O Banco
Central (BC) avalia que quanto mais cedo for implementado o ajuste fiscal, mais
rápida será a retomada da trajetória favorável da dívida pública e a melhora na
confiança das famílias e empresas. A avaliação consta do Relatório de Inflação,
divulgado pelo BC, hoje (24).
O governo
propôs um ajuste fiscal com corte de gastos e a criação de receitas com a volta
da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). O governo
também anunciou medidas para diminuição do gasto tributário, reduzindo ou
retirando benefícios fiscais de empresas. Mas, para aumentar as receitas, o
governo tem de conseguir aprovação de medidas no Congresso Nacional.
No Relatório
de Inflação, o BC diz que “a mudança de trajetória para as variáveis fiscais,
implícita na proposta orçamentária para 2016, afetou as expectativas e, de
forma significativa, os preços de ativos”, como o câmbio. Inicialmente, o
governo enviou ao Congresso proposta orçamentária com déficit de R$ 30,5
bilhões. Posteriormente, o governo anunciou medidas para ampliar as receitas e
atingir a meta de superávit primário, economia para o pagamento de juros da
dívida pública, de 0,7%, no próximo ano.
“A geração de
superávits primários que fortaleçam a percepção de sustentabilidade do balanço
do setor público contribuirá para criar uma percepção positiva sobre o ambiente
macroeconômico no médio e no longo prazo, por conseguinte, diminuindo o custo
de financiamento da dívida pública”, diz o BC.
O BC destaca
ainda que “um desenho de política fiscal consistente e sustentável” permite que
as ações para controlar a inflação sejam plenamente transmitidas aos preços.
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