domingo, 26 de maio de 2013

Marina diz que Dilma deixa marca do ‘retrocesso ambiental’

Foto: Daniel Favero / Terra
Segundo a ex-ministra, FHC deixou a marca da estabilidade econômica e Lula a do combate à pobreza

Em sua passagem pelo Rio Grande do Sul, em busca das 500 mil assinaturas que viabilizam a criação do partido Rede Sustentabilidade, a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva comemora a coleta de aproximadamente 400 mil assinaturas em quatro meses. Ao realizar uma caminhada em um parque na cidade de Porto Alegre, na manhã deste domingo, ela disse que o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) está deixando a marca do “retrocesso ambiental”.


“A marca que temos é a do retrocesso ambiental. É no governo dela que se retirou as competências do Ibama para fiscalizar desmatamento, que se aprovou uma lei para dar poderes a ela, para diminuir as unidade de preservação já criadas por outros governos, e já foram diminuídos cerca de 86 mil hectares para favorecer licenciamento de hidrelétricas, é no governo dela que se mudou o código florestal para anistiar que desmatou ilegalmente 40 milhões de hectares de florestas de forma completamente ilegal”, disse Marina, citando que as marcas de FHC e Lula foram as da estabilidade econômica e combate a pobreza.

Marina diz que a coleta de assinaturas está ocorrendo em uma velocidade bem superior a verificada por outros partidos, “nós conseguimos 400 mil assinaturas em menos de quatro meses, a média dos partidos para fazer isso era de oito meses”, e acredita que até o final de junho devem chegar a 550 mil assinaturas. Mas ela diz que, coletadas as assinaturas, sua candidatura a presidência em 2014 “ainda é uma possibilidade”. “Eu não quero fazer essa antecipação, acho que é um erro”, “quando se faz isso é a disputa do poder pelo poder ... (2013) é o intervalo para o debate das ideias”, afirmou.

Foto: Daniel Favero / Terra
Segundo a ex-ministra, no momento, ela esta focada em três metas: “as assinaturas para viabilizar a Rede Sustentabilidade, o esforço da discussão programática, porque queremos fazer um congresso da Rede em setembro, e obviamente, o esforço politico do combate ao casuísmo, porque estão criando mecanismos para evitar que tenhamos acesso ao rádio e a televisão para divulgar as nossas ideias, e ao fundo partidário, coisa que não foi feita para o partido do Kassab, o PSD”, disse, se referindo a um projeto de lei que tramita no Congresso que propõem restrições para a criação de novos partidos.

Desde o final de fevereiro, Marina tem percorrido o Brasil em busca das assinaturas que viabilizam a criação da Rede Sustentabilidade, com passagens pelos Estados do Acre, Amazonas, Pará, Ceará, Pernambuco, Bahia, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, santa Catarina, Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul. Após a agenda de quatro dias em solo gaúcho, ela passa pela Argentina, e depois volta para Brasília.

Hoje pela manhã, Marina fez uma caminhada pelo parque Farroupilha, tirando fotos e convidando a população para participar de uma planária na Câmara Municipal de Porto Alegre.
A circulação era difícil em virtude do número de pessoas que pediam para tirar fotos
Foto: Daniel Favero / Terra



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