População é contra liberação do uso de drogas
Para 89% dos brasileiros
entrevistados, a lei deve proibir que uma pessoa possa produzir e guardar
drogas para consumo próprio. A legalização da produção e do porte de drogas
para uso pessoal é dos assuntos que têm gerado muita controvérsia na discussão
de reforma do Código Penal. Dos 9% que defenderam essa proposta, 72% disseram
concordar com a legalização do uso apenas de maconha, o que corresponde a 6% do
total de entrevistados; outros 22% (sendo menos de 2% do total)defenderam a liberação do uso e do
porte para outros tipos de droga também.
A região Sul foi a que apresentou
maior apoio à proposta de legalização das drogas, ainda assim, apenas 13% manifestaram-se
neste sentido. Se observarmos a divisão por idades, mesmo entre os mais jovens,
segmento no qual o apoio à liberação da produção e do uso de drogas foi maior,
os participantes que defenderam a legalização foram de 18% (para pessoas de 16
a 19 anos) e de 13% (de 20 a 29 anos).
Sociedade é restritiva em relação ao aborto
Atualmente, a legislação brasileira
permite a realização de aborto em casos de estupro ou quando a continuidade da gravidez
trouxer risco de morte à mulher. O Supremo Tribunal Federal também autorizou a
interrupção da gravidez quando for comprovada a ocorrência de anencefalia –
doença caracterizada pela má formação total ou parcial do cérebro do feto. O
Código Penal deve estabelecer os casos nos quais o aborto pode ser realizado com
amparo legal.
Segundo 82% dos entrevistados na
pesquisa do DataSenado, a lei não deve permitir que uma mulher realize o aborto
quando ela não quiser ter o filho. Por outro lado, diante de circunstâncias
específicas, a maior parte das pessoas concorda com a legalização do
procedimento.
Quando a gravidez for causada por
estupro, 78% apoiam a realização do aborto, se for vontade da gestante. Do mesmo
modo, quando a gravidez trouxer risco de morte à mulher, 74% manifestaram-se de
acordo com a interrupção da gravidez. O aborto também poderia ser realizado
dentro da lei, conforme os resultados, nos casos em que os médicos confirmarem
que o bebê tem uma doença grave (como a anencefalia) e pode morrer logo depois
do nascimento (67%) ou quando a gravidez traz risco à saúde da mulher (62%).
É interessante ressaltar que, via de regra, os homens mostraram-se mais
favoráveis à realização do aborto. Por exemplo, nas situações em que há risco à
saúde da mulher, 66% dos homens apoiam o procedimento, enquanto 58% das
mulheres têm essa opinião. Por sua vez, quando a gravidez traz risco de morte à
mulher, 69% delas concordam com o aborto, número que sobe para 79% entre o
público masculino.
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