quarta-feira, 27 de junho de 2012

Novo presidente do Paraguai pede que parlamentares aprovem pacote econômico


O recém-empossado presidente do Paraguai, Federico Franco, pediu hoje (27) a senadores e deputados que aprovem o pacote de investimento e crédito de US$ 480 milhões.
O pacote é considerado fundamental para estimular a economia e financiar projetos de infraestrutura, como construção de estradas, durante a gestão de Franco até agosto de 2013, quando ocorrerão novas eleições no Paraguai.
Os parlamentares não aprovaram a medida no governo de Fernando Lugo, destituído da presidência do país pelo Congresso, na semana passada, sob a acusação de mau desempenho no cargo.
"Existem US$ 480 milhões nas mãos de vocês", disse Franco, referindo-se aos empréstimos de agências internacionais e bancos privados que o país pode receber caso sejam aprovados pelos parlamentares, segundo informações da agência pública de notícias da Argentina, Telam.
Franco voltou a defender o processo de impeachment que levou à derrubada de Lugo do poder, além de rechaçar as acusações de que foi um golpe de Estado. “Há alguns dias, como consequência de um procedimento constitucional e legal, houve uma mudança de chefia no Paraguai”.
No entanto, a velocidade com que o ex-bispo católico foi retirado da Presidência – o processo durou cerca de um dia – é alvo de críticas internacionais, principalmente dos países vizinhos ao Paraguai.
Os chefes de Estado do Mercosul e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) vão se reunir na próxima sexta-feira (29), em Mendoza (Argentina), para discutir a crise no Paraguai e decidir se sanções econômicas e políticas serão adotadas contra o país. Os paraguaios já foram suspensos provisoriamente do Mercosul e não poderão participar da cúpula.
A Organização dos Estados Americanos (OEA) decidiu ontem (26) enviar uma missão ao Paraguai para avaliar a crise antes de tomar uma posição. O grupo será encabeçado pelo secretário-geral da entidade, José Miguel Insulza.
Mais cedo, o ex-presidente Fernando Lugo, que montou um “governo paralelo”, disse que irá apresentar provas à missão da OEA de que o processo de impeachment foi conduzido de maneira inadequada. Lugo acusa o novo governo paraguaio de promover uma desinformação sobre o caso e ser o “responsável exclusivo” por possíveis sanções a serem adotadas por organismos internacionais e países contra o Paraguai.
* Com informações da agência pública de notícias da Argentina, Telam
Edição: Rivadavia Severo

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