Se economia brasileira não der sinal de recuperação,
empresários começarão a demitir, diz FGV
Se a economia brasileira não der
sinal de recuperação nos próximos meses, os empresário poderão começar a
demitir trabalhadores. Até agora, as empresas se ajustaram ao fraco desempenho
do mercado com a redução das horas de trabalho.
O alerta é do economista Fernando de
Holanda Barbosa Filho, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio
Vargas (Ibre/FGV), que hoje (7) divulgou o Indicador Antecedente de Emprego
(IAEmp) e o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), referentes a novembro.
O IAEmp tem objetivo de antecipar
movimentos do mercado de trabalho e apresentou recuo de 0,4% em comparação a
outubro. O ICD visa monitorar a evolução presente da taxa de desemprego e
apontou recuo de 0,1%, na comparação com o mês anterior.
“Os índices mostram estabilidade no
mercado de trabalho no momento, o que é uma boa notícia, dado o mau desempenho
da economia, que apesar de não estar crescendo bastante, não estar com a
atividade econômica em ritmo elevado, mantém o nível de emprego”, disse Holanda.
Segundo ele, a piora no IAEmp
sinaliza uma necessidade de maior atenção ao resultado da atividade econômica
futura, pois até o momento os empresários estavam enxugando o número de horas
trabalhadas, para preservar os empregos.
“Dado o resultado ruim [da economia]
este ano, a retenção de trabalhadores pode estar chegando ao fim. O que
estimulava a retenção era a expectativa do empresário de um melhor desempenho
econômico em um futuro próximo. Dadas as constantes frustrações de expectativa
nesse sentido, é bem possível que os empresários comecem ajustes no número de
trabalhadores”, esclareceu.
Holanda questionou o que ainda pode
ser feito e sugeriu mudanças na política do governo, para evitar aceleração no
desemprego. “É difícil utilizar mais medidas anticíclicas. A taxa de juros já
está muito baixa, o governo aumentou gastos, então fica difícil imaginar que
exista mais arsenal para ser utilizado. A economia não está respondendo. O
governo deveria mudar suas políticas de incentivos setoriais específicos e
tentar buscar uma solução mais global para o problema, com aumento da
produtividade, para aumentar o crescimento no futuro. No curto prazo, não há o
que se fazer no mercado de trabalho.”
Os dados completos podem ser
acessados na página do Ibre na internet. (Agência Brasil)
Produção de veículos no Brasil deve cair pela 1ª vez em
dez anos
A produção anual de veículos no
Brasil vai cair pela primeira vez em dez anos, segundo projeção da Anfavea
(associação das montadoras) divulgada nesta sexta-feira (7).
Depois de sustentar uma previsão de
alta de 2% até o mês passado, a entidade agora projeta para 2012 um recuo de
1,5% na produção.
Entre janeiro e novembro, foram
produzidos 3,083 milhões de veículos no Brasil, número 2,1% inferior ao do
mesmo período do ano passado.
As montadoras fabricaram 301,7 mil
unidades em novembro, 5,3% a menos do que em outubro, mas 10,5% a mais do que
no mesmo mês de 2011.
Em dezembro, as fábricas devem
elevar o nível de produção. Algumas empresas já anunciaram a suspensão das
férias coletivas, tradicionalmente previstas para meados de dezembro.
O intuito é fazer frente à demanda
de um mercado ainda aquecido pelo IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)
reduzido.
VENDAS
Apesar da queda na produção, o setor
deve registrar mais um ano com recorde de vendas e crescimento bem superior ao
PIB (Produto Interno Bruto). A expectativa da Anfavea é terminar o ano com alta
de 4,9% nas vendas, ante crescimento estimado em cerca de 1% para toda a
economia brasileira.
Em novembro, as vendas caíram 3% na
comparação com 2011, afetadas principalmente pelos feriados e pela antecipação
das compras em outubro, quando acabaria o benefício do IPI reduzido –ele foi
prorrogado pela segunda vez até 31 de dezembro.
No acumulado do ano, porém, as
vendas registram alta de 4,8% (3,442 milhões de unidades).
A expectativa é que o fenômeno da
corrida dos consumidores às concessionárias se repita no último mês do ano
devido ao fim do IPI e à injeção do 13º salário na economia, resultando em um
mês com forte volume de vendas.
“Temos que trabalhar para chegar
nesses números. Não é só fazer a projeção”, diz o presidente da entidade,
Cledorvino Belini. Ele descarta uma nova prorrogação do IPI reduzido a partir
de janeiro. Para 2013, a previsão é que os negócios cresçam 4% ante 2012. (Do UOL)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua visita foi muito importante. Faça um comentário que terei prazaer em responde-lo!
Abração
Dag Vulpi