Em
meio ao clima de expectativa em torno da votação da Medida Provisória (MP) 571
do Código Florestal pelo Senado, a ministra do Meio Ambiente, Izabella
Teixeira, afastou hoje (12) qualquer possibilidade de flexibilização do projeto
para garantir sua aprovação. “A minha
posição é a defesa da medida provisória. Esta posição do governo sempre foi
claríssima”, afirmou.
Depois
de acompanhar a reunião do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) em
Brasília, Izabella Teixeira alertou que o papel do Congresso Nacional é
garantir segurança jurídica à lei ambiental. “Se houver sinalização concreta de que vai votar, nós [governo] vamos
acompanhar. Este é o papel do Congresso: votar e não deixar incerteza.”
Por
enquanto, a indefinição reforça dúvidas como sobre como seriam conduzidas as
multas aos desmatadores. Izabella Teixeira afirmou que a orientação será a lei,
mas ressaltou que o governo não tratará a questão em tom de ameaça. “Posso assegurar que prevaricar, eu não vou.
Vamos cumprir a lei, mas temos que avaliar. Não adianta trabalhar com
suposições, não tenho que trabalhar com tom de ameaça”, afirmou.
Desde
que a MP foi publicada, no final do mês de maio, representantes do governo
afirmam que os 12 vetos e 32 alterações no texto aprovado pelos deputados
federais em abril, foram resultado de intensos debates com diferentes setores.
Sem
consenso no Congresso Nacional, a MP corre o risco de perder a validade no dia
8 de outubro. Caso isso ocorra, o vazio normativo poderá ser preenchido por uma
nova legislação construída pelos parlamentares ou por uma nova MP que o governo
só poderia publicar a partir do ano que vem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua visita foi muito importante. Faça um comentário que terei prazaer em responde-lo!
Abração
Dag Vulpi