Valor refere-se a condenação por
desvios nos cofres públicos da capital paulista entre 1997 e 1998
SÃO PAULO - Em sentença, divulgada nesta sexta-feira, a Corte de Jersey,
paraíso fiscal britânico, definiu ontem o montante total que terá de ser
devolvido pelo deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) à Prefeitura de São Paulo
por desvios nos cofres públicos da capital paulista entre 1997 e 1998. A
decisão estipula a devolução de um montante de US$ 28.344.453,84, o que
equivale a R$ 57.822.685,83, levando em conta a atual cotação do dólar
comercial. Em novembro, quando foi divulgada a condenação do ex-prefeito de São
Paulo, a Corte de Jersey divulgou apenas o valor dos recursos desviados: US$
10,5 milhões, o equivalente a R$ 21,7 milhões.
O novo valor foi corrigido levando-se em conta o intervalo entre o desvio do dinheiro, fevereiro de 1998, e a data da condenação, novembro de 2012. Sobre a...
Na sentença, a qual cabe recurso, os
magistrados aceitaram a argumentação dos advogados da prefeitura de que as
empresas offshores Kildare Finance e Durant International, ligadas a Paulo
Maluf e a seu filho, Flávio Maluf, foram usadas como instrumento de lavagem de
dinheiro. A rota do desvio de recursos envolvia empresas brasileiras
responsáveis pela construção de obras contratadas pela prefeitura paulista,
contas em Nova York e pagamento final no Deutsche Bank de Jersey.
O juiz Howard Page escreveu, na decisão,
que, embora os recursos tenham sido desviados na época em que Celso Pitta era
prefeito, a fraude foi originada na gestão de Paulo Maluf, prefeito entre 1993
e 1996. Os desvios teriam ocorrido na construção da Avenida Água Espraiada,
atual Jornalista Roberto Marinho, uma de suas principais obras. A assessoria de
imprensa de Paulo Maluf declarou que o deputado federal não é réu e nem parte
do processo na Corte de Jersey. (Globo.com)
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