A presidenta Dilma Rousseff decretou luto oficial de sete dias em todo o país em homenagem a Oscar Niemeyer. Mais importante arquiteto brasileiro do século 20, com obras espalhadas por diversos países, o arquiteto morreu ontem (5), aos 104 anos, no Rio de Janeiro.
O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, também decretou luto de sete dias pela morte de um dos idealizadores de Brasília. No estado e na cidade do Rio de Janeiro, os governos locais decretaram luto de três dias pela memória do arquiteto.
Oscar Niemeyer morreu no Hospital Samaritano, em Botafogo, onde estava internado desde o dia 2 de novembro, vítima de complicações renais e desidratação. Por causa de uma infecção respiratória, o arquiteto que estava na unidade intermediária do hospital, ficou sedado e respirando com auxílio de aparelhos. Niemeyer morreu às 21h55. Ele completaria 105 anos no próximo dia 15.
O corpo do arquiteto está sendo velado no Palácio do Planalto, onde deve ficar até as 20h. Em seguida, será levado para o Rio de Janeiro e velado no Palácio da Cidade.
Oscar Niemeyer é a terceira pessoa a ser velada no Palácio do Planalto. Antes dele, apenas o presidente Tancredo Neves, morto em 1975, e o ex-vice-presidente José Alencar, que morreu no ano passado, tiveram a última despedida no palácio, sede do governo brasileiro.
O enterro está marcado para amanhã (7) no Cemitério São João Batista, em Botafogo.
Mercosul concede a Niemeyer título de Cidadão Ilustre Post Mortem
Os ministros das Relações Exteriores do Mercado Comum do Sul (Mercosul) decidiram hoje (6) conceder o título de Cidadão Ilustre Post Mortem (após a morte) ao arquiteto Oscar Niemeyer, que morreu na noite passada aos 104 anos, no Rio de Janeiro. A iniciativa foi uma proposta da delegação da Venezuela e teve apoio unânime dos demais países representados. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse que o título é uma homenagem à genialidade e à criatividade do arquiteto.
Antes de aprovar a concessão do título a Niemeyer, as autoridades fizeram um minuto de silêncio. “Esta reunião de hoje [de chanceleres e embaixadores] começou com um minuto de silêncio em homenagem ao arquiteto Oscar Niemeyer, responsável, inclusive por este edifício [Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores] em que estamos agora. Brasília não seria o que é se não fosse a capacidade de sintetizar a criatividade brasileira”, disse Patriota.
Segundo o chanceler, a concessão do título é uma homenagem à trajetória e à obra de Niemeyer. “Os chanceleres decidiram agraciar [Niemeyer] com o título Cidadão Ilustre Post Mortem do Mercosul, como forma de homenagear sua obra e celebrá-lo como gênio brasileiro.”
Durante almoço, oferecido às autoridades estrangeiras, Patriota novamente mencionou a homenagem a Niemeyer e lembrou sua história. “Não [é] só um brasileiro que nós honramos por sua criatividade, por seu talento, um representante de um humanismo muito presente na arte brasileira, mas também um cidadão profundamente comprometido com a integração regional.”
Niemeyer foi internado no dia 2 de novembro no Hospital Samaritano, com complicações renais e desidratação. Por causa de uma infecção respiratória, o arquiteto, que estava na unidade intermediária do hospital, ficou sedado e respirava com auxílio de aparelhos. Niemeyer, que completaria 105 anos no dia 15 deste mês, morreu às 21h55 de ontem (5).
Neta de Niemeyer diz que legado será luta pela democracia e justiça social
A neta de Oscar Niemeyer Ana Lúcia disse hoje (6) que o principal legado do avô será o trabalho em favor da democracia e da justiça social. Ela chegou acompanhada da esposa de Niemeyer, Vera Niemeyer, ao Hospital Samaritano, por volta das 8h. Uma missa será celebrada no local, pela manhã, em memória do arquiteto.
“É claro que Oscar Niemeyer é um ícone. A arquitetura será a representação física dele, mas há a ideológica também. Mais do que a arquitetura, [há] o trabalho que fez em favor da democracia e da justiça social”, disse Ana Lúcia.
Ela contou que até a semana passada a família tinha esperança de que ele se recuperasse. “Ele estava lúcido. Havia uma previsão, inclusive, de ele ir para o quarto esta semana.”
Oscar Niemeyer morreu na noite de ontem (5), no Hospital Samaritano, em Botafogo, onde estava internado desde o dia 2 de novembro, vítima de complicações renais e desidratação. Por causa de uma infecção respiratória, o arquiteto que estava na unidade intermediária do hospital, ficou sedado e respirando com auxílio de aparelhos. Niemeyer morreu às 21h55. Ele completaria 105 anos no próximo dias 15.
Depois da missa, o corpo será levado para o Aeroporto Santos Dumont, de onde segue ao meio-dia para Brasília. Lá, será velado no Palácio do Planalto.
(Agência Brasil)
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