O diretório do
PSB no Rio de Janeiro apoiará a presidente Dilma Rousseff (PT) no segundo turno
da eleição presidencial. De acordo com o vice-presidente do diretório
estadual do PSB no Rio de Janeiro, ex-deputado Vivaldo Barbosa, a tendência de
apoio no município do Rio já será transmitida à direção nacional do partido.
O deputado
afirmou que o apoio à candidata petista se dá pela linha política ideológica e
histórica do partido, que teria mais afinidade com as propostas de Dilma
Rousseff do que com as de Aécio Neves (PSDB). "Apesar das ressalvas e críticas
que nós temos ao governo de Dilma, é muito mais natural que socialistas estejam
juntos às propostas de Dilma do que das propostas neoliberais do candidato
tucano. A visão de Armínio Fraga é outra coisa que nos distancia de
Aécio", declarou.
A previsão é
que a Comissão Executiva Nacional do PSB se reúna já na próxima quarta-feira
(7) para debater o assunto, em Brasília, na sede do PSB Nacional, às 14h. A
direção nacional do partido tem feito consultas aos diretórios estaduais, mas
ainda não é certo se o partido irá se pronunciar nesta semana ou se vai deixar
para declarar uma posição de apoio para a próxima segunda-feira, quando
ocorrerá nova reunião.
Barbosa
declarou que, nacionalmente, a maioria do partido possui essa tendência de
apoio à Dilma, mas, como existem seções do partido que possuem posicionamentos
contrários, existe também a possibilidade de o partido não chegar a uma decisão
formal. “Mas a maioria do partido, sem dúvida alguma, tem essa tendência de
apoiar a Dilma pela própria natureza dos socialistas”, apontou.
Quando às
declarações recentes de Marina Silva que, apesar de evitar falar diretamente na
possibilidade de aliança com
os tucanos, tem sinalizado a possibilidade de apoiar Aécio, Barbosa declarou
que a provável decisão de apoio à Dilma é exclusiva do PSB. “Marina Silva é uma
entidade que possui as características particulares dela, estamos falando do
apoio do PSB”, ressaltou.
Terceira
colocada na primeiro turno, com 22 milhões de votos (21%), a ex-senadora Marina
Silva (PSB) já sinalizou apoio ao tucano Aécio Neves. O presidente do PSB
nacional, Roberto Amaral, está neutro, por enquanto. Já o vice na chapa de
Marina, o deputado federal Beto Albuquerque (RS) manifestou, em coletiva neste
domingo (5), em São Paulo, sua posição pessoal contrária à candidatura da
presidente Dilma.
"Eu tenho
muita dificuldade de votar na Dilma depois de tudo que eu ouvi ela dizer de
nossa candidatura. É uma opinião minha, pessoal. O meu partido vai
discutir", afirmou o parlamentar.
Em Pernambuco
o PSB bateu o martelo e deverá apoiar a candidatura do senador mineiro Aécio
Neves (PSDB) à Presidência da República. A posição do partido foi tomada após
uma reunião das lideranças estaduais que só terminou na madrugada desta
terça-feira (7). O governador eleito, Paulo Câmara, o prefeito do Recife,
Geraldo Julio, o ex-ministro e senador eleito, Fernando Bezerra Coelho, o
presidente estadual da legenda, Sileno Guedes, viajam ainda nesta terça para
São Paulo para defender a candidatura de Aécio Neves junto a direção do
partido. Eles também devem se encontrar com a candidata presidencial derrotada
marina Silva (PSB). A reunião da Executiva Nacional do PSB que definirá qual
candidato receberá o apoio dos socialistas será realizada nesta quarta-feira,
em Brasília.
Após o pleito
que elegeu Paulo Câmara, tanto a presidente e candidata à reeleição Dilma
Rousseff como Aécio Neves entraram em contato com a direção estadual do partido
e também com a viúva do ex-governador Eduardo Campos, Renata Campos, para
tentar levar o PSB para os seus respectivos palanques.
Nas
discussões, o PSB teria avaliado que apoiar o PT no segundo turno significaria
ir de encontro ao discurso construído por Campos sobre a necessidade de se
“construir uma nova política”. Também teria pesado na decisão, os ataques
desferidos contra Marina Silva, candidata do partido na eleição presidencial.
Além disso,
Aécio teria conseguido apontar que, no momento atual, PSB e PSDB possuem mais
pontos de convergência do que discordâncias. O fato do PSDB também não ter
apresentado o programa de governo, possibilita que muitos pontos defendidos
pelo PSB possam ser incluídos no conteúdo programático da legenda tucana. Esta
posição, inclusive, já havia sido manifestada por membros do PSB e da Rede
Sustentabilidade, legenda que Marina Silva tenta criar e que está abrigada no
PSB.
“Não é que o
Aécio seja o nosso candidato dos sonhos. Tanto é que apresentamos uma
alternativa para acabar com essa polarização. Mas vale dizer que esse deverá
ser o encaminhamento de Pernambuco. Temos que aguardar o encaminhamento do PSB
enquanto nacional”, disse Sileno Guedes ao jornal O Estado de S. Paulo.
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