O presidente do
Paraguai, Federico Franco, descartou que pretenda recorrer ao Tribunal
Internacional de Justiça de Haia, na Holanda, para denunciar a suspensão do
país do Mercosul. Segundo ele, não vai apelar à Corte Internacional porque uma
decisão sobre o tema pode levar até 15 anos. “[Além de provocar] alto custo”,
disse o presidente, que se baseou em uma análise feita pelo Ministério das
Relações Exteriores do Paraguai, cujo custo estimado do processo é de US$ 50
mil.
O Paraguai foi
suspenso do Mercosul por decisão dos presidentes Dilma Rousseff, Cristina
Kirchner (Argentina) e José Pepe Mujica (Uruguai), em 29 de junho. A medida foi
uma reação ao processo de impeachment a que foi submetido o então
presidente paraguaio Fernando Lugo. Para Dilma, Cristina e Mujica, não foi dado
o tempo para Lugo se defender, rompendo com a ordem democrática. A suspensão é
válida até abril de 2013.
No parecer, elaborado
pelo ministro das Relações Exteriores do Paraguai, José Félix Fernández
Estigarribia, a informação é que o tempo para a ação impetrada pelo governo ser
analisada pela Corte Internacional levará sete anos, além do período de
encaminhamento e o prazo para a conclusão.
De acordo com Franco, o
ideal, em meio à dificuldade em recorrer à Corte Internacional, é agir
mostrando que o Paraguai é soberano e tem uma democracia constituída. Segundo
ele, será feito um esforço conjunto de todos do governo para mostrar à
comunidade internacional que a ordem democrática é respeitada no país.
Paralelamente, o
governo do Paraguai anunciou anteontem (8) que pretende suspender a venda de
energia excedente da Usina Hidrelétrica de Itaipu para o Brasil e a Argentina.
A medida causou reações do governo brasileiro, que lembrou que há um acordo
bilateral que tem de ser respeitado.
*Com informações da agência pública de notícias do Paraguai, Ipparaguay
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