As
investigações sobre o artefato explosivo que atingiu o cinegrafista Santiago
Andrade, da TV Bandeirantes, durante a manifestação de quinta-feira (6), no
centro da cidade, seguem duas linhas periciais, além dos depoimentos das
testemunhas, disse hoje (7) o chefe de Polícia Civil, Fernando Veloso. Santiago
está internado, em estado grave, no Hospital Souza Aguiar, aonde chegou com afundamento
de crânio e passou por uma cirurgia durante a madrugada.
Os peritos do
Instituto de Criminalística Carlos Éboli receberão todas as imagens coletadas
pela polícia, inclusive as feitas por emissoras de televisão, para tentar
elaborar um desenho em que conste o local exato onde estava o cinegrafista e a
possível trajetória que o artefato fez antes de atingi-lo.
"A partir
disso, vamos conseguir reduzir a área em que estava a pessoa que fez o
lançamento [do explosivo]. Vamos definir se estavam presentes policiais
militares, se só havia manifestantes, se havia pessoas mascaradas. Num primeiro
momento, é preciso fazer essa definição", explicou Veloso.
Outro caminho
que as investigações estão seguindo é analisar a roupa que Santiago usava, em
busca de vestígios materiais do artefato que o atingiu. "Esses fragmentos
vão ser submetidos a perícia para definir o tipo de material. Com esse
material, podemos definir qual foi o tipo de explosivo utilizado", disse
Veloso.
Ele evitou
estabelecer prazo para as investigações e adiantou que espera, em breve, ter as
primeiras definições sobre a origem e o tipo de artefato, de modo a afastar
algumas dúvidas. "O esquadrão antibomba estará atuando junto com o
Instituto Carlos Éboli nas investigações. Eles já me disseram que, a partir das
imagens que demonstram a dispersão de gases, a intensidade e a amplitude do
clarão, podem ser capazes de chegar ao artefato também."
O governador
Sérgio Cabral e o secretário de Segurança Pública do estado, José Mariano
Beltrame, lamentaram a agressão ao cinegrafista. "Custe o que custar, doa
a quem doar, vamos descobrir os autores dessa barbaridade. A informação
verdadeira chegará à população, seja ela responsabilizando um agente da policia
ou alguma outra pessoa que tenha feito isso", disse o governador.
Centenas de
pessoas participaram ontem de mais uma manifestação contra o reajuste nas
tarifas de ônibus no Rio de Janeiro, que passarão de R$ 2,75 para R$ 3 amanhã
(9). Os manifestantes entraram no prédio da Central do Brasil no início da
noite e houve confronto com a polícia no terminal de trens e nos arredores.
Da Agência
Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua visita foi muito importante. Faça um comentário que terei prazaer em responde-lo!
Abração
Dag Vulpi