A Corte de
Apelações de Santiago, capital do Chile, determinou o encerramento das
investigações sobre a causa da morte do presidente Salvador Allende
(1970-1973), em setembro de 1973. A pedido do Movimento do Socialismo, foi
investigado se Allende foi morto por terceiros. Porém, as conclusões indicam
que ele morreu no momento em que o Palácio de La Moneda, sede do governo
chileno, foi atacado por aviões e tanques militares, durante o golpe de Estado.
O veredicto da
Corte é que Allende tirou sua vida, indicando suicídio, no momento em que o La
Moneda era bombardeado, para evitar ser pego por militares amotinados e
liderados pelo general Augusto Pinochet, chefe do Estado Maior do Exército.
Segundo testemunhas, Allende combateu e resistiu até a morte.
Momentos antes
de sua morte, Allende fez um discurso que entrou para a história. Em tom
emocionado, o então presidente lembrou que fazia parte de um governo
“legitimamente constituído” e pediu à população para não aceitar as
provocações dos militares. O governo militar no Chile, que durou mais de 16
anos, foi um dos mais violentos da América Latina.
A Quarta Sala
de Justiça, formada por três magistrados, confirmou a decisão da Corte de
Apelações de Santiago, cuja decisão foi do juiz Mario Carroza, que indicou o
suicídio como causa da morte. Porém, os simpatizantes de Allende rechaçaram o
fim das investigações e disseram que vão levar o caso para a Comunidade dos
Estados Latino-Americanos e Caribenhos e outras instâncias internacionais.
Agencia Brasil
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