A perda de mandato dos deputados
condenados por envolvimento no mensalão, que começam a receber suas penas nesta
semana, deve deflagrar a primeira crise entre o Congresso e o Supremo Tribunal
Federal na gestão do ministro Joaquim Barbosa, que assume a presidência nesta
quinta-feira (22).
Barbosa defende, por exemplo, que a
condenação pelos crimes do mensalão gera a perda automática de mandato dos
deputados federais envolvidos: Valdemar Costa Neto (PR-SP), Pedro Henry
(PP-MT), João Paulo Cunha (PT-SP) e José Genoino (PT-SP) - se este assumir como
suplente.
Com Barbosa à frente, a proposta de
alguns ministros é determinar a perda do mandato como decorrência da
condenação. No Congresso, deputados afirmam que a cassação exigiria aprovação
do plenário da Casa. Prestes a assumir o comando do Supremo e do Conselho
Nacional de Justiça (CNJ), ele diz temer uma reação do Congresso ao mensalão: a
edição de uma PEC para dar fim ao foro para parlamentares - pois este passou a
"assustar" depois da rapidez das condenações. Antes crítico do
privilégio, o novo presidente não quer ser alvo de manobras parlamentares que
retardariam a condenação de réus.
Com informações do Estadão
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