Por
decisão do magistrado, um ex-assessor de campanha do ministro Fernando Pimentel
será investigado por ter recebido verba do esquema de Marcos Valério
O ministro do STF e relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa |
Eduardo
Bresciani
Brasília
- Um ex-assessor de campanha do ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel,
será investigado por ter recebido dinheiro do valerioduto. A decisão do
ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão, de remeter à Justiça
Federal em Belo Horizonte o pedido de investigação atende a um pedido do
Ministério Público Federal, conforme o Estado revelou em julho.
Barbosa
concordou com o desmembramento da ação por meio de uma decisão proferida em 24
de agosto. O inquérito no STF apura a distribuição de recursos por meio de
empréstimos feitos no banco BMG e outros fatos correlatos ao mensalão. Esta
investigação é um dos desdobramentos da ação penal que o STF está julgando
no processo principal.
O
nome do ministro apareceu porque Rodrigo Barroso Fernandes recebeu recursos da
SMPB, agência de Marcos Valério, no período em que trabalhava na campanha de
Pimentel à reeleição para a Prefeitura de Belo Horizonte, em 2004. O Ministério
Público, porém, não encontrou "indícios concretos" de que o dinheiro
tivesse o ministro como beneficiário e, por isso, recomendou o repasse da
investigação para que se apurasse a conduta do ex-assessor. Há a ressalva,
porém, que a ação deverá voltar ao STF se a apuração indicar envolvimento de
Pimentel.
Por
meio de nota, a assessoria do ministério disse que Pimentel "repudia com
veemência" qualquer ilação de sua vinculação com o processo do mensalão.
Afirma, ainda, que o ministro não comentará investigação na qual não está
incluído.
Pessoas
próximas a dois deputados federais petistas, Vicentinho (SP) e Benedita da
Silva (RJ), também foram mencionadas no inquérito sobre o BMG. Assim como no
caso de Pimentel, o Ministério Público Federal recomendou o desmembramento da
ação por não ter conseguido encontrar "indícios concretos" da
participação dos parlamentares no recebimento de repasses. As informações
são do jornal O Estado de S. Paulo
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