A União
Europeia (UE) manifestou, nessa quinta-feira (26), preocupação com o aumento de
casos de violência relacionados com as eleições na Venezuela, depois do
assassinato de um dirigente da oposição durante comício.
“O assassinato
de quarta-feira (25) de Luis Manuel Díaz, o secretário regional do partido Ação
Democrática, mostra a deterioração de uma situação já tensa no período que
antecede as eleições legislativas de 6 de dezembro”, diz a UE em comunicado.
“O assassinato soma-se à tendência de um crescente número de ataques violentos relacionados com a campanha eleitoral”, destacou o bloco europeu, pedindo uma investigação rápida para que os responsáveis sejam levados à Justiça.
“A UE apela às
autoridades venezuelanas para que garantam que a campanha eleitoral decorra em
um ambiente pacífico e ordeiro”, afirma o texto.
Luis Manuel
Díaz foi morto a tiros na noite de quarta-feira (25) durante comício organizado
pela coligação da oposição Mesa de Unidade Democrática, em Altagracia de
Orituco (160 quilômetros a sudeste de Caracas).
As primeiras
versões, não oficiais, informam que ele estava em cima de um palco e foi
atingido por um tiro disparado a partir de uma viatura em movimento. No
entanto, outras fontes indicaram que uma pessoa disparou contra um
transformador elétrico e que depois disso o político caiu no chão.
A oposição
responsabilizou o governo venezuelano pelos ataques, enquanto porta-vozes do
Partido Socialista Unido da Venezuela, no poder, prometem levar os responsáveis
à Justiça e acusam a oposição de procurar gerar situações de violência para
perturbar as eleições.
Cerca de 19,5
milhões de venezuelanos estão aptos a votar nas eleições de 6 de dezembro, em
que serão renovados os 167 lugares que compõem o Parlamento, incluindo três
representantes indígenas.
Segundo as
sondagens, a oposição prepara-se para ganhar o controle da Assembleia Nacional
(Parlamento) pela primeira vez em 16 anos, desde que o presidente Hugo Chavéz
chegou ao poder, em 1999.