quarta-feira, 27 de junho de 2012

Governo anuncia mais de R$ 8 bilhões para PAC Equipamentos



Brasília - Na busca de alavancar o crescimento da economia, o governo anunciou hoje (27) o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Equipamentos. A finalidade é disponibilizar R$ 8,4 bilhões para agilizar as compras governamentais com preferência à aquisição de produtos da indústria nacional. Esta é mais uma série de medidas para tentar evitar a queda do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, ante a crise internacional.
O programa anunciado pelo governo prevê aquisições nas áreas de saúde, defesa, educação e agricultura, como retroescavadeiras, ambulâncias, ônibus escolares, motocicletas para policiais, veículos lançadores de mísseis e blindados.
Na área de saúde, mais de 80 itens produzidos no país poderão ser adquiridos com preços até 25% superiores aos dos concorrentes, de acordo com o Ministério da Saúde. A margem de preferência vai variar entre 8% e 25% para o que for produzido pela indústria brasileira até junho de 2017. Entre os itens previstos estão tomógrafos e aparelhos de hemodiálise.
O governo também oferecerá financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a compra de equipamentos na área de saúde. Nesse caso, o índice de nacionalização deve ser de, no mínimo, 60% como forma de estimular a produção de equipamentos médicos no Brasil, conforme dados do Ministério da Saúde.
Além de estimular a economia, o programa vai atuar no combate a problemas como a seca e beneficiar escolas por meio da compra de ônibus e mobiliários. No total, na área educacional, serão adquiridos 8,5 mil veículos e 30 mil móveis. Para combater a seca, serão comprados 8 mil caminhões e 3 mil patrulhas agrícolas (conjunto formado por tratores e implementos na busca de aumentar a produtividade agrícola).
Entre os veículos, estão ainda 2,1 mil ambulâncias para o Sistema Único de Saúde e 160 vagões de trens, além de 500 motocicletas para as polícias Federal e Rodoviária Federal.
Parte dos R$ 8,4 bilhões a serem gastos nas compras governamentais já estava prevista no Orçamento de 2012, o adicional necessário chegará a R$ 6,6 bilhões, de acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Com isso, a previsão de investimentos do PAC para 2012 sobe de R$ 42,6 bilhões para R$ 51 bilhões. “É o maior já feito em um ano”, destacou.
As projeções de analistas do mercado financeiro, divulgadas esta semana pelo Banco Central, indicam que a economia pode crescer apenas 2,18%, em 2012, ante a crise mundial. Caso se confirme, será um crescimento bem menor do que os 2,7% registrados no ano passado.

Daniel Lima | Yara Aquino e Pedro Peduzzi - Repórteres da Agência Brasil Edição: Talita Cavalcante

PAC Equipamentos destina R$ 1,5 bilhão para Ministério da Defesa


Brasília - O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Equipamentos, anunciado hoje (27) pelo governo, destina R$ 1,527 bilhão para a compra de equipamentos para as Forças Armadas. De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Defesa, serão adquiridos 4.170 caminhões, 40 carros de combate Guarani e 30 veículos lançadores de mísseis Astros 2020. Todos de fabricação nacional.
A maior parte do dinheiro, R$ 939,6 milhões, será para a compra de caminhões de diferentes tipos e modelos, destinados ao transporte de tropas e de cargas, além de carros-pipa para combate a incêndio. Esses veículos vão se somar aos 900 inicialmente previstos, totalizando encomenda de 5.070 caminhões neste ano.
O Ministério da Defesa vai empregar R$ 342,4 milhões na aquisição dos blindados Guarani, produzidos pela empresa Iveco, em Minas Gerais. Projetado pelo Exército, trata-se de um carro anfíbio sobre rodas que vai substituir, gradualmente, os blindados Urutu e Cascavel, fabricados pela Engesa há mais de 30 anos. A aquisição dos veículos lançadores de foguetes terra-terra, fabricados pela Avibrás, em São Paulo, vai custar R$ 245 milhões.
Nota do Ministério da Defesa assegura que os blindados Guarani e os lançadores Astros 2020 são projetos estratégicos no Plano de Articulação e Equipamento de Defesa, em fase de conclusão, que orientará as aquisições de material bélico das Forças Armadas até 2030. Ressalta, ainda, que blindados e lançadores funcionarão também como estímulo à inovação e à produção nacional de meios tecnologicamente avançados.
Stênio Ribeiro Repórter da Agência Brasil | Edição: Rivadavia Severo



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