Depois de 76 dias
abrigado na Embaixada do Brasil em La Paz, o senador boliviano que faz oposição
ao governo, Roger Pinto Molina, ainda aguarda o salvo-conduto para poder deixar
o país. O Ministério das Relações Exteriores confirmou hoje (13) que Molina
ainda está na representação diplomática. O asilo político foi concedido no
começo de junho, mas não há previsão de quando ele deixará a embaixada.
O senador alega sofrer
perseguição política e correr risco de vida. O governo do Brasil concedeu o
asilo político ao parlamentar em 8 de junho, mas as autoridades da Bolívia
ainda não emitiram um salvo-conduto para que o senador, que era líder da
bancada de oposição ao governo de Evo Morales, pudesse deixar o local e se
dirigir ao aeroporto. Ele pediu abrigo na embaixada no dia 28 de maio.
Na embaixada, ele vive
em um quarto improvisado. Segundo relatos, Molina passa o dia lendo jornais,
falando com a família no celular e recebendo políticos da sua legenda, a
Convergência Nacional. As autoridades bolivianas acusaram o parlamentar de, no
passado, obstruir investigações da Justiça.
Autoridades do governo
do presidente Evo Morales, como o vice-presidente Álvaro García Linera,
disseram à imprensa local que o senador procurou abrigo na embaixada brasileira
porque "tem 20 processos na Justiça".
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Dag Vulpi