Representantes
da Igreja de Bruxaria e Wicca do Brasil entraram hoje (8) com um mandado de
segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a anulação da composição
atual da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. Eles alegam que
a atual formação é ilegal, pois não respeita o princípio da proporcionalidade
entre os partidos.
De acordo com
os três signatários – que não mencionam a religião a que pertencem e se
identificam apenas como eleitores – o PSC deveria ter apenas um integrante na
comissão, mas devido a acordos partidários, ficou com oito dos 18 postos
possíveis. O grupo acredita que o princípio da proporção deve ser respeitado
porque é previsto na Constituição e no Regimento Interno da Câmara.
“Seria um
total descalabro permitir essa deturpação absurda, na ordem de grandeza de dar
a um só partido peso mais de dez vezes maior do que sua opinião teria que ter
em quaisquer decisões da Casa do povo”, diz trecho do mandado de segurança.
Os integrantes
da Igreja de Bruxaria e Wicca do Brasil argumentam que as negociações sobre
proporcionalidade nas comissões não podem ocorrer “a bel prazer dos partidos” e
citam como exemplo de prejuízo do monopólio do PSC a discussão sobre a cura gay.
“O povo brasileiro, cada cidadão que vota, tem o direito de ver o tema
discutido por uma comissão em que o PSC tenha só uma vaga e não oito”.
O mandado de
segurança pede decisão liminar para anular a nomeação dos integrantes da
comissão e todos os atos posteriores do grupo desde sua instalação, alegando
que há vício na composição desde a origem.
As informações
são da Agência Brasil
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