Pesquisa sobre a reforma do Código Penal
O Senado Federal está debatendo o
PLS 236/2012, que reforma o Código Penal
Brasileiro. Trata-se da lei que estabelece o que é ou não crime no país, bem
como estipula as punições nos casos de desrespeito à legislação.
Para subsidiar os senadores com
informações sobre a opinião da sociedade e contribuir com essa discussão, o DataSenado
(órgão da Secretaria de Pesquisa e Opinião) realizou uma pesquisa nacional por
telefone com 1.232 cidadãos de 119 municípios, incluindo todas as capitais. A margem
de erro é de 3%.
Cidadãos concordam com redução de pena para presos que
trabalham, mas defendem aumento do limite de tempo na prisão
O sistema carcerário no país tem
ocupado espaço de destaque nas discussões sobre o projeto. A partir disso, a pesquisa
investigou a opinião dos cidadãos sobre as possibilidades de progressão de regime e de livramento condicional para os
condenados. Os resultados mostram que 70% dos entrevistados concordam com a
redução de pena para presos que trabalharem. Na região Sudeste, 64% têm essa
opinião, enquanto no Centro-Oeste são 78%.
Já a redução de pena com base no bom
comportamento do preso não apresenta consenso, embora seja uma medida apoiada
por 55%, contra 41% que disseram não concordar com esse benefício. Entretanto,
quando o bom comportamento enseja a possibilidade de passar o dia fora da
prisão, a aprovação cai para 29%, com a maioria das pessoas (68%) discordando
da concessão de regime semiaberto a presos que apresentarem bom comportamento.
Três em cada quatro entrevistados
(76%) concordam com a necessidade de se aumentar o tempo em que os condenados
devam ficar presos para aumentar a segurança da sociedade. Hoje, a lei
estabelece um prazo máximo de 30 anos para que um condenado permaneça na
prisão, considerado adequado para 17% dos entrevistados.
Todavia, 50% dos entrevistados
apoiam o aumento da pena máxima, sendo que destes, 36% defenderam o aumento do limite
para 50 anos.
Maioridade penal deve diminuir, afirmam 89% dos pesquisados
Outro tema investigado foi o da
penalização de jovens e adolescentes que cometerem crimes. Para quase 90% do público
entrevistado, a maioridade penal no Brasil deve ser reduzida: 35% indicaram a
idade de 16 anos para que uma pessoa possa ter a mesma condenação de um adulto,
18% apontaram 14 anos e 16% responderam 12 anos. Houve ainda 20% que disseram
“qualquer idade”, defendendo que qualquer pessoa, independente da sua idade,
deve ser julgada e, se for o caso, condenada como um adulto.
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Dag Vulpi