segunda-feira, 21 de maio de 2012

BALANCE CAPIXABA 21/05/2012

▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼
BALANCE CAPIXABA 21/05/2012
▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲

PMDB vai lançar três mil candidatos a prefeito este ano
A meta do PMDB para as eleições municipais deste ano é dobrar o número de prefeitos nas capitais. Em todo o país o partido lançará três mil candidatos próprios.
A promessa é do senador Valdir Raupp (RO), presidente nacional do PMDB. Ele concedeu entrevista após encerrar "II Fórum Nacional - o PMDB e as eleições municipais 2012", no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, quinta-feira. 
O evento foi marcado por críticas a sigla feitas pelo ex-ministro Nelson Jobim, que causaram constrangimento aos líderes presentes, incluindo o vice-presidente da República, Michel Temer; o próprio Raupp, e a vice presidente da Câmara Federal, deputada Rose de Freitas (ES). Jobim cobrou firmeza do partido. 
Mas Raupp está de olho no crescimento do partido. Ele diz o PMDB vai tentar eleger 1300 prefeitos nos 5.566 municípios brasileiros, para manter a posição de maior partido do Brasil: 
" Tenho feito uma verdadeira cruzada pelo país para lançar candidaturas próprias. Acompanho de perto a situação no ES. Sei que Hartung seria uma candidatura vitoriosa, mas ele não está completamente decidido a concorrer. Se ele não sair teremos outros nomes, como o do senador Ferraço, com quem já conversei". 
O senador citou também o nome do deputado federal Lelo Coimbra, outro pré-candidato peemedebista: "Nome para ganhar em Vitória o PMDB tem", completou. 
Apesar das declarações de Raupp, o senador capixaba, Ricardo Ferraço, tem dito que não pretende abandonar seis anos de mandato no Senado - ele foi eleito em 2010 - para governar Vitória. 
Camilo apóia Iriny 
Também presente ao II Fórum do PMDB, o suplente de deputado federal Camilo Cola - pré candidato a prefeito de Cachoeiro - disse não acreditar que o ex-governador Hartung se disponha a concorrer na capital. 
E anunciou seu apoio a pré-candidata do PT, iriny Lopes. Explicou que não a apoia porque assumiria o mandato na Câmara, caso ela seja eleita prefeita “Mas porque a candidatura de Hartung não está posta". 
E lembrou que na condição de primeiro suplente da coligação PT/PSB/PMDB, assumirá na vaga de qualquer deputado dessas legendas que venha a ser eleito, citando as pré candidaturas de Paulo Foletto (Colatina) e Audifax Barcelos (Serra). 
"A Iriny ainda não me procurou, mas se procurar terá meu apoio", afirmou. Camilo é presidente do PMDB em Cachoeiro. Mês passado outra deputada do PMDB, Rose de Freitas, também declarou apoio a candidatura do ex-prefeito Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), por não acreditar que o PMDB venha a concorrer com candidato próprio na capital. Via: www.agenciacongresso.com.br 


▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼
▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲
Bancada do ES propõe diminuir dívida de R$ 820 milhões do estado
A coordenadora da bancada do ES, deputada Rose de Freitas (PMDB), articula na Câmara a aprovação de uma proposta de diminuição de uma dívida do estado no valor de R$ 820 milhões. 

A dívida deve-se a falta de pagamento do PIS/PASEP de servidores do ES no governo de Paulo Hartung. 

A bancada capixaba propõe ao governo federal a redução das multas, juros e encargos, já que o valor inicial do débito era de R$ 420 milhões. 
Eles pedem ainda o parcelamento do valor em 180 meses. A proposta seria incluída nesta semana como emenda à Medida provisória 556/2011. 
A expectativa é de que a proposta seja incluída em alguma MP essa semana. O governo federal já sinalizou pela aprovação do texto devido ao fim do Fundap (Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias). 

De acordo com a justificativa da emenda, a multa e os encargos cobrados pela União não devem incidir, uma vez que o estado não solicitou refinanciamento da dívida por falta de notificação tanto por parte da União como da justiça. 

Além disso, o prazo de 180 meses permitirá ao ES quitar a sua dívida de forma responsável, já que o pagamento de forma integral é inviável. 
Citam ainda que a quitação do valor determinaria a insolvência do estado, que vem sofrendo a perda significativa de diversas receitas e prejudicaria ao povo capixaba. 

De acordo com o texto, a aprovação da proposta representa um importante instrumento para a manutenção dos investimentos em infraestrutura, um dos maiores gargalos para o desenvolvimento. 

Sem a garantia do parcelamento muitos destes projetos jamais poderão sair do papel, pelos necessários recursos que demandam e pela dificuldade de novas captações.
  Via: www.agenciacongresso.com.br | Foto: M.Rosetti 



▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼
▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲
Capixaba suspeito de homicídio depõe na CPMI do Cachoeira na quinta-feira

O empresário José Olímpio de Queiroga Neto, apontado como membro da quadrilha de Carlos Cachoeira, depõe na próxima quinta-feira, 24 de maio, na CPMI que investiga a relação do contraventor goiano com agentes públicos e privados . 

Em seguida, serão ouvidos Gleyb Ferreira da Cuz, Lenine Araújo de Souza, e Idalberto Matias de Araújo. Existe uma grande expectativa ainda em relação ao depoimento nesta terça-feira, de Carlos Cachoeira. 

A defesa do contraventor tenta mais uma vez adiar o seu depoimento. O advogado de Cachoeira, Márcio Thomaz Bastos, entrou com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para que ele só compareça à comissão nas próximas três semanas 

José Olímpio e seu irmão, Francisco Marcelo Queiroga, são velhos conhecidos da justiça. Francisco Queiroga, apontado pela Polícia Federal como chefe de uma quadrilha que explora o jogo ilegal no entorno do Distrito Federal, teve seu indiciamento pedido pela CPI do Narcotráfico, da Câmara, no ano 2000. 

Segundo a CPI, ele era sócio de José Carlos Gratz, então presidente da Assembleia Legislativa do ES e acusado de comandar o jogo ilegal no estado. E teria, ainda de acordo com a CPI do Narcotráfico, ligações com o Cartel de Cali, na Colômbia. 

O inquérito da operação Monte Carlo afirma que a família Queiroga está envolvida "há anos" com a exploração de jogos de azar. Teria se mudado do Espírito Santo para Goiás e Distrito Federal. 

A quadrilha estaria envolvida em esquemas de corrupção de funcionários públicos, policiais militares e civis de Goiás. 

Além disso, os dois irmãos, de acordo com o inquérito, foram detidos em 2004 pela suposta participação em duplo homicídio na cidade de Vila Velha, dos irmãos Wismar e Wisman Branardo da Silva, ocorrido em 18 de fevereiro de 1999. 

De acordo com o documento, os irmãos assassinados "foram encontrados mortos a tiros em uma estrada de terra em Praia Sol, na ponta da fruta, em Vila Velha, quatro dias após um assalto ao apartamento de Marcelo Queiroga". 

O inquérito aponta ainda que Marcelo Queiroga ficou detido de 08 de agosto a 10 de outubro por suspeita de desvio de dinheiro de contas do Banestes para financiar atividades de bingos no ES. 

De acordo com Ministério Público Estadual, Marcelo Queiroga, junto com os irmãos Raimundo Washington Queirogae José Olimpio Queiroga junto com os sócios Elyon Álvares Moreira e Ederson Marcelo Lemos teriam desviado cerca de R$ 140 mil de contas particulares e mais de R$ 300 mil de verbas públicas do Banestes para financiar atividades de bingo televisivo no estado. 

A CPI do Narcotráfico da Câmara também sugeriu ao MP o indiciamento de Marcelo Queiroga por prática de crime organizado e sonegação de impostos. 

Além de José Olímpio a CPMI ouve nos dias 22 e 24 de maio outros supostos integrantes da quadrilha: Gleyb Ferreira da Cruz, Geovani Pereira da Silva, Wladimir Henrique Garcez, Lenine Araújo de Souza, Idalberto Matias de Araújo, Jairo Martins e outros. 

Procurador-geral 

A comissão deve receber nesta semana as respostas do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, dos questionamentos feitos pelos parlamentares na quinta-feira. 

Em um primeiro momento, deputados e senadores queriam a convocação de Gurgel, mas limitaram-se a enviar duas perguntas a ele: em que data e circunstâncias chegaram à Procuradoria Geral os inquéritos das Operações Vegas e Monte Carlo e quais foram as providências adotadas por ele. 

A decisão de não convocar o procurador foi tomada após um acordo feito entre os parlamentares, que não votaram também requerimentos para convocar governadores. 

Gurgel passou a ser questionado a partir do momento em que o delegado Matheus Mella Rodrigues disse, em depoimento à CPI, que a Operação Monte Carlo foi desencadeada para acabar com caças-níqueis em Valparaíso de Goiás, motivada pela Operação Vegas – que teve a mesma finalidade –, realizada em 2009, cujo processo estava parado na PGR. Via: www.agenciacongresso.com.br


▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼
▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲
Caso Alexandre: ex-comandante da PM revela
detalhes da montagem da farsa do crime do juiz

Nerter Samora

Uma das principais figuras por trás das investigações do assassinato do juiz Alexandre Martins de Castro Filho, morto em março de 2003, o comandante-geral da Polícia Militar na época, coronel Júlio César Lugato (hoje na reserva), também reforça a suspeitas da montagem de uma farsa para atribuir a tese de crime de mando ao caso. Em carta distribuída aos oficiais da corporação, o coronel Lugato conta detalhes sobre os bastidores do crime e a “grande surpresa” diante da construção da tese de mando, na calada da noite, pelo então secretário de Segurança, Rodney Rocha Miranda.

No texto com cinco páginas, obtido com exclusividade pela reportagem de Século Diário, o ex-comandante da PM corrobora com o depoimento de outra peça-chave na trama, o autônomo Robson Silveira, primo de 2º grau do ex-governador Paulo Hartung (PMDB). Robinho, como é mais conhecido, negou ter qualquer relação com um dos executores do crime, Odessi da Silva Martins, o Lumbrigão, como apontado no auto da prisão em flagrante do executor – principal peça que ligaria o suposto mando da morte ao ex-governador.

Lugato afirmou ter conhecimento da morte do juiz momentos após o crime (ocorrido por volta das 7h40 do dia 24 de março em frente à academia que Alexandre Martins freqüentava, em Vila Velha). Antes mesmo de ser convocado às pressas para uma reunião de emergência no Palácio Anchieta, o comandante da PM, à época, assegurou a utilização de toda a força policial à disposição para atuar nas investigações.

O ex-chefe da corporação relatou que durante o primeiro depoimento da personal trainer do juiz, Julia Eugênia Fontoura, a testemunha descreveu a pessoa que fez o disparo contra o magistrado e de imediato o então chefe da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Danilo Bahiense, associou a descrição com uma possível semelhança com o sargento Heber Valêncio, ocasião no qual perguntou ao coronel (presente no depoimento) sobre o fornecimento de uma fotografia do militar.

Após a personal trainer apontar “verta semelhança” entre a fotografia de Valêncio e o suposto atirador, Lugato determinou ao então chefe do Departamento de Inteligência da PM, o tenente-coronel Marco Aurélio Capita (atual coronel da reserva), que procurasse o sargento para conduzi-lo à delegacia para participar de um reconhecimento.

Entretanto, no intervalo entre a localização e condução de Valêncio à delegacia, as equipes das policias Civil e Militar localizaram três pessoas ligadas ao crime (Giliarde Ferreira de Souza, um dos executores; André Luiz Tavares, que emprestou a motocicleta utilizada na ação; e Leandro Celestino de Souza, que repassou uma pistola 7.65, usada por Giliarde).

Na sede da DHPP, a personal trainer teria reconhecido Giliarde na hora, segundo relato de Lugato. O suspeito também teria confessado participação no crime. Fato que retiraria o sargento da cena do crime, tanto que o ex-oficial da PM relatou que Valêncio e a esposa que o acompanhava – além do sargento Ranilson, que estava com o militar durante toda aquela manhã do crime – ficaram “o tempo todo sentados em um sofá aguardando o desenrolar dos fatos”.

Até aquele momento, restava apenas a prisão do outro executor do crime, Lumbrigão, que já havia sido identificado nas investigações. Os depoimentos dos acusados presos davam conta de que a morte do juiz Alexandre se tratava de uma tentativa desastrada de roubo, terminando com um latrocínio (roubo seguido de morte) frustrado.

Em depoimento, os acusados repetiram a tese que endossa o pedido de federalização do caso feito pela Associação de Mães e Familiares Vítimas da Violência (Amafavv) ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Nos relatos, Giliarde e os comparsas falam da tentativa frustrada de assalto a uma caminhonete (parecida com o modelo utilizado pelo juiz), em um posto de gasolina, momentos antes de se depararem com o magistrado estacionando o veículo próximo à academia.

Com o transcorrer das horas, o coronel Lugato disse que após o crime ter sido “praticamente esclarecido” foi para a casa à noite, porém, antes de sair, falou com os dois sargentos a respeito do que estava ocorrendo e pediu que aguardassem apenas pela liberação do chefe da DHPP, dando a entender que a libação dos PMs era apenas uma questão de tempo. Enquanto Lugato retornava para a casa com a certeza de elucidação do crime em tempo recorde, a trama do caso deu uma reviravolta.

Na manhã do dia seguinte ao crime, Lugato contou que foi convocado para uma entrevista coletiva à imprensa do então secretário de Segurança, Rodney Miranda (atual deputado estadual pelo DEM). Ladeado também pela Chefe da Polícia Civil na época, Selma Couto, Rodney surpreendeu a todos – inclusive ao ex-comandante-geral da PM, de acordo com o relato – com a notícia da transformação do caso em três inquéritos e a afirmação de que o crime era de mando.

Durante a coletiva, Rodney apontou pela primeira vez a suposta ligação do coronel Walter Gomes Ferreira (hoje na reserva) e de uma “pessoa muito importante no Estado”, fazendo menção velada ao então governador, com base no depoimento de Julia Fontoura, que revelara a preocupação do juiz na intenção de Hartung em matá-lo. A justificativa para o suposto atentado estaria no fato de o magistrado deter fitas que comprovavam indícios de corrupção na gestão de Hartung à frente da prefeitura de Vitória (1993 a 1996).

A partir deste momento, o relato de Lugato caminha no sentido contrário a tese formulada por Rodney, naquele momento, próximo de deixar o governo após arbitrariedades cometidas na condução da pasta. O ex-comandante da PM cita passagens que não foram explicadas nas apurações, como a utilização de uma arma da corporação pelo juiz morto e a série de atos “insanos e questionáveis” por parte do então subsecretário da pasta, Fernando Franceschini (hoje deputado federal pelo estado do Paraná, filiado ao PSDB).

Sobre a arma que estava em poder de Alexandre, o comandante da PM afirma que o secretário havia solicitado dez pistolas calibre ponto 40 (idêntica à que estava em poder do juiz) e 500 munições, cerca de um mês antes do crime. Lugato afirmou que negou o pedido pela impossibilidade de tal cessão, fato que foi levado ao conhecido do então chefe da Casa Militar, coronel Luiz Sérgio Aurich (hoje na reserva) e do governador do Estado, após pedidos sucessivos de Rodney.

Uma semana antes do crime, após uma reunião, ex-secretário teria “dado um soco na mesa” exigindo o armamento. Lugato afirmou que solicitou um pedido formal da Secretaria de Segurança Pública (Sesp) para a liberação das armas. Expediente que chegou em suas mãos no mesmo dia, por meio de um capitão que atuava como emissário de Rodney. O portador chegou a perguntar se poderia levar as armas de imediato, pleito atendido após as cautelas de práxe.

No entanto, o ex-comandante-geral da PM declarou nunca mais ter conhecimento do destino das armas, apenas depois do crime, quando descobriu que uma das armas era a que estava em poder de Alexandre Martins no dia da sua morte. Tal pistola foi utilizada por Lumbrigão para dar o “tiro de misericórdia” – atingindo o braço do juiz, de acordo com o laudo cadavérico – e entregue ao ex-secretário durante a coletiva pelo então chefe do Departamento de Inteligência da PM, que preferiu não tecer qualquer comentário sobre a arma ao ser questionado pelos jornalistas presentes.

Além do episódio da arma, Lugato trouxe à tona os episódios envolvendo Franceschini, como o sequestro de um policial do Departamento de Inteligência da PM pela chamada “tropa de elite” do ex-governador (composta também pelo cabo Cláudio Hackbart Azambuja da Silva, que comandou a captura de Lumbrigão, quase um mês após o crime e onde surge o nome de Robinho, primo do ex-governador) e do tiroteio no bairro Vale Encantado, em Vila Velha, que acabou com a morte de Rudi do Carmo Vieira, crime atribuído à “Era de violência” durante a passagem do subsecretário.

Em entrevista concedida logo após a mudança na área de Segurança Pública, Rodney declarou que tinha dificuldades de entendimento com o ex-comandante. “Fizemos algumas tentativas, mas foi difícil”, disse em um dos trechos da reportagem publicada no dia 14 de outubro de 2003. Na ocasião, o subsecretário também admitiu o descontrole de Franceschini: “Ele chegou aqui se achando o super. Isso antes da tragédia com o juiz Alexandre. Depois daquela morte de forma estúpida, ele se descontrolou. A família ainda ficou pressionando temendo que ele fosse morto".

Coincidentemente, logo após a ocorrência destes eventos, Hartung exonerou Franceschini do cargo. O próprio governador também promoveu a saída dos coronéis Aurich, da Casa Militar, e o próprio Lugato, do comando da corporação. Após o governador fortalecer o secretário no cargo, a tese de mando também sofreu um revés com o desaparecimento do suposto envolvimento do governador.

Para isso, as investigações apontaram, em março de 2005 – isto é, quase dois anos após a morte –, para a suposta participação de membros do Judiciário, o que desencadeou no surgimento do nome do juiz aposentado Antônio Leopoldo Teixeira entre os mandantes do crime.

Rodney seguiu atuando como a figura do “supersecretário” de Segurança até o dia 13 de dezembro daquele ano, quando o escândalo do grampo ilegal à Rede Gazeta – durante as investigações da morte do juiz – lhe custou o cargo. Apesar de não ter logrado êxito na redução da criminalidade no Espírito Santo e na cidade de Caruaru, em Pernambuco, onde cumpriu “exílio”, após a polêmica do grampo, o ex-governador voltou a nomear Rodney no cargo em maio de 2007, surpreendendo o mercado político local.
Rodney permaneceu na pasta até maio de 2010, ainda assim sem conseguir reverter os números da violência, quando saiu para disputar uma vaga na Assembleia Legislativa com o apadrinhamento do então governador. Neste intervalo, Rodney foi um dos coautores do livro “Espírito Santo” onde dá vazão a tese de mando no crime do juiz, inclusive, sob contestação de militares citados de forma indireta (com nomes trocados) na obra classificado como de “ficção”, lançado em 2009. | Foto capa: Fábio Nunes / Divulgação Câmara Municipal de Guarapari (destaque) 

▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼
▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲
Hércules Silveira avisa que não sobe no palanque com Neucimar
 O deputado Hércules Silveira (PMDB) aguarda um posicionamento o mais rápido possível do seu partido em Vila Velha para definir seu papel na disputa deste ano. Embora tenha um capital competitivo para a disputa, o PMDB municipal quer uma aliança com o prefeito Neucimar Fraga (PR). Hércules defende a candidatura própria com uma aliança com o PT, do vereador João Batista Babá (PT). 
No lançamento da candidatura do petista, o vereador também apontou a indisponibilidade de subir no palanque de reeleição do prefeito. A candidatura de Hércules é a única alternativa para uma aliança segundo os petistas. Isso porque além dele, os outros nomes na disputa Max Filho (PSDB) e Rodney Miranda (DEM) estão, nacionalmente, em campos opostos ao do PT 


Segundo Hércules, sua candidatura continua colocada e ele espera que a ata do PT Estadual, que apoia sua candidatura em Vila Velha, valha para garantir seu nome na disputa. Enquanto aguarda o posicionamento do PMDB, o deputado continua conversando com lideranças, mas sabe que o tempo é escasso e espera que a decisão seja tomada logo.

“Há quem diga que o cavalo está passando arreado. O PT tem um montante de votos que giram em torno dos 10%. Seu eu tenho essa preferência hoje, tenho muito mais chance, com certeza”, afirma Hércules Silveira.

Hércules acredita que a partir da definição do PMDB, vai conseguir alinhavar um bom leque de alianças para sua candidatura. “Tenho conversado com alguns partidos, sim. Conversei com o PDT, com Amarildo Lovati. Não se pode excluir ninguém do debate, os votos são iguais. Tenho conversado com o presidente do PPS, deputado Luciano Rezende. Nessa sexta-feira estive com Arnaldo Borgo, do PMN. 

Na hora que o pessoal perceber que Neucimar não vai para o segundo turno (eu posso ir para o segundo turno, Max Filho pode ir para o segundo turno, mas Neucimar não vai para o segundo turno), todo mundo vai pular fora do barco”, disse. | Renata Oliveira | Foto capa: Gustavo Louzada 


▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼
▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲

Paralisia no debate de Vitória prejudica o PT e cidade, afirma Iriny


 Mesmo não tendo maioria no PT de Vitória, a deputada federal Iriny Lopes acredita no debate democrático dentro do partido. Em entrevista à Rádio CBN Vitória na manhã desta segunda-feira (21), a pré-candidata do partido quer uma definição rápida do PT sobre a eleição, para que possa dar uma resposta às conversas que vem alinhavando com possíveis aliados na disputa. 

Sobre a provocação de que o diretório de Vitória estaria esperando uma definição do ex-governador Paulo Hartung para se definir, a deputada afirmou que não acredita nessa manobra, e sim, que a demora está ligada ao fato de o partido estar em busca de um consenso interno antes do encontro. 

Ela criticou a paralisia das articulações na Capital, alegando que isso é prejudicial para o PT, para a prefeitura e para a população. Iriny não acredita que os demais municípios em que o PT disputa sejam prejudicados pela candidatura própria em Vitória. “Acho que nos outros municípios esse debate esteja mais avançado que em Vitória”, afirmou, lembrando que as candidaturas e as articulações para as proporcionais já estão colocadas. 

Sobre a posição do presidente do Nacional do partido, Rui Falcão, de que a definição será da municipal, Iriny afirmou que esse posicionamento é o esperado, porque respeita as deliberações nacionais. Ao contrário do grupo do prefeito João Coser, que levou à Nacional a proposta de recuo, Iriny afirmou que tem o apoio da maioria dos membros da Nacional e que não procurou o presidente Rui Falcão, porque além do apoio já explicitado pela Nacional, a parlamentar leva para sua candidatura a deliberação do partido pela defesa de candidatura em municípios em que o PT governa, cidades com mais de 200 mil eleitores e capitais. 

É com esse discurso que Iriny pretende convencer os delegados do partido na Capital. Definido o posicionamento do PT de Vitória, a deputada afirmou que não vai resistir, acatando a decisão do partido
  | Renata Oliveira | Foto capa: Gustavo Louzada  |

▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼
▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲
Luiz Paulo rechaça geopolítica e não recua com pedido de Hartung
 Enquanto aguarda o posicionamento do PT de Vitória sobre a candidatura da deputada federal Iriny Lopes, o ex-governador Paulo Hartung atua do outro lado. Ele tenta reunir os antigos aliados em um palanque para a disputa. Mas também, na oposição, não tem encontrado espaço. Em reunião com o ex-prefeito de Vitória, Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), Hartung teve negado o pedido de recuo do tucano. 

Depois de apresentar o plano de governo e mobilizar a militância do partido rumo às convenções do próximo mês, o ex-prefeito parece mais que decidido a disputar a eleição. Tanto que nos próximos dias vai deixar o cargo que ocupa no governo do Rio de Janeiro para se dedicar à campanha eleitoral. 

Apesar de ser aliado de Hartung, o ex-prefeito não aceita o discurso da geopolítica, o que ficou explicitado já em 2010. Procurado pelo então governador Paulo Hartung para recuar da candidatura em favor do nome palaciano, Luiz Paulo criticou o que chamou de política bonapartista e confirmou sua candidatura ao governo. 

Mesmo não assumindo uma postura oposicionista ao governo, já que o PSDB fazia parte da base, não deixou de disputar a eleição. Para manter o projeto, diante do impasse com o aliado PPS, que também busca viabilizar a candidatura a prefeito, com o deputado estadual Luciano Rezende, o PSDB estuda a possibilidade de lançar uma chapa puro sangue, indicando o deputado federal César Colnago como vice de Luiz Paulo. 

A posição de Luiz Paulo dificulta ainda mais o projeto de Hartung de formar um palanque de consenso em Vitória. O PSDB era simpático ao projeto, mas a entrada do PT, que na disputa nacional rivaliza com o ninho tucano, inviabilizou a união.

Expectativa no Judiciário 
Nesta segunda-feira (21), a 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça, julga a apelação cível interposta pelo Ministério Público Estadual (MPE) contra o ex-prefeito de Vitória, Luiz Paulo Velloso Lucas. O desembargador Maurílio Almeida de Abreu é o relator do processo, que trata de ação civil por atos de improbidade, julgada improcedente pelo juiz de primeira instância Cristóvão de Souza Pimenta, da Vara da Fazenda Pública Municipal de Vitória.

Se, o TJES considerar procedente o recurso, o ex-prefeito será enquadrado na lei Ficha Limpa, já que a condenação será de colegiado. O Ministério Público Estadual alega que a ação de improbidade trata de repasses de verba pública para a Santa Casa de Misericórdia de Vitória, Associação de Pais e Portadores de Fissuras Labiopalatais do Espírito Santo e Caixas Escolares, somando, segundo registros do Tribunal de Contas do Espírito Santo (TCEES), o montante de R$ 4.453.787,61. 

A defesa de Luiz Paulo alegou a ilegitimidade da responsabilidade pela transferência dos recursos, uma vez que existe a descentralização de competências na estrutura administrativa do município. O MPE, entretanto, defende que os repasses de verba foram realizados através da Lei municipal 5.804/02, e não existe lei específica para a transferência, portanto, fica ausente a autorização legal para justificar o valor e nem constou na lei orçamentária do município.

PPS se mantém 

Na próxima segunda-feira (29) o deputado estadual Luciano Rezende (PPS) vai fortalecer sua disposição para a disputa em Vitória com a vinda a Vitória do presidente nacional do partido, deputado federal Roberto Freite (SP), para um encontro com a militância. 

O evento, que será na Câmara de Vitória, é mais uma demonstração da dificuldade do ex-governador em reunir os antigos aliados em seu palanque. Hartung também já teria procurado Rezende para discutir o recuo. Mesmo não se negando a conversas com as lideranças, o deputado estadual vem apostando no retrospecto com o eleitorado para viabilizar sua candidatura. 

Aliado a esse movimento está a defesa do presidente do partido da candidatura própria em Vitória. Recentemente, Freire criticou a geopolítica, recorrendo a Nelson Rodrigues ao afirmar que “toda unanimidade é burra”. Renata Oliveira | Foto capa: Arquivo SD |


▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼
▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲
Posicionamento de Casagrande em favor de Hartung prejudica aliados
 O posicionamento do governador Renato Casagrande (PSB) em favor da candidatura de seu antecessor, Paulo Hartung (PMDB) à prefeitura de Vitória causou burburinho nos meios políticos. O socialista, que havia garantido não interferir no processo deste ano para não criar incompatibilidades na base aliada que conta com 16 partidos, acaba desestabilizando com esse posicionamento as conversas não só em Vitória, mas em todo o Estado. 

A brecha aberta com o posicionamento em favor de Hartung pode gerar uma ação em cadeia entre os aliados, que vai influir em todo o processo. O PSB de Casagrande é o partido que mais se prejudica com essa ingerência do governador, afinal é um partido pequeno, que precisa crescer em 2012 até para garantir o palanque de reeleição do socialista. 

Um exemplo disso é Colatina, onde o candidato do partido dele, o deputado federal Paulo Foletto é favorito na eleição contra o atual prefeito Leonardo Deptulski (PT). Com a brecha aberta em Vitória, o PT pode cobrar com mais intensidade do que já vem cobrando do governador, uma adesão no município à geopolítica. 

Em Vitória, além de esse procedimento tirar do páreo o vereador Serjão Magalhães, do PSB, outros partidos da base como o PDT e PR, que já colocaram pré-candidaturas a prefeito, também ficam de fora do acordo entre Hartung e Casagrande. 

Mas não é apenas no sentido eleitoral que o governador se compromete ao entrar em campo para salvar a candidatura de Hartung. Envolto em denúncias de irregularidade na concessão de benesses a grandes empreendimentos durante seu governo, Hartung pode sofrer um desgaste em sua imagem se as apurações confirmarem as irregularidades. 

Casagrande já havia movimentado o mercado político nesse sentido ao tentar evitar no Ministério da Justiça a vida de uma força-tarefa para investigar as denúncias que envolvem o governo Paulo Hartung, a partir das fraudes em licitação apuradas no município de Presidente Kennedy. 

Além de passar por cima de um dos elos do arranjo institucional, o Judiciário – já que o pedido da vinda da força-tarefa partiu do presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Pedro Valls Feu Rosa – o governador corre o risco de sair com a imagem desgastada se as manobras para evitar a investigação não vingarem.
 | Renata Oliveira | Foto capa: Gustavo Louzada 



▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼▼
▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲▲

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua visita foi muito importante. Faça um comentário que terei prazaer em responde-lo!

Abração

Dag Vulpi

Sobre o Blog

Este é um blog de ideias e notícias. Mas também de literatura, música, humor, boas histórias, bons personagens, boa comida e alguma memória. Este e um canal democrático e apartidário. Não se fundamenta em viés políticos, sejam direcionados para a Esquerda, Centro ou Direita.

Os conteúdos dos textos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores, e nem sempre traduzem com fidelidade a forma como o autor do blog interpreta aquele tema.

Dag Vulpi

Seguir No Facebook