Portaria do Ministério da Saúde que cria o Programa de
Mamografia Móvel foi publicada hoje (31) noDiário
Oficial da União.
Lançado pelo governo no
início do mês,
o programa tem como objetivo ampliar a assistência oncológica no
país, sobretudo para mulheres carentes com idade entre 50 e 69
anos.
Por
meio de nota, a pasta informou que o programa consiste na liberação
de unidades oncológicas móveis terrestres e fluvial (carretas ou
barcos) que vão percorrer locais considerados estratégicos
nos municípios, definidos pelas secretarias de Saúde. A
estimativa é que essas unidades tenham capacidade de fazer até
800 mamografias por mês.
Cada
unidade contará com um técnico em radiologia e deverá ser equipada
com pelo menos um mamógrafo entre as seguintes opções: mamógrafo
com comando simples, mamógrafo com estereotaxia e mamógrafo
computadorizado. Dependendo da estrutura do serviço, o gestor também
poderá disponibilizar um médico radiologista, um mastologista ou um
ginecologista obstetra.
De
acordo com o ministério, a ideia é que a mulher seja encaminhada ao
serviço, preferencialmente, por meio das unidades básicas de saúde.
“O gestor local deverá estar preparado para atender às mulheres
que apresentarem alterações mamárias, prestando atendimento via
atenção básica, com encaminhamento aos serviços especializados de
diagnóstico e tratamento”, informou.
Os
resultados dos exames feitos nas unidades poderão ser entregues no
mesmo dia ou por agendamento. Dependendo do tipo de unidade móvel, o
resultado também poderá ser enviado via satélite para um
estabelecimento de saúde de referência para que um médico
especialista faça a avaliação.
A
oferta do serviço de mamografia móvel se dará por adesão dos
gestores locais, que deverão solicitar habilitação no
ministério. A pasta destacou que a contratação e a execução do
programa serão de responsabilidade dos estados e municípios,
cabendo ao governo federal o repasse financeiro referente aos
procedimentos realizados aos gestores locais.
Dados
do ministério indicam que, no primeiro semestre deste ano, foi
registrado um aumento de 41% no número de mamografias feitas no
Sistema Único de Saúde (SUS) entre mulheres na faixa prioritária
(50 a 69 anos) em relação ao mesmo período de 2010. Em relação a
2011, houve aumento de 21%.
A
pasta informou que, até 2014, vai investir R$ 4,5 bilhões para
fortalecer o Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento
do Câncer do Colo do Útero e de Mama. Em 2011, os investimentos no
setor somaram R$ 2,1 bilhões e, em 2010, R$ 1,9 bilhão.
Paula
Laboissière e Vinícius Soares - Agência
Brasil -
Edição:
Juliana Andrade
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