O líder do
partido de direita Vontade Popular, Leopoldo López, anunciou que se apresentará
à Justiça venezuelana amanhã (18), após realizar nova marcha contra o governo
de Nicolás Maduro. Em vídeo divulgado ontem (16), no Twitter, López disse não
ter cometido crime algum, mas que - mesmo assim - se apresentará à
Justiça do país.
López teve
ordem de prisão decretada na quinta-feira (13), em razão de ter sido
considerado pelo governo do país como o mentor intelectual dos atos de
depredação e de violência, vividos durante as manifestações estudantis no país.
Ele afirmou que pretende se reunir com manifestantes e caminhar até o
Ministério do Interior e Justiça para fazer reivindicações.
“Primeiro vou pedir que seja esclarecida a responsabilidade do Estado nos homicídios da semana passada; em seguida, vou [lutar para que] os jovens detidos e torturados sejam libertados e, por último, [vou solicitar] que o governo assuma o desarmamento dos grupos paramilitares e coletivos”, declarou.
Ele agradeceu as mensagens de apoio que recebeu e disse que “separou uns dias para pensar e estar junto com a família, antes de tomar a decisão de se apresentar à Justiça”.
López é um dos líderes da oposição no país. Foi aliado da Mesa da Unidade Democrática, coalizão que congrega partidos opositores, da qual faz parte Henrique Capriles, governador do estado de Miranda. Nas eleições presidenciais de abril do ano passado, López apoiou Capriles, mas recentemente, segundo analistas do país, os dois teriam tomado caminhos independentes.
Ele finalizou o vídeo dizendo não ter nada que temer e pediu que o caráter da manifestação seja pacífico. E disse que caminhará com a multidão até determinado ponto e depois, por segurança, se apresentará sozinho. Em pronunciamento ontem (16) o presidente Nicolás Maduro voltou a responsabilizar Leopoldo López como uma das principais peças da “tentativa de golpe”. Disse também que os Estados Unidos teriam ameaçado o país. Maduro também convocou simpatizantes uma marcha para o mesmo dia e horário da manifestação convocada por López.
De acordo com
o governo, além de planejar os atos violentos da semana passada, López também
esteve envolvido no golpe frustrado de 2002, contra o presidente Hugo Chávez.
Já foi declarado politicamente inelegível em 2008 e 2011 por denúncias de
desvio de recursos públicos.
Da Agência
Brasil
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