ministro Joaquim Levy
participa, neste momento, de reunião com o ministro de Minas e Energia, Eduardo
Braga, e que ainda não há previsão para receber os manifestantes.
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