quarta-feira, 13 de julho de 2011

Firula ou Assembléia Constituinte Exclusiva?

Dag Vulpi

As vontades políticas das cúpulas que chegam ao poder, sejam originárias da esquerda ou da direita, sempre manterão o alinhamento, sem riscos de ficarem tortos por estarem fora do eixo de suas pseudo-ideologias. Eles estarão bem à vontade e bastantes eficientes, principalmente na defesa dos interesses deles próprios e daqueles que os bancaram. Já os interesses daqueles que eles deveriam representar, ficarão num plano bem inferior na sua escala de prioridades.

Quando o sistema político de um país fica entre uma situação corrompida e uma oposição inexistente, o capital domina a governabilidade. E onde o capital prevalece os interesses do povo sempre serão ignorados.

A corrupção histórica e cada vez maior e mais sofisticada, ocorre desde sempre no meio político do nosso país, pode até passar despercebidas por uns, mas é severamente sentida por outros. Certamente os eventos de 2014 e 2016 copa do mundo e olimpíadas, contribuirão em muito para que os atuais índices de corrupção, cresçam estratosfericamente.

Pensar que este cenário político pode mudar não é utópico, mas quase. Cabe a nós povo, legítimos representados, tentar esta mudança. Vamos começar por exigir uma reforma política, mas, não esta reforma descarada que tramita no congresso, essa não passa de engodo, ou ainda, como gosta de dizer um político amigo nosso “ISSO É FIRULA” para enganar o povo. E esta é uma simples constatação de uma triste realidade.

Apoio incondicionalmente a proposta de uma reforma política, e conforme já escrevi anteriormente, não tenho esperanças de que a reforma que o Brasil tanto precisa venha pelas mãos de nossos políticos, afinal, reformando o atual sistema eles estariam legislando em prol de uma causa que para eles é alheia que é o povo, quando na verdade eles só legislam em causa própria.  

Parece-me não haver outra saída a não ser aprovar uma reforma através da instauração de uma Assembléia Constituinte Exclusiva, pois, com a participação popular estaríamos aprovando uma reforma autêntica que de fato poderia atender os anseios do povo. 

Por mais que possa parecer não influenciar no posicionamento de nossos representantes, expressar nossos sentimentos em forma de protestos contra os seus descasos, ainda é o melhor caminho, logo, protestar exigindo direitos passou a ser obrigação de cada cidadão. O que eles esperam é o nosso silencio nos tornando cúmplices, coniventes com seus desmandos.

Os que ainda conseguem se indignar deve desafogar seus descontentamentos, e juntos lutarmos por um Brasil justo, e livre destes bandidos travestidos de representantes deste povo. 

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Dag Vulpi

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