Apesar
de não estar entre os primeiros no mundo, o consumo de álcool no Brasil
preocupa. Um estudo apresentado pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), em
Brasília, na Conferência Pan-americana de Políticas Públicas sobre o Álcool,
calcula em 19 milhões os brasileiros dependentes de álcool e mostra que ele é a
droga mais consumida no País. De acordo com a OMS, desde o início da década de
70 o consumo no Brasil cresceu 70%, colocando o País entre os 25 de maior
crescimento no mundo.
A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) destaca que entre a população pobre
o álcool provoca mais problemas, pois além de comprometer a saúde afeta a
renda, já baixa. Entre as medidas que a Opas pretende sugerir no final da
Conferência estão o aumento de impostos e o endurecimento das medidas de
restrição ao acesso e à propaganda de bebidas alcoólicas. O Brasil já tem um
projeto de restrição à propaganda que deve entrar em vigor em seis meses.
A resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária prevê que a propaganda
de bebidas com mais de 13 graus de teor alcoólico só poderá ser veiculada
depois das 21 horas e até as 6 horas da manhã. Isso inclui bebidas como uísque
e vodca, mas deixa de fora a cerveja, mais consumida no Brasil.
As restrições incluem a proibição de associações com eventos musicais,
esportivos ou com conotação de sucesso pessoal relacionada à bebida ou, ainda,
de atividades saudáveis. Também terão que ficar de fora quaisquer expressões
que incentivem as pessoas a experimentar a bebida.
Os latino-americanos bebem, em média, menos do que europeus, asiáticos e
norte-americanos. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apresentados,
mostram que o consumo no Brasil é de 5,3 litros por pessoa, em média, enquanto
chega a 9,3 litros no grupo que inclui Estados Unidos, Canadá e Cuba.
A OMS calcula o consumo com base na venda de bebidas fermentadas, como vinho e
cerveja, e destilados, como uísque e vodca, divididos pela população acima de
15 anos. Também entra na conta uma estimativa de venda de álcool fora dos
registros oficiais, pois em muitos países a produção caseira ou mesmo ilegal
responde por parte considerável do consumo.
O relatório divide os continentes em áreas. O maior consumo mundial é o do
grupo que reúne Rússia e Ucrânia, com consumo médio de 13,9 litros per
capita/ano. O segundo grupo reúne Inglaterra, Alemanha e França, com 12,9
litros. Entre os países considerados de forma individual, Uganda é o líder, com
19,4 litros. O Brasil fica em 81º lugar. (das agências de notícias)
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