Por Luiz Antonio
Mello no site Direto da
Redacao
A Rua da
Carioca, uma das mais tradicionais da cidade do Rio de Janeiro, com edificações
que remontam ao Rio antigo, é considerada, desde quinta-feira passada, sítio
cultural da capital fluminense. O decreto foi assinado pelo prefeito Eduardo
Paes. Segundo o Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, o novo local de
proteção do patrimônio teve nove imóveis tombados de forma definitiva, entre os
quais estabelecimentos comerciais históricos como A Guitarra de Prata e o Bar
Luiz, ambos fundados em 1887. O decreto criou também uma nova categoria de
patrimônio imaterial, que é a atividade econômica notável.
Segundo a
Agência Brasil, o professor Carlos Vainer, do Instituto de Pesquisa e
Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro
Brasil, avaliou que, em princípio, a iniciativa da prefeitura é positiva, na
medida em que preserva atividades comerciais desempenhadas na Rua da Carioca há
muitas gerações. “A cidade não é feita apenas de edificações, mas é feita de
gente, de ocupações, de atividades que são abrigadas e se relacionam com o
entorno edificado. Esse ambiente construído é parte de um conjunto de relações.
Não adianta você preservar a edificação se você mata as atividades, as
ocupações, as relações que dão sentido àquela edificação”, disse.
Produtoras brasileiras ganham espaço no mercado
internacional
Um grupo de
produtoras brasileiras espera abrir espaço em emissoras de TV de vários países,
durante o Mercado Internacional do Filme de Animação, aberto na cidade
francesa de Annecy. A Belli Studio, a HGN Produções, a Lightstar Studios e a
Playground têm a expectativa de fechar negócios para exibição de seus filmes e
fazer parcerias com produtores de outros países.
A Belli
Studio, instalada em Blumenau, Santa Catarina, levou o projeto da série Urso
Bipolar destinada a crianças entre 6 e 10 anos. Produtora executiva da empresa,
Aline Belli disse à Agência Brasil que duas TVs estão interessadas e uma
distribuidora negocia a pré-venda na Europa.
"A gente
está nos primeiros passos. O projeto, para andar, precisa de televisões
interessadas e, a partir disso, vamos começar a compor o orçamento. O projeto
foi para a Ancine [Agência Nacional de Cinema] e está em fase de captação [de
patrocinadores]. A gente planeja entrar em produção no final de 2014",
completou.
Para a
executiva, quando os brasileiros começaram a produzir e a vender lá fora
aprenderam muito. "Temos séries que, de certa forma, foram uma escola para
roteiristas, diretores e animadores. Com a lei da TV a cabo conseguimos chegar
com os nossos produtos aqui. Antes disso, tínhamos que levar lá fora. Hoje
existem mais oportunidades", informou.
Aline Belli
explicou que, quando os produtores participam de eventos no exterior, são muito
procurados para fazer coproduções e para mostrar os produtos. “É superlegal,
porque são pessoas do mundo inteiro vêm para conversar e ouvir quais são as
produções feitas aqui e sobre o mercado", contou.
Aline acha
que, além da qualidade dos produtos brasileiros, que têm atraído profissionais
estrangeiros, a crise econômica global ajuda a trazer os profissionais para o
Brasil. "Eu acho que as duas coisas somam. A crise econômica tem seu papel
e faz com que as pessoas busquem lugares onde há mais oportunidade",
explicou.
A diretora da
Belli Studio disse que o mercado internacional é bem variado e que as faixas de
interesse acabam determinando o caminho para produções. Segundo ela, a área de
pré-escolar tem diversos projetos pelo mundo. "A gente tem outras
possibilidades de produtos para crianças e pré-adolescentes. Esta é uma faixa a
ser explorada. É um desafio", contou.
As séries
brasileiras Peixonauta (foto) , Meu Amigãozão e Escola para Cachorro; Princesas
do Mar, Nilba e Os Desastronautas; Sítio do Picapau Amarelo, Julie e Os
Fantasmas (indicado ao Emmy Kids Awards 2012) são exibidas em canais infantis
internacionais como Discovery Kids, Cartoon Network, Nickelodeon.
O retorno
financeiro das produções brasileiras ultrapassou a venda dos produtos para
exibição ou de parcerias no exterior. "A partir do momento em que entrou
na televisão, as séries ganharam a área de licenciamento, porque as crianças
têm identificação com os personagens. Eles viraram bonequinhos, escovas de
dente, revistinhas e vários outros produtos", disse a produtora.
Referência no
mercado internacional em animação, o Festival de Annecy recebeu no ano passado
7 mil profissionais credenciados, de 80 países. Este ano vai reunir mais de 450
produtoras e 300 distribuidores, além de investidores.
Festival Internacional de Cinema de Brasília tem 12 filmes na mostra competitiva
Desde
quinta-feira a capital federal recebe o Festival Internacional de Cinema de
Brasília – que usa a sigla Biff, do nome em inglês Brasília International Film
Festival. O festival apresenta uma série de mostras temáticas, além da mostra competitiva.
Nela, 12 filmes de várias partes do mundo concorrem a R$ 100 mil em prêmios.
Países como
China, Turquia, Espanha e Senegal participam da mostra competitiva. Os filmes
são inéditos no Brasil e são exibidos no Auditório 1 do Museu da República, com
reprises no Cine Cultura Liberty Mall. O festival também trará a chamada Sessão
Grandes Pré-Estreias. Nela, serão exibidos, pela primeira vez no país, filmes
de Bernardo Bertolucci (Eu e Você), Marco Bellochio (A Bela Que Dorme) e Sofia
Coppola (Bling Ring – A Gangue de Hollywood).
Segundo a
Agência Brasil, o Biff 2013 encerra em 23 de junho. O Museu Nacional da
República e o Cine Cultura Liberty Mall receberão o evento. A expectativa dos
organizadores é que cerca de 20 mil pessoas frequentem as sessões do festival.
Confira programação completa no site www.biffestival.com
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