sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Lula chama Serra de frágil e provoca: "sem bolinha de papel e sabão"


Dassler Marques
Uma grande mobilização petista movimentou o centro de São Paulo no início da tarde desta sexta-feira. Para empurrar a candidatura de Fernando Haddad à prefeitura da capital, cerca de 400 militantes do PT caminharam da Praça da República até a Praça da Sé, onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aguardava para fazer um pronunciamento. Após um momento de tensão, já que petistas encontraram com militantes do PSDB em campanha por José Serra, Lula provocou o adversário tucano.

Com menção ao episódio da bolinha de papel sobre José Serra nas eleições presidenciais de 2010, o ex-presidente pediu tranquilidade aos petistas para evitar algo semelhante desta vez. "A gente não pode, nesses últimos dias, aceitar nenhuma provocação. Muito cuidado. A gente tem que estar de cara muito boa, muito alegre, se for andar pelas ruas. Mas sem aceitar nenhuma provocação de ninguém", disse Lula no início do discurso.

Lula se referia ao fato ocorrido durante a campanha presidencial de 2010, no qual Serra, durante uma caminhada, foi atingido por um objeto atirado pela militância petista e se dirigiu ao hospital por conta do episódio. Um vídeo exibido no SBT mostrou que tratava-se de uma bolinha de papel, versão contestada pelos tucanos, na época.

"Sabemos que tem um candidato aí que, há dois anos, levou uma bolinha de papel na cabeça e tentou culpar o PT. Por favor, nada de bolinha de papel. Nada de brincar de bolinha de papel, de isopor, nada. Nada, Aliás, nem bolinha de sabão agora pode fazer. Ele é frágil. Qualquer coisa o machuca", discursou o ex-presidente enquanto os petistas gritavam "olê, olê, olê, olá. Lula, Lula".

Como os candidatos são proibidos de fazer discursos até domingo, Haddad, juntamente com sua candidata vice, Nádia Campeão (PCdoB), apenas acompanhou o presidente. Lula ainda fez um apelo à militância petista em virtude da situação da eleição da capital, que definiu como "muito delicada porque há um embolamento" e pediu aos petistas para "conversar com as pessoas cada vez mais e não esconder as bandeiras e camisetas".

Em pouco mais de uma hora, a caminhada do PT pelo centro da São Paulo ocorreu minutos depois de Haddad também percorrer o Brás por mais de duas horas. Em frente ao Teatro Municipal, na Praça Ramos de Azevedo, petistas e tucanos, estes mobilizados por José Serra, se encontraram. Apesar de um natural clima de tensão, seguranças dos partidos e a própria Polícia Militar formaram um cordão de isolamento e os dois grupos, de PT e PSDB, tomaram caminhos distintos.
Via portal Terra

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