
A União de
Nações Sul-Americanas (Unasul) condenou o assassinato de um dos líderes da
oposição na Venezuela Luis Manoel Díaz, atingido por tiros quando participava
de um comício. Em nota, a organização afirma rechaçar todo tipo de violência
que possa afetar a normalidade do processo eleitoral venezuelano.
A entidade
pediu que as autoridades investiguem o caso para evitar a impunidade e aos
setores políticos que contribuam com um clima de paz e harmonia durante a
campanha eleitoral.
A morte de
Luis Manoel Díaz aumenta a tensão política a 11 dias da eleição de 6 de
dezembro. Díaz era secretário-geral do partido Ação Democrática e dirigente da
coalizão Unidade Democrática, que faz oposição ao Partido Socialista Unido da
Venezuela, de Nicolás Maduro.
A coalização
Unidade Democrática publicou um comunicado exigindo uma “investigação imediata,
profunda e independente”, além de pedir que os culpados pela morte de Luis
Manoel sejam responsabilizados. A nota diz que o “Estado Venezuelano é
responsável, por ação e omissão, por qualquer ato de violência na Venezuela”.
Além disso, o
grupo solicitou a diversos organismos internacionais, como a Organização das
Nações Unidas, a Organização dos Estados Americanos e a União Europeia, que
exijam do governo de Maduro uma manifestação pública de repúdio ao uso da violência
como arma política. Quer ainda que o governo garanta ao povo o direito de votar
em paz e que se comprometa a aceitar pacificamente a decisão das urnas.
A ativista de
Direitos Humanos Lilian Tintori, que estava no comício, no momento do
assassinato de Díaz, afirmou em seu twitter que denunciará o terror, a
perseguição e a violência que sofreu durante atentados na cidade de Altagracia
de Orituco, e manifestou condolências à família de Luis Manoel Díaz.
Lilian Tintori
é mulher de Leopoldo López, líder opositor preso em 2014, acusado da prática de
crimes de incitação pública, danos a propriedade, incêndio criminoso e formação
de quadrilha. Ele foi condenado a 14 anos de prisão.
No site do
partido de Maduro não há manifestação sobre o assassinato do líder da
oposição. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil manifestou, no
twitter, que o “Brasil participa de todos os esforços para a promoção do
diálogo na Venezuela, para que eleições ocorram em atmosfera de paz e
transparência”.
A Unasul
(Unasur, em espanhol), é um organismo internacional, formado por Argentina,
Bolívia, Brasil, Colômbia, Chile, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname,
Uruguai e Venezuela. O objetivo do bloco é abrir espaço de integração cultural,
econômica, social e política, além de eliminar desigualdades, ampliar a
inclusão social e fortalecer a democracia.
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