quinta-feira, 27 de março de 2014

PIB vai crescer 2% em 2014, prevê Banco Central


Projeção do Banco Central, no Relatório de Inflação, divulgado nesta quinta-feira 27, reduz o ritmo de crescimento da economia em relação a 2013, que registrou avanço de 2,3%; estimativa do BC para a inflação, medida pelo IPCA, deve ficar em 6,1%, este ano.

A economia brasileira deve crescer 2%, este ano, reduzindo o ritmo em relação a 2013. A projeção é do Banco Central (BC), no Relatório de Inflação, divulgado hoje (27).

No ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, cresceu 2,3%. De acordo com as projeções do BC, o crescimento para a produção da indústria em 2014 é de 1,5%, ante 1,3% registrado em 2013. O crescimento do setor de serviços em 2014 foi projetado em 2,2% (contra 2% medidos em 2013). A produção agropecuária também deve crescer menos este ano: 3,5%, ante 7% observados em 2013.

O consumo das famílias deve crescer 2% (2,3% registrados em 2013). Segundo o relatório esse crescimento será "amparado no cenário de manutenção das baixas taxas de desemprego e de ganhos reais de salários moderados". O consumo do governo deverá aumentar 2,1% e a Formação Bruta de Capital Fixo (investimentos), 1%, ante 1,9% e 6,3%, respectivamente, registrados em 2013).

As exportações e importações de bens e serviços devem crescer 1,3% e 0,9%, respectivamente, em 2104, ante elevações de 2,5% e 8,4%, respectivamente, em 2013. "As exportações devem se beneficiar do cenário de maior crescimento global e da depreciação do real, a qual também deve contribuir para o arrefecimento das importações" diz o BC.

Inflação chegará a 6,1% em 2014
A inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve ficar em 6,1%, este ano, 0,5 ponto percentual acima da projeção do Banco Central (BC) divulgada em dezembro. Essa estimativa está no Relatório de Inflação, divulgado hoje (27).

Em 2015, a inflação deve recuar e encerrar o período em 5,5%. Em 12 meses a acumulados no final do primeiro trimestre de 2016, a projeção ficou em 5,4%.
Essas projeções são do cenário de referência, em que o BC levou em considerações informações disponíveis até o dia 14 de março deste ano para fazer as estimativas. Nesse cenário foram considerados o dólar a R$2,35 e a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 10,75% ao ano.

O BC também divulga os dados do cenário de mercado, que faz estimativas para a taxa de câmbio e a Selic. No cenário de mercado, a previsão para a inflação neste ano é 6,2%, 0,6 ponto percentual acima da estimativa de dezembro. Em 2015, a projeção é 5,5% e em 12 meses a acumulados no final do primeiro trimestre de 2016, em 5,2%.

As estimativas de inflação estão acima do centro da meta de inflação, 4,5%, que deve ser perseguida pelo BC. Essa meta tem como limite superior 6,5%. Um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação, é a taxa básica de juros, a Selic. Essa taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia.

Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação.

O BC tem que encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa básica de juros, de modo a fazer com que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. Atualmente, a Selic está em um ciclo de alta. A última elevação ocorreu em fevereiro, quando ficou em 10,75% ao ano. A próxima reunião do Copom está marcada para os próximos dias 1º e 2 de abril.

No cenário de referência, a probabilidade estimada de a inflação ultrapassar o limite superior do intervalo de tolerância da meta em 2014 ficou em torno de 38% e, em 2015, de 27%. No cenário de mercado, essa probabilidade ficou em cerca de 40%, este ano, e em 29%, em 2015.

Da Agência Brasil

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