sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Após demissão, Furacão da CPI analisa propostas para voltar a trabalhar no Congresso


A advogada e ex-assessora parlamentar Denise Rocha, que ficou conhecida como Furacão da CPI em agosto após o vazamento de um vídeo intimo, foi demitida no início de agosto, mas já foi procurada por deputados e senadores para voltar a trabalhar no Congresso Nacional. 

Um mês após o caso, Denise, que trabalhava para o senador Ciro Nogueira (PP-PI), foi parar na capa de uma das principais revistas masculinas do País e ainda está na fase da divulgação do novo trabalho, mas afirma que vai analisar as propostas de emprego

— Eu tive propostas de emprego de alguns parlamentares depois da exoneração. Agora estou trabalhando para a Playboy e, depois desse trabalho, eu vou pensar nas propostas. 

Denise ficou conhecida no cenário nacional no início de agosto, depois que um vídeo íntimo dela vazou e virou assunto entre parlamentares e jornalistas que cobrem a CPI do Cachoeira no Congresso. As imagens, inclusive, foram parar na internet. 

Segundo a ex-assessora, o vídeo foi produzido em um apartamento com um policial em 2006. Ela não ficou com as imagens e não sabe como elas vazaram depois de tanto tempo. 


Em agosto, Denise julgou injusta a demissão e disse que chegou a tomar remédios de tarja preta para controlar o nervosismo em decorrência do caso. Apesar de a história ter praticamente desaparecido da mídia, a advogada diz que só vai descansar quando os suspeitos forem identificados pela polícia. 

— Vou considerar uma vitória quando estiver tudo resolvido. Agora, a greve da polícia em Brasília tem atrapalhado um pouco o processo de apuração. 

Investigação

A advogada de Denise Rocha, Mariana Kreimer, explica que depende da apuração da polícia civil de Brasília para entrar na Justiça, mas a paralisação da categoria atrasa o início do processo. 
— De momento, a gente ainda não tem nenhuma ação porque estamos aguardando o inquérito para apurar as responsabilidades. Precisamos que isso seja apresentado pela polícia. Assim que terminar o inquérito, com quem teria feito essa conduta ou divulgado ou ajudado a vazar o vídeo, vamos entrar de fato [na Justiça] contra as pessoas corretas.

A defensora da ex-assessora parlamentar admite a complexidade da apuração do caso e faz um paralelo da história de Denise com a da atriz Carolina Dieckman. 

— Não digo que será rápido porque essas questões cibernéticas são mais complexas. No caso da Carolina [Dieckman], por exemplo, as fotos estavam dentro da máquina dela e foram subtraídas. No caso da Denise, esse vídeo nunca esteve com ela e, por isso, não dá para dizer que foi tirada de uma determinada máquina. Não é simples, mas nós vamos até o fim, inclusive com perícia particular.


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