quarta-feira, 18 de outubro de 2017

De volta ao Senado, Aécio ainda enfrentará desgaste político e jurídico

Nessa terça-feira (17), plenário derrubou determinação do STF que afastava tucano do cargo e ordenava seu recolhimento domiciliar noturno.

Confira também:

Minutos depois de o plenário do Senado derrubar decisão da Justiça que afastava Aécio Neves (PSDB-MG) do mandato, o nome do tucano voltou à lista de "parlamentares em exercício" no site da Casa.

Aécio foi afastado do Senado por duas vezes este ano, uma delas em maio e outra em setembro.

Em ambas as situações a acusação é a mesma: corrupção passiva e obstrução da Justiça. Ele foi gravado em março pelo delator e empresário Joesley Batista, dono da JBS, a quem pediu R$ 2 milhões.

A primeira determinação foi revertida pelo próprio STF (Supremo Tribunal Federal). Já a segunda se deu por uma decisão política pela maioria dos senadores.

Recuperado o mandato, Aécio agora tem de enfrentar situações adversas tanto na política quanto na Justiça.

Ainda está pendente de análise do STF a denúncia apresentada em maio pelo MPF (Ministério Público Federal). O caso não tem data para ser pautado e será julgado pela primeira turma da corte após uma série de depoimentos e provas serem coletados.

No campo político, Aécio deverá enfrentar nova representação contra ele no Conselho de Ética do Senado por quebra de decoro. O processo pode, inclusive, resultar na cassação de seu mandato.

O senador já teve um pedido de cassação arquivado pelo colegiado no primeiro semestre deste ano. Diante do novo afastamento, ele é alvo de outro pedido apresentado pelo PT. O caso ainda está pendente de análise do Conselho.

Aécio está licenciado da presidência do PSDB desde seu primeiro afastamento, em maio. Tucanos devem fazer nova pressão para que ele deixe o cargo em definitivo agora. Uma ala do partido avalia que as acusações contra o senador têm prejudicado a imagem da sigla, na véspera de eleições.

Ainda de olho em 2018, o tucano deverá decidir se concorre novamente a uma vaga no Senado ou se decide concorrer a uma cadeira na Câmara. Alguns aliados avaliam que as acusações que pesam contra Aécio não tem chances de se eleger senador e que deve concorrer ao cargo de deputado para garantir foro privilegiado após 2018. 

Com informações da Folhapress.

Tasso diz que Aécio 'não tem condições' de presidir PSDB


Novo revés da Justiça, contudo, reacendeu do debate sobre o comando da sigla.

O senador Tasso Jereissati (CE), defendeu nesta quarta-feira (18) a renúncia definitiva de Aécio Neves à presidência do partido. Ao chegar ao Congresso, ele disse que o mineiro "não tem condições" de permanecer no posto.

Questionado se era caso de renúncia de Aécio, Tasso respondeu de forma afirmativa. "Eu acho que sim porque agora ele não tem condições, dentro das circunstâncias em que está, de ficar como presidente do partido. Nós precisamos ter uma solução definitiva e não provisória".

Tasso, que ocupa interinamente a presidência do PSDB desde maio, quando Aécio se licenciou do cargo, já defendeu outras vezes a renúncia do senador mineiro. Mas o assunto foi adiado até dezembro, para quando está prevista convenção nacional.

O novo revés da Justiça, contudo, reacendeu o debate sobre o comando da sigla.

A fala do presidente interino do PSDB ocorre um dia depois de o Senado ter derrubado as medidas cautelares impostas a Aécio pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

O tucano ficou afastado por quase um mês do mandato e estava impedido de deixar sua residência à noite. Com a sessão de terça (17) do plenário do Senado, as cautelares estão suspensas.

A expectativa é que Aécio reassuma o mandato já na tarde desta quarta.

Tasso disse ainda que não conversou com Aécio, mas que isso deve acontecer ainda hoje.

À reportagem, alguns tucanos disseram que esperam um gesto voluntário de Aécio, de abrir mão do cargo. Eles avaliam que o partido já se expôs muito na terça, ao votar em peso pela liberação de Aécio. E que, portanto, é hora de ele retribuir o "sacrifício" à bancada.

Os dez senadores do PSDB votaram nesse sentido, numa sessão com voto aberto. Apenas Ricardo Ferraço (ES) e o próprio senador mineiro não votaram.

Tasso disse ainda que a decisão tomada na terça pelo plenário do Senado foi "mal interpretada".

"A decisão da maioria foi mal interpretada. Ao meu entender, [a decisão] é de dar ao senador Aécio Neves o que ele não teve até agora, que é o direito de defesa", disse.
Ele disse ainda que Aécio terá de responder a um processo no Conselho de Ética do Senado e às investigações no STF.

Com informações da Folhapress.

'Quem quiser disputar comigo, que venha para as ruas', diz Lula


Nesta quarta-feira (18), ex-presidente afirmou que não está focado nas próximas eleições, e sim em estabelecer um diálogo com a sociedade brasileira.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou sobre a próxima caravana que fará, desta vez percorrendo 12 cidades deMinas Gerais, com início no dia 23 de outubro. A viagem tem como objetivo, de acordo com o petista, analisar o Brasil que cresceu nas conquistas sociais, mas que hoje passa por um período de forte retrocesso.

“Aumentou o número de crianças pedindo esmola, dormindo nas calçadas. Porque essa gente não sabe cuidar do povo. Eu quero voltar a fazer esse povo andar de cabeça erguida”, disse ele, em entrevista à rádio Super Notícia, de Belo Horizonte, na manhã desta quarta-feira (18).

Questionado sobre seus potenciais adversários em uma eventual disputa em 2018, Lula acrescentou que não está focado no tema e sim em estabelecer um diálogo com a sociedade brasileira.

 “Não quero saber quem são meus adversários. Quem quiser disputar comigo, que venha para as ruas. A gente não escolhe adversário. Que vença o melhor”, ponderou.
O ex-presidente adiantou que ainda pretende passar pelas regiões Sul e Norte do país com o projeto Lula pelo Brasil.

MPF denuncia Nuzman e Sérgio Cabral por esquema na Rio 2016


Também foram denunciados o empresário Arthur Soares, conhecido como "Rei Arthur" e os membros africanos do COI (Comitê Olímpico Internacional), Papa Massata Diack e Lamine Diack.

O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro (MPF) denunciou nesta quarta-feira (18) o ex-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman, o seu braço direito, Leonardo Gryner, e o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB) pelo esquema que revelou a compra de votos para a escolha do Rio como sede olímpica de 2016.

Também foram denunciados o empresário Arthur Soares, conhecido como "Rei Arthur" e os membros africanos do COI (Comitê Olímpico Internacional), Papa Massata Diack e Lamine Diack. A denúncia foi encaminhada ao juiz da 7º Vara Federal Criminal, Marcelo Bretas, responsável também pelos processos relacionados à Lava Jato no Rio.

Investigações da Operação Unfair Play do MPF apontaram que Sérgio Cabral pagou propina para a delegação africana, por meio do empresário Arthur Soares, para a escolha do Rio. Carlos Nuzman e Leonardo Gryner teriam sido os agentes responsáveis por unir pontas interessadas, fazer os contatos e "azeitar as relações para organizar o mecanismo do repasse de propinas", segundo o MPF.

O MPF também informou que, nos últimos dez dos 22 anos de presidência do COB, Nuzman ampliou seu patrimônio em 457%, não havendo indicação clara de seus rendimentos, além de manter parte de seu patrimônio oculto na Suíça. Por exemplo, ele só veio a declarar a existência de 16 barras de ouro, de 1 kg cada uma, que mantinha no exterior, à Receita Federal, por meio de retificação do Imposto de Renda, na data de 20 de setembro deste ano, ou seja, após a deflagração da Operação Unfair Play. Nuzman está preso preventivamente, desde o dia 5, em Benfica, zona norte do Rio. 

Com informações do Estadão Conteúdo.

Tiroteio em massa em estacionamento nos EUA deixa feridos


"Podemos confirmar, estamos na cena de um tiroteio no Emmorton Business Park. As informações são de muitos feridos", relatou delegado.

Um tiroteio em massa em um estacionamento no estado de Maryland deixou várias pessoas feridas, informou o escritório do xerife do condado de Harford em uma publicação no Twitter nesta quarta-feira.

"Podemos confirmar, estamos na cena de um tiroteio no Emmorton Business Park. As informações são de muitos feridos", relatou o escritório do delegado no Twitter.

Os alunos das escolas na vizinhança foram instruídos a permanecerem abrigados. 


Com informações da Sputnik News Brasil. 

Dos 44 votos a favor de Aécio, 19 são alvo da Lava Jato


Dos 26 que votaram contra o tucano, seis também são alvo da Lava Jato.

Dos 44 senadores que votaram ontem para derrubar as medidas cautelares impostas ao tucano Aécio Neves (MG), ao menos 19 (43,2%) são alvo da Operação Lava Jato. A maior parte deles (10) é do PMDB, partido que mais deu votos a favor do senador mineiro - foram 18 no total.

Apenas dois senadores do PMDB votaram por manter a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que afastou e determinou o recolhimento noturno de Aécio. Foram contrários ao tucano Kátia Abreu (PMDB-TO), também alvo da Lava Jato, e Roberto Requião (PMDB-PR).

Também partiu dos investigados as defesas mais enfáticas para que o Senado barrasse as restrições impostas a Aécio. O líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), por exemplo, foi um dos cinco a discursar em defesa do tucano. Mesmo em recuperação de uma cirurgia, ele descumpriu recomendação médica para participar da sessão e ajudar a "salvar" o colega. "Quis Deus que eu tivesse a saúde para que, depois de operado, estivesse aqui hoje também para falar desta tribuna como último orador", disse o senador no discurso.

Também fazem parte da lista nomes como Renan Calheiros (PMDB-AL), Jader Barbalho (PMDB-MA) e Valdir Raupp (PMDB-RR). No PSDB, que deu 10 dos 11 votos possíveis a favor do correligionário, três senadores são alvo da Lava Jato: Antonio Anastasia (MG), Cássio Cunha Lima (PB) e José Serra (SP). Apenas Ricardo Ferraço (ES), também investigado, não compareceu à votação.

Dos 26 que votaram contra o tucano, seis são alvo da Lava Jato. Entre eles o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), líder da bancada. O partido chegou a divulgar uma nota, logo após o afastamento de Aécio, na qual defendeu o enfrentamento com o Supremo, mas recuou após repercussão negativa.

Veja quem votou para livrar Aécio das medidas cautelares do STF:

Airton Sandoval (PMDB-SP)
Antonio Anastasia (PSDB-MG)
Ataídes Oliveira (PSDB-TO)
Benedito de Lira (PP-AL)
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)
Cidinho Santos (PR-MT)
Ciro Nogueira (PP-PI)
Dalírio Beber (PSDB-SC)
Dário Berger (PMDB-SC)
Davi Alcolumbre (DEM-AP)
Edison Lobão (PMDB-MA)
Eduardo Amorim (PSDB-SE)
Eduardo Braga (PMDB-AM)
Eduardo Lopes (PRB-RJ)
Elmano Férrer (PMDB-PI)
Fernando Coelho (PMDB-PE)
Fernando Collor (PTC-AL)
Flexa Ribeiro (PSDB-PA)
Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN)
Hélio José (PROS-DF)
Ivo Cassol (PMDB-RO)
Jader Barbalho (PMDB-PA)
João Alberto Souza (PMDB-MA)
José Agripino Maia (DEM-RN)
José Maranhão (PMDB-PB)
José Serra (PSDB-SP)
Maria do Carmo Alves (DEM-SE)
Marta Suplicy (PMDB-SP)
Omar Aziz (PSD-AM)
Paulo Bauer (PSDB-SC)
Pedro Chaves (PSC-MS)
Raimundo Lira (PMDB-PB)
Renan Calheiros (PMDB-AL)
Roberto Rocha (PSDB-MA)
Romero Jucá (PMDB-RR)
Simone Tebet (PMDB-MS)
Tasso Jereissati (PSDB-CE)
Telmário Mota (PTB-RR)
Valdir Raupp (PMDB-RO)
Vicentinho Alves (PR-TO)
Waldemir Moka (PMDB-MS)
Wellington Fagundes (PR-MT)
Wilder Morais (PP-GO)
Zezé Perrella (PMDB-MG)

E quem votou para manter o afastamento de Aécio do Senado:

Acir Gurgacz (PDT-RO)
Alvaro Dias (Pode-PR)
Ana Amélia (PP-RS)
Ângela Portela (PDT-RR)
Antônio Carlos Valadares (PSB-SE)
Fátima Bezerra (PT-RN
Humberto Costa (PT-PE)
João Capiberibe (PSB-AP)
José Medeiros (Pode-MT)
José Pimentel (PT-CE)
Kátia Abreu (PMDB-TO)
Lasier Martins (PSD-RS)
Lídice da Mata (PSB-BA)
Lindbergh Farias (PT-RJ)
Lúcia Vânia (PSB-GO)
Magno Malta (PR-ES)
Otto Alencar (PSD-BA)
Paulo Paim (PT-RS)
Paulo Rocha (PT-PA)
Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
Regina Sousa (PT-PI)
Reguffe (Sem partido-DF)
Roberto Requião (PMDB-PR)
Romário (Pode-RJ)
Ronaldo Caiado (DEM-GO)
Walter Pinheiro (Sem partido-BA)


Com informações do Estadão Conteúdo.

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