O julgamento do
mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF) entra hoje (9) no sexto dia e em
mais uma fase dedicada às defesas de cinco réus. Os advogados do deputado Pedro
Henry (PP-MT) e do ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE), que respondem por
lavagem de dinheiro, corrupção passiva e formação de quadrilha, estão entre os
que vão expor os seus argumentos nesta quinta-feira.
A defesa de Henry será
feita pelo advogado José Antônio Duarte Álvares e a de Corrêa por Marcelo Leal
de Lima Oliveira. Também será defendido Henrique Pizzolato, ex-diretor de
Marketing do Banco do Brasil, que responde corrupção passiva e lavagem de
dinheiro. Pizzolato será defendido por Mário de Oliveira Filho.
A defesa de João
Cláudio Genu – ex-assessor do deputado José Janene (morto em 2010) –, que
responde por lavagem de dinheiro, corrupção passiva e formação de quadrilha,
será feita pelo advogado Maurício Maranhão de Oliveira. Já Enivaldo Quadrado,
dono da corretora Bonus-Banval, acusado de formação de quadrilha e lavagem de
dinheiro, será defendido pela advogada Priscila Gioia.
Ontem (8) o dia também
foi dedicado às defesas. Dos cinco réus, três eram ligados ao chamado núcleo
financeiro - acusado de viabilizar empréstimos fraudulentos para distribuir
dinheiro aos políticos.
Os advogados
reiteraram a inocência de seus clientes. O advogado José Roberto Leal, quefalou
em nome do ex-ministro Luiz Gushiken, argumentou que não existem provas contra
ele. Gushiken foi inocentado pelo Ministério Público Federal.
O cronograma definido
pela Suprema Corte determina que a fase da defesa acabe por volta do dia 15. A
ideia é manter a agenda para garantir que todos os 11 ministros participem do
julgamento. O esforço é para que a etapa de votação dos ministros – quando cada
um apresenta seu voto e argumentos – comece logo em seguida e assegure a
participação de Cezar Peluso. O ministro se aposenta compulsoriamente aos 70
anos em setembro.
O procurador-geral da
República, José Roberto Gurgel, na semana passada, lembrou que o momento é
histórico e que deve haver a garantia de um julgamento justo a todos. Ele pediu
a condenação de 36 dos 38 réus. Para o procurador, os excluídos da relação
devem ser Gushiken e Antônio de Pádua de Souza Lamas, ex-assessor do PL (atual
PP) na Câmara. Gurgel reclamou ainda de ter sido pressionado.
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