Pesquisadores
de Cambridge dizem ter rompido barreira que protege células cancerígenas em
camundongos
Pesquisadores
da Universidade de Cambridge, na Grã-Bretanha, dizem ter descoberto um
tratamento que poderia eliminar o câncer de pâncreas em cerca de uma semana.
Após
identificarem como funciona a barreira protetora que circunda os tumores, os
cientistas desenvolveram uma droga que consegue rompê-la, permitindo que o
sistema imunológico do corpo mate as células cancerígenas.
Testes
iniciais do tratamento - que consiste em doses do medicamento combinadas com
uma substância que potencializa a ação das células de defesa do organismo -
resultaram na eliminação quase total do câncer em camundongos em seis dias.
As conclusões
foram divulgadas na publicação científica americana PNAS. De acordo com a
Universidade de Cambridge, é a primeira vez que um resultado como esse é
alcançado em pesquisas sobre o câncer de pâncreas.
Caso seja
bem-sucedido, o tratamento também poderia ser usado em outros tipos de
tumores sólidos - como em casos de câncer de pulmão e câncer de ovário.
O câncer de
pâncreas, um dos mais letais, é a oitava causa mais comum de mortes por câncer
no mundo. Ela afeta homens e mulheres igualmente e é mais frequente em pessoas
com idade acima dos 60 anos.
De acordo com
o levantamento mais recente do Ministério da Saúde, a doença deixou mais de 7,7
mil mortos no Brasil em 2011.
Ultrapassando
o escudo
A nova
pesquisa, liderada pelo professor Douglas Fearon, observou que a barreira em
volta das células do câncer é formada pela proteína quimiocina CXCL12, que é
produzida por células especializadas do tecido conjuntivo - responsável por
unir e proteger os outros tecidos.
A proteína
envolve as células do câncer e forma uma espécie de escudo contra as células T
- que fazem parte do sistema de defesa do organismo.
O novo
tratamento impede que as células T interajam com a proteína CXCL12. Dessa
forma, o "escudo" deixa de funcionar e as células conseguem penetrar
no tumor.
"Ao
permitir que o corpo use suas próprias defesas para atacar o câncer, essa
solução tem o potencial de melhorar muito o tratamento de tumores
sólidos", disse Fearon.
De acordo com
a Universidade de Cambridge, ainda não há data para testes clínicos em seres
humanos.
Por apresentar
poucos sintomas em seus estágios iniciais, o câncer pancreático costuma ser
diagnosticado somente em estágio mais avançado. O fundador da Apple, Steve
Jobs, e o ator americano Patrick Swayze estão entre as vítimas famosas da doença.
Do Ultimo
Segundo
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua visita foi muito importante. Faça um comentário que terei prazaer em responde-lo!
Abração
Dag Vulpi