terça-feira, 18 de junho de 2013

Carioca histórica


Por Luiz Antonio Mello no site Direto da Redacao
A Rua da Carioca, uma das mais tradicionais da cidade do Rio de Janeiro, com edificações que remontam ao Rio antigo, é considerada, desde quinta-feira passada, sítio cultural da capital fluminense. O decreto foi assinado pelo prefeito Eduardo Paes. Segundo o Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, o novo local de proteção do patrimônio teve nove imóveis tombados de forma definitiva, entre os quais estabelecimentos comerciais históricos como A Guitarra de Prata e o Bar Luiz, ambos fundados em 1887. O decreto criou também uma nova categoria de patrimônio imaterial, que é a atividade econômica notável.


Segundo a Agência Brasil, o professor Carlos Vainer, do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro Brasil, avaliou que, em princípio, a iniciativa da prefeitura é positiva, na medida em que preserva atividades comerciais desempenhadas na Rua da Carioca há muitas gerações. “A cidade não é feita apenas de edificações, mas é feita de gente, de ocupações, de atividades que são abrigadas e se relacionam com o entorno edificado. Esse ambiente construído é parte de um conjunto de relações. Não adianta você preservar a edificação se você mata as atividades, as ocupações, as relações que dão sentido àquela edificação”, disse.

Produtoras brasileiras ganham espaço no mercado internacional


Um grupo de produtoras brasileiras espera abrir espaço em emissoras de TV de vários países, durante o Mercado Internacional do Filme de Animação, aberto  na cidade francesa de Annecy. A Belli Studio, a HGN Produções, a Lightstar Studios e a Playground têm a expectativa de fechar negócios para exibição de seus filmes e fazer parcerias com produtores de outros países.

A Belli Studio, instalada em Blumenau, Santa Catarina, levou o projeto da série Urso Bipolar destinada a crianças entre 6 e 10 anos. Produtora executiva da empresa, Aline Belli disse à Agência Brasil que duas TVs estão interessadas e uma distribuidora negocia a pré-venda na Europa.

"A gente está nos primeiros passos. O projeto, para andar, precisa de televisões interessadas e, a partir disso, vamos começar a compor o orçamento. O projeto foi para a Ancine [Agência Nacional de Cinema] e está em fase de captação [de patrocinadores]. A gente planeja entrar em produção no final de 2014", completou.

Para a executiva, quando os brasileiros começaram a produzir e a vender lá fora aprenderam muito. "Temos séries que, de certa forma, foram uma escola para roteiristas, diretores e animadores. Com a lei da TV a cabo conseguimos chegar com os nossos produtos aqui. Antes disso, tínhamos que levar lá fora. Hoje existem mais oportunidades", informou.

Aline Belli explicou que, quando os produtores participam de eventos no exterior, são muito procurados para fazer coproduções e para mostrar os produtos. “É superlegal, porque são pessoas do mundo inteiro vêm para conversar e ouvir quais são as produções feitas aqui e sobre o mercado", contou.

Aline acha que, além da qualidade dos produtos brasileiros, que têm atraído profissionais estrangeiros, a crise econômica global ajuda a trazer os profissionais para o Brasil. "Eu acho que as duas coisas somam. A crise econômica tem seu papel e faz com que as pessoas busquem lugares onde há mais oportunidade", explicou.

A diretora da Belli Studio disse que o mercado internacional é bem variado e que as faixas de interesse acabam determinando o caminho para produções. Segundo ela, a área de pré-escolar tem diversos projetos pelo mundo. "A gente tem outras possibilidades de produtos para crianças e pré-adolescentes. Esta é uma faixa a ser explorada. É um desafio", contou.

As séries brasileiras Peixonauta (foto) , Meu Amigãozão e Escola para Cachorro; Princesas do Mar, Nilba e Os Desastronautas; Sítio do Picapau Amarelo, Julie e Os Fantasmas (indicado ao Emmy Kids Awards 2012) são exibidas em canais infantis internacionais como Discovery Kids, Cartoon Network, Nickelodeon.

O retorno financeiro das produções brasileiras ultrapassou a venda dos produtos para exibição ou de parcerias no exterior. "A partir do momento em que entrou na televisão, as séries ganharam a área de licenciamento, porque as crianças têm identificação com os personagens. Eles viraram bonequinhos, escovas de dente, revistinhas e vários outros produtos", disse a produtora.

Referência no mercado internacional em animação, o Festival de Annecy recebeu no ano passado 7 mil profissionais credenciados, de 80 países. Este ano vai reunir mais de 450 produtoras e 300 distribuidores, além de investidores.

Festival Internacional de Cinema de Brasília tem 12 filmes na mostra competitiva


Desde quinta-feira a capital federal recebe o Festival Internacional de Cinema de Brasília – que usa a sigla Biff, do nome em inglês Brasília International Film Festival. O festival apresenta uma série de mostras temáticas, além da mostra competitiva. Nela, 12 filmes de várias partes do mundo concorrem a R$ 100 mil em prêmios.

Países como China, Turquia, Espanha e Senegal participam da mostra competitiva. Os filmes são inéditos no Brasil e são exibidos no Auditório 1 do Museu da República, com reprises no Cine Cultura Liberty Mall. O festival também trará a chamada Sessão Grandes Pré-Estreias. Nela, serão exibidos, pela primeira vez no país, filmes de Bernardo Bertolucci (Eu e Você), Marco Bellochio (A Bela Que Dorme) e Sofia Coppola (Bling Ring – A Gangue de Hollywood).

Segundo a Agência Brasil, o Biff 2013 encerra em 23 de junho. O Museu Nacional da República e o Cine Cultura Liberty Mall receberão o evento. A expectativa dos organizadores é que cerca de 20 mil pessoas frequentem as sessões do festival. Confira programação completa no site www.biffestival.com 

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