O
ministro disse que não haverá flexibilização do Revalida para facilitar a
entrada de médicos formados em outros países
O ministro da
Educação, Aloizio Mercadante, disse nesta terça-feira que o programa em estudo
pelo governo para trazer médicos formados em outros países deve prever que os
profissionais permaneçam no País pelo prazo máximo de três anos, atuando apenas
na rede pública de regiões carentes. Segundo Mercadante, com essas condições, a
medida não pode ser considerada uma "importação" de
profissionais.
"Se
discute trazer médicos de fora que tenham registro em seu país de origem, que
trabalhariam por, no máximo, três anos, em regime provisório. Teria tutoria de
universidades e trabalhariam exclusivamente no Sistema Único de Saúde (SUS), em
áreas de carência de médico", disse ao participar de audiência pública na
Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado. "Não é uma importação
de médicos, porque para trazer médicos para trabalhar em outras áreas tem que
fazer o Revalida (Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos)",
completou.
O ministro
disse que não haverá flexibilização do Revalida para facilitar a entrada de
médicos formados em outros países. O exame é necessário para o profissional
exercer a profissão no Brasil. "Se for temporário, para áreas remotas,
acho que é um programa que podemos discutir. Não haverá liberação, não vamos
aceitar médico sem registro, sem formação, nem vamos flexibilizar o
Revalida", ressaltou.
Mercadante
disse aos senadores que faltam médicos no Brasil e destacou que a situação é
mais grave em especialidades como pediatria, anestesia e ginecologia. Para
estas áreas, ele apontou que será preciso discutir um estímulo específico. O
ministro reforçou a falta de médicos no interior do País. "Como tem poucos
médicos e o mercado fica aquecido, todos querem ficar nas capitais e o interior
fica sem a assistência necessária. A política de expansão de novas matrículas
(do Ministério da Educação) leva isso em conta".
No último dia
7, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que desde o início do ano o
governo estuda alternativas para suprir a deficiência de profissionais nas
regiões mais remotas do país e analisa a possibilidade de trazer médicos de
países como Portugal, Espanha e Cuba. O Conselho Federal de Medicina (CFM)
criticou a proposta e a classificou como temerária.
Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua visita foi muito importante. Faça um comentário que terei prazaer em responde-lo!
Abração
Dag Vulpi