O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, recusou hoje (3) o pedido da presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, de devolução das Ilhas Malvinas. Em carta, publicada nos jornais britânicos e argentinos, Cristina Kirchner acusa o Reino Unido de colonialismo, pede a retomada do diálogo e a devolução das ilhas.
primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron |
De acordo com assessores de Cameron, a população das Malvinas demonstrou "o desejo claro de ser britânica" e o primeiro-ministro fará "o possível para proteger" seus interesses. Em março será realizado um referendo sobre o estatuto político do arquipélago.
Cameron pediu à Cristina Kirchner que aceite o resultado do referendo. De acordo com assessores, os moradores das Ilhas Malvinas são livres para escolher o futuro, tanto na política como na economia, e têm direito à autodeterminação.
Em 1982, houve uma disputa entre Argentina e Reino Unido pela posse das ilhas. Os britânicos saíram vitoriosos. A disputa entre os dois países ocorre desde o século 19. Na carta, Cristina Kirchner lembra a história da disputa.
"Há 180 anos, a 3 de janeiro como hoje, em um exercício aparente de colonialismo século 19, a Argentina foi alvo de armas que levaram à retirada das Ilhas Malvinas, situada a 14 mil quilômetros de Londres [capital do Reino Unido]”, diz o texto.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa
03/01/2013 -
Cristina Kirchner envia carta a Cameron cobrando retomada de diálogo sobre Ilhas Malvinas
A presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, convidou o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, para retomar as discussões sobre o controle das Ilhas Malvinas. As ilhas atualmente estão sob domínio britânico, mas os argentinos reivindicam o direito de controle sobre a região. A disputa entre os dois países envolvendo as Ilhas Malvinas dura quase dois séculos. Em carta enviada a Cameron e ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, Kirchner cobra o diálogo.
A carta foi publicada em vários jornais britânicos e reproduzida na agência pública de notícias da Argentina, a Telam. "Há 180 anos, em um exercício aparente de colonialismo do século 19, a Argentina foi alvo de armas que levaram à retirada das Ilhas Malvinas, situada a 14 mil quilômetros de Londres [capital do Reino Unido]”, diz o texto.
Em seguida, a carta acrescenta que "os argentinos foram expulsos das ilhas pela Marinha Real Britânica e mais tarde, o Reino Unido iniciou um processo de implantação de população semelhante ao usado em outros territórios sob o domínio colonial".
O texto diz ainda que o Reino Unido, chamado de “potência colonial”, tem se recusado a devolver esses territórios à Argentina, privando-a de “reconstituir sua integridade territorial”. "[As Ilhas] Malvinas também são uma causa da América Latina e da grande maioria dos povos e governos do mundo que rejeitam o colonialismo".
Nas reuniões do Mercosul e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), a questão referente ao controle das Ilhas Malvinas é assunto constante. O Brasil e a maioria dos países latino-americanos apoiam a Argentina na reivindicação pelo controle das ilhas.
*Com informações da agência pública de notícias da Argentina, Telam.
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