Foto: Daniel Favero / Terra |
Segundo a
ex-ministra, FHC deixou a marca da estabilidade econômica e Lula a do combate à
pobreza
Em sua
passagem pelo Rio Grande do Sul, em busca das 500 mil assinaturas que
viabilizam a criação do partido Rede Sustentabilidade, a ex-ministra do Meio
Ambiente Marina Silva comemora a coleta de aproximadamente 400 mil assinaturas
em quatro meses. Ao realizar uma caminhada em um parque na cidade de Porto
Alegre, na manhã deste domingo, ela disse que o governo da presidente Dilma
Rousseff (PT) está deixando a marca do “retrocesso ambiental”.
“A marca que
temos é a do retrocesso ambiental. É no governo dela que se retirou as competências
do Ibama para fiscalizar desmatamento, que se aprovou uma lei para dar poderes
a ela, para diminuir as unidade de preservação já criadas por outros governos,
e já foram diminuídos cerca de 86 mil hectares para favorecer licenciamento de
hidrelétricas, é no governo dela que se mudou o código florestal para anistiar
que desmatou ilegalmente 40 milhões de hectares de florestas de forma
completamente ilegal”, disse Marina, citando que as marcas de FHC e Lula foram
as da estabilidade econômica e combate a pobreza.
Marina diz que
a coleta de assinaturas está ocorrendo em uma velocidade bem superior a
verificada por outros partidos, “nós conseguimos 400 mil assinaturas em menos
de quatro meses, a média dos partidos para fazer isso era de oito meses”, e acredita
que até o final de junho devem chegar a 550 mil assinaturas. Mas ela diz que,
coletadas as assinaturas, sua candidatura a presidência em 2014 “ainda é uma
possibilidade”. “Eu não quero fazer essa antecipação, acho que é um erro”,
“quando se faz isso é a disputa do poder pelo poder ... (2013) é o intervalo
para o debate das ideias”, afirmou.
Foto: Daniel Favero / Terra |
Segundo a
ex-ministra, no momento, ela esta focada em três metas: “as assinaturas para
viabilizar a Rede Sustentabilidade, o esforço da discussão programática, porque
queremos fazer um congresso da Rede em setembro, e obviamente, o esforço
politico do combate ao casuísmo, porque estão criando mecanismos para evitar
que tenhamos acesso ao rádio e a televisão para divulgar as nossas ideias, e ao
fundo partidário, coisa que não foi feita para o partido do Kassab, o PSD”,
disse, se referindo a um projeto de lei que tramita no Congresso que propõem
restrições para a criação de novos partidos.
Desde o final
de fevereiro, Marina tem percorrido o Brasil em busca das assinaturas que
viabilizam a criação da Rede Sustentabilidade, com passagens pelos Estados do
Acre, Amazonas, Pará, Ceará, Pernambuco, Bahia, Mato Grosso do Sul, São Paulo,
Minas Gerais, Rio de Janeiro, santa Catarina, Paraná, Goiás e Rio Grande do
Sul. Após a agenda de quatro dias em solo gaúcho, ela passa pela Argentina, e
depois volta para Brasília.
Hoje pela
manhã, Marina fez uma caminhada pelo parque Farroupilha, tirando fotos e
convidando a população para participar de uma planária na Câmara Municipal de
Porto Alegre.
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