Presos
do mensalão estavam na Penitenciária da Papuda, em Brasília.
Eles foram para o CPP, onde ficam detentos com aval para trabalho externo.
Eles foram para o CPP, onde ficam detentos com aval para trabalho externo.
Por Mariana
Oliveira no G1
A
Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal informou na tarde desta
quarta-feira (2) que o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-tesoureiro
do PT Delúbio Soares e o ex-deputado Valdemar Costa Neto foram transferidos do
Complexo Penitenciário da Papuda para o Centro de Progressão Penitenciária
(CPP), onde ficam detentos do Distrito Federal com autorização para trabalho externo.
As
transferências foram
determinadas pela juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais do Distrito
Federal, que ordenou as transferências a fim de que sejam cumpridas decisões do
Supremo Tribunal Federal (STF) que concederam aval para trabalho externo aos
presos do processo do mensalão do PT.
Oito dos
24 condenados do processo, entre eles Dirceu, Delúbio e Valdemar, tiveram o
benefício de trabalho fora da cadeia negado
ou revogado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim
Barbosa, em maio.
Entendimentos
consolidados na Justiça autorizam há 15 anos o trabalho durante o dia fora da
cadeia, mas Barbosa entendeu que eles ainda não tinham cumprido um sexto da
pena como exige a Lei de Execução Penal (LEP).
O
plenário do Supremo, então, julgou o caso e derrubou
a exigência do cumprimento de um sexto da pena por nove votos a um,
além de autorizar o trabalho
externo para José Dirceu. Depois da decisão do plenário, o ministro Luís
Roberto Barroso, que substituiu Barbosa na relatoria do mensalão, restabeleceu
os benefícios
dos condenados do mensalão.
Condenado
no processo do mensalão do PT a 7 anos e 11 meses de prisão pelo crime de
corrupção ativa, Dirceu deve começar a trabalhar nesta quinta-feira (3) na
biblioteca do escritório do advogado José Gerardo Grossi, que já integrou o
Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Conforme a proposta de emprego aprovada, a
jornada será das 8h às 18h e o salário, de R$ 2,1 mil.
Antes, o
ex-ministro havia desistido de emprego como gerente administrativo de um hotel
de Brasília com salário de R$ 20 mil - reportagem
do Jornal Nacional apontou suspeitas de que um laranja fosse dono do
estabelecimento.
Os
demais presos devem retomar às atividades que exerciam antes de o benefício ser
revogado por Joaquim Barbosa.
Condenado
a 6 anos e 8 meses por corrupção ativa, Delúbio Soares voltará ao trabalho no
assessoramento aos sindicalizados na Central Única dos Trabalhadores (CUT). O
salário é de R$ 4 mil a R$ 5 mil para trabalhar das 8h às 18h.
Valdemar
Costa Neto, condenado a 7 anos e 10 meses pelos crimes de corrupção passiva e
lavagem de dinheiro, retornará ao trabalho de gerente administrativo de um
restaurante industrial nos arredores de Brasília.
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