Postagem Dag Vulpi 01/06/2011 
Por Waldemar Rossi 
Governo, empresários e centrais sindicais unem-se em investida contra falso déficit previdenciário.
As  informações negativas não param de chegar. Seja pela mídia, pela  internet ou pelos meios políticos ficamos sabendo que o capital está, de  fato, domando o poder político e as tradicionais Centrais Sindicais.  Todos mancomunados contra os interesses do povo.
Do lado do  governo, Dilma está decidida a aumentar o tempo de trabalho para a  aposentadoria. Sua proposta estabelece a idade mínima de 65 anos para os  homens e 63 para as mulheres - claro, dos que produzem as riquezas  deste país (L. Lazzarini, jornal Agora). Porém, oferece uma alternativa  como novidade: o chamado "Fator 85/95". Sabem lá o que é isto?
Pois  bem, trata-se de o trabalhador garantir que a soma dos anos trabalhados  e do tempo que contribuiu para a Previdência atinja 95 anos para os  homens e 85 anos para as mulheres. Veja lá: o trabalhador terá que  provar que trabalhou, por exemplo, 50 anos e que contribuiu durante 45  anos, ou 55 anos trabalhados e 40 de contribuição, e assim por diante.  Podemos destacar algumas aberrações desta proposta.
Primeiro: é a  tese de que o trabalhador nasceu e vive para trabalhar, e não que  trabalha para garantir a vida. É a inversão perversa de valores para a  vida humana. O trabalhador comum não tem o direito de ser feliz e de  desfrutar dos sabores da vida em tempo nenhum de sua existência E nem  mesmo desfrutar dos bens que produz, a não ser o mínimo do mínimo para  garantir a reposição de sua força de trabalho. Tem que produzir riquezas  e mais riquezas para o capital. É a forma mais moderna de "legalizar a  escravidão do trabalhador". Ou seja: é a legitimação da barbárie, é a  volta aos tempos do escravismo: trabalhar de sol a sol e noite adentro,  dormir, levantar para trabalhar de sol a sol e noite adentro, exaurindo  sua vida no trabalho!
Segunda aberração: em tempo de  neoliberalismo - que gera desemprego em alta escala, que provoca veloz  rotatividade no trabalho (trabalho, desemprego; novo trabalho e novo  desemprego, e assim por diante, durante toda a vida), que impõe  condições precárias de contrato de trabalho, inclusive sem registro em  carteira, que sonega direitos elementares para milhões de trabalhadores  –, como nessas condições garantir a contribuição de pelo menos 35 anos?  Quantos e quantas irão conseguir, por exemplo, contribuir com a  Previdência por 40 ou 45 anos? E ter carteira assinada para provar que  trabalhou por outros 40 ou 45 anos? Quantos trabalhadores e quantas  trabalhadoras conseguirão o benefício da aposentadoria antes de partir  desta para outra vida?
Terceira aberração: o que se visa,  realmente, não é impedir o sacanamente apelidado "rombo da Previdência".  Está provado que esse rombo só existe porque grandes empresas sonegam a  Previdência Social (e isto a própria imprensa burguesa tem revelado de  tempos em tempos). Especialistas vêm comprovando com dados oficiais que o  rombo é uma mentira deslavada, uma falácia, "conversa mole pra boi  dormir".
O real objetivo dessa reforma da Constituição é  garantir crescimento de lucros para as empresas e, ao mesmo tempo,  garantir superávit primário para pagar a agiotagem nacional e  internacional. E isto aparece muito claramente quando o governo Dilma  propõe "desonerar a folha de pagamento das empresas", eliminando a sua  contribuição para a Previdência Social, a fim de facilitar a  exportação... Em outras palavras, é preciso fazer aumentar os já  extraordinários lucros empresariais. Só que isto irá onerar a  Previdência (Estadão, Economia de 16/05/11).
Para compensar esse  verdadeiro rombo previdenciário é necessário roubar do trabalhador o  direito de alcançar a sua justa e legítima aposentadoria, isto depois de  longos e penosos anos produzindo riquezas e gerando fabulosos lucros  para os empresários, ladrões oficiais. Ladrões "legais", protegidos por  leis ilegítimas que espoliam e esmagam o povo. Crime contra a  humanidade, genocídio a conta-gotas, premeditado.
E para  finalizar este pequeno artigo, vem a bomba do dia: "Desoneração da folha  une Fiesp e Centrais". "Ao lado de dirigentes da Força Sindical e da  Central Única dos Trabalhadores (CUT), o presidente da Federação das  Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) anunciou ontem a intenção das  entidades de encaminhar nos próximos dias à presidente Dilma Rousseff um  conjunto de propostas de longo prazo para o desenvolvimento da  indústria nacional ... As entidades reunidas ontem, de acordo com Skaf  (presidente da Fiesp), estudam pedir desoneração na folha de pagamento  dos 20% da contribuição ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS)" –  Estadão, Economia- pág. B9, 24/05/11).
"Até tu, Brutus?",  poderíamos perguntar para os dirigentes da CUT, cria dos trabalhadores  para defesa dos seus direitos. Como enuncia o título dessa matéria,  "Todos contra os trabalhadores: empresários, governo e centrais  sindicais". Todos mancomunados. É preciso protestar contra tanta  sacanagem e traição, antes que seja tarde demais! Acorda povo  trabalhador, porque os alicerces dos seus direitos estão totalmente  minados!
Waldemar Rossi é metalúrgico aposentado e coordenador da Pastoral Operária da Arquidiocese de São Paulo.
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Fernanda Tardin " Vou me embora pra Passargada, lá sou amiga do Rei".... mas onde é que fica este local que o Rei tem ideologia?
José Safrany O  "clubinho" no governo federal parece que aprendeu demais e até superou a  quadrilha demo-tucana, não é mesmo. Para fazer maldade ao povo  brasileiro e aos TRABALHADORES (PT????????)em particular, com essa onda  de déficite da Previdência Social,  cantilena desde a época da ditadura, passando pelos "democráticos"  desde ELLE (estão querendo até esconder o pilantra...Vai ver é mais um  dos SACRIFÍCIOS de Sarney - que foi adotado por lula da silva - até a  atual ex-guerrilheira contra a ditabranda, desculpe, isso é com a  Folha,digo ditadura, coisa que parece que se esqueceu, já que não fala  em abertura da caixa de pandora, nem projeto DH-3 ou Comissão da  Verdade, etc. Isso tudo para, depois, vir com aumento da idade de  aposentadoria, manutenção do famigerado fator previdenciário, etc. Mas,  ao mesmo tempo, fala-se em "desonerar" os pobres empresários e  banqueiros que tanto sofrem com a crise... Quanto ao trabalho semelhante  ao escravo dos latifundiários/empresários   (os da cana o sr. lula já carimbou de "heróis"...), nem um piu. Aquele  famoso projeto de confisco das terras onde os raros fiscais do trabalho  flagram escravidão (e mesmo assim libertam centenas deles)nem me diga...  Quanto ao pornográfico dinheiro entregue "religiosamente" aos agiotas,  banqueiros e especuladores daqui e de fora, ah! isso é sagrado  (SUPERÁVITE PRIMÁRIO E OTRAS COSITAS MÁS), por onde vai, pelo ralo,  quase UM BILHÃO DE REAIS POR DIA, INCLUSIVE SÁBADOS DOMINGOS E FERIADOS!  (entre outras, será por isso que temos os juros CAMPEÕES DO MUNDO?, já  que somos campeões, invertendo a tabela, em saúde, educação, preços  públicos, combustíveis, etc.? E ainda temos, mais recente, o PERDÃO aos  desmatadores, grileiros e devedores que, como PRÊMIO do governo dilma,  ainda terão mais espaço para desmatar a fim de exportar suas commodities  para os falidos do chamado primeiro mundo e gerarem mais SUPERÁVITE  PRIMÁRIO que não deixa nada para o povo brasileiro não, vai para quem?  Isso mesmo, os coitadinhos dos banqueiros, agiotas e empresários.  Enquanto isso o sr. Eike Batista, os da Odebrecht, OAS, Camargo Correia,  Vale (cadê a auditoria?) e outros pobres bilionários riem à toa.  Qualquer sanha maior de lucro,o que necessita de investimentos, estão aí  o BNDES (ué, não era para o social, como diz o nome?), BB, CEF e demais  afiliados para "socorrê-los"
Marco Lisboa Há  um verdadeiro estelionato contra os funcionários públicos mais novos:  eles estão contribuindo sobre o seu salário como se fossem receber a  aposentadoria integral, o que não vai acontecer. Entretanto os governos  nunca regulamentam como será a previdência complementar, que os  permitiria contribuir sobre uma base menor. Eles estão ajudando a tampar  os rombos do orçamento e daqui a uns 20 ou 30 anos ficarão na mão.
Gilberto Francisco Braga Magalhaes rsrsrsrsr! Meu Deus! Começo novos tempos ruins[Delfim].
Pacheco Jorge Medeiros Neves O  trabalhado  paga  um dia de contribuiçao  sidical  para o sidicato para   ele  ser  contra  o trbalhado   e a pequena empresa  temos e que  acabar com este imposto  obrigatorio tanto do  trabalhado e das pequenas  empresas que ja paga emposto de mais.
Mauro Morais de Oliveira O déficit previdenciário é um engodo para achatar ainda mais os direitos dos segurados do Regime Geral, mantendo-se as farturas da previdência de servidores públicos e parlamentares, obrigando o povo a recorrer à previdência privada para na velhice (senão decrepitude) não viverem miseravelmente.
Mauro Morais de Oliveira O déficit previdenciário é um engodo para achatar ainda mais os direitos dos segurados do Regime Geral, mantendo-se as farturas da previdência de servidores públicos e parlamentares, obrigando o povo a recorrer à previdência privada para na velhice (senão decrepitude) não viverem miseravelmente.

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