“A nova política vai apoiar o setor produtivo no enfrentamento da valorização cambial e da concorrência asiática”, afirmou o ministro.
Além do estímulo à inovação, Pimentel também explicou que a nova política industrial - que irá substituir a atual Politica de Desenvolvimento Produtivo (PDP) - possibilitará uma maior atração de investimento. “Vamos aumentar a busca por empresas estrangeiras que exportam manufaturados ao Brasil para que se associem ao capital nacional”, disse. Segundo Pimentel, esse modelo está vinculado à necessidade de equilibrar a qualidade da balança comercial.
“A partir do segundo semestre, começaremos, de fato, a enfrentar problemas conjunturais da indústria brasileira. O governo pretende anunciar desonerações fiscais e um forte investimento em inovação industrial”, adiantou o ministro.
“Estamos muito ansiosos para saber como vem a proposta do ministério”, afirmou Assis Melo. Segundo ele, a indústria precisa ter produtos com maior valor agregado e mão-de-obra qualificada para competir com o mercado internacional. “Precisamos ter condições para termos uma indústria moderna não só do ponto de vista tecnológico, mas a partir do parque industrial atual.”
Encolhimento da indústria
Assis Melo reclamou da substituição de produtos nacionais por importados e o encolhimento da indústria nacional.
Dados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), citados por Melo, indicam que o faturamento do setor em 2010 diminuiu 12,1% em comparação com 2008. Em 2010, 60% das máquinas adquiridas para a indústria nacional foram importadas e 40% foram de produção nacional. Esse quadro é o inverso do que havia em 2005, quando 6 em cada 10 máquinas compradas pela indústria brasileira era de fabricação nacional.
De acordo com o parlamentar, uma das soluções para fortalecer a indústria nacional é o crescimento do mercado interno. “Precisamos ter uma base produtiva ampla e olhar para o mercado interno que tem grande potencial de consumo. Se aumentarmos a renda da população, melhoramos o mercado interno”, disse.
Melo defendeu a convocação da Comissão de Trabalho para a audiência com o ministro. “Ao discutir uma nova política industrial há que se pensar como estará inserido o trabalhador. Não podemos dissociar o desenvolvimento do trabalho.”
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