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segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Socialismo Utópico




Socialismo Utópico  é a primeira corrente do moderno pensamento filosófico socialista, surgida no primeiro quarto do século XIX e que desenvolvia conceitos e ideias definidas como utópicas para os pensadores socialistas que surgiriam posteriormente. Estes primeiros pensadores do moderno socialismo não reconheciam autoridade externa, além de subordinar a religião, a ciência, sociedade e instituições políticas a uma drástica e permanente crítica. Tudo o que era produzido pela humanidade deve justificar sua existência, ou seja, demonstrar sua utilidade ou então ser combatida até que deixasse de existir. A razão era a medida de todas as coisas. À toda forma de tradição, sociedade, governo, costume ou similar existente, toda velha noção tradicional deveria ser considerada irracional e combatida.

O cenário de nascimento do socialismo utópico, a França do início do século XIX, abundavam as crises provocadas pelo avanço do sistema liberal, que produzia miséria em série, proporcionando precárias condições de vida aos cidadãos que então chegavam recentemente do meio rural. A jornada de trabalho absurda e o uso de mão de obra infantil completavam o cenário de horror que a Revolução Industrial criou inadvertidamente.

Nesse ambiente onde as promessas da Revolução Francesa  acabaram de certo modo por não se concretizar, onde a única liberdade existente era a de mercado, com o capitalista tendo passe livre para realizar a exploração do trabalhador comum. De tal decepção e frente à uma realidade desesperadora, surgem os questionamentos por parte dos intelectuais. De uma dessas correntes de questionamentos temos a origem do socialismo utópico. O termo "utopia" é um resgate literário do título do livro de Thomas Morus, de 1516, e tal expressão passa assim a designar toda filosofia defensora da igualdade social, onde era pregado um modelo idealizado, mas a "receita" para se atingir tal caminho não era discutida.

Autores como Marx  mais tarde iriam distanciar-se de certo modo de tais fórmulas, rotulando-a de burguesas, assim como fariam outros pensadores de esquerda contemporâneos a ele, pois os pensadores do socialismo utópico tinham como expectatva a "iluminação" ou súbita consciência dos indivíduos das classes dominantes de, um determinado dia, esclarecidos da desigualdade e falibilidade do sistema em voga, fariam então as reformas que dariam igualdade social a todos os cidadãos. Marx e os socialistas modernos obviamente não viam desse modo a composição e funcionamento da sociedade em geral, e muito menos esperavam pela benesse das classes dominantes em um dia distribuir igualdades às suas respectivas populações.

Bibliografia:
http://www.marxists.org/archive/marx/works/1880/soc-utop/ch01.htm
http://tdvproducoes.com/site/?p=4

Socialismo Marxista




O Socialismo Marxista é uma ideologia baseada nos preceitos propostos por Karl Marx.

O Socialismo  é uma corrente ideológica oriunda no século XIX. O pensamento é fruto de um momento no qual o Liberalismo era a ideologia predominante na sociedade ocidental, marcando intensamente as conquistas capitalistas da Revolução Industrial. Este contexto solidificou o poder da burguesia na sociedade contemporânea, caracterizando uma fase da história da humanidade na qual a produção industrial ganhou grande incremento e junto com ela veio uma forte exploração do trabalho em favor do lucro. A crítica à ideologia liberal ganhou força com o advento das ideias socialistas. No entanto, os primeiros formuladores do pensamento socialista acreditavam que a burguesia reconheceria a exploração imposta aos operários e, a partir daí, se daria uma mudança no sistema vigente. Sendo que a burguesia compartilharia sua riqueza e seu poder e a sociedade alcançaria um modo de vida comunista. Esse tipo de formulação é uma utopia, ou seja, muito improvável, para não dizer impossível, que a classe burguesa abra mão de suas posses em prol de uma sociedade comunista. Com base nisso, a ideologia ficou conhecida como Socialismo Utópico. Em contrapartida à essa primeira corrente ideológica do Socialismo, o alemão Karl Marx  apresentou reflexões mais plausíveis para a sociedade alcançar o modo de vida de uma sociedade comunista. Apresentando métodos e condições mais adequadas, os pensamentos que apresentou se tornaram uma corrente ideológica muito influente, sobretudo, no século XX.

O Socialismo Marxista é uma ideologia que também almeja alcançar o comunismo, só que por caminhos diversos e mais plausíveis do que o Socialismo Utópico. Na formulação de Karl Marx, a sociedade precisa passar por etapas até obter as condições necessárias para o comunismo. Assim, a sociedade capitalista precisaria se desenvolver a tal ponto que pudesse permitir ao proletariado o controle dos meios de produção em uma sociedade socialista e, só depois de cumpridas as duas primeiras etapas, haveria condições necessárias para o comunismo. O pensamento de Karl Marx foi desenvolvido baseando-se nos estudos das obras de intelectuais franceses e do alemão Hegel, e, na verdade, recebeu também grande auxílio de outro alemão, Friedrich Engels.

O Socialismo Marxista, também chamado simplesmente de Marxismo, no entanto, vai muito além. É um conjunto de ideias filosóficas, econômicas, políticas e sociais que conquistará vários seguidores. O Marxismo compreende o homem como um ser social e histórico e se baseia em concepções materialista e dialética da História. A vida social é interpretada segundo o modo de produção e a luta de classe que ela desencadeia. São conceitos muito importantes para compreensão do chamado Socialismo Marxista que, em contrapartida ao Socialismo Utópico, pode também ser chamado de Socialismo Científico.

A sociedade, segundo o Socialismo Marxista, é descrita da seguinte forma. A história humana é observada ressaltando os aspectos materiais, ou seja, dando importância fundamental para as relações econômicas que a permeiam. Para Marx, essa base econômica seria a determinante dos aspectos políticos, culturais e também religiosos. Dado esse significativo valor atribuído às questões econômicas, a sociedade é marcada por uma dialética que opõe dois grupos, a burguesia e o proletariado. Entendendo que o primeiro refere-se aos detentores do meio de produção e o segundo, sem tais posses, vendem seu trabalho, fazendo a engrenagem do sistema capitalista funcionar. No entanto, a burguesia explora o máximo possível da mão-de-obra para obter seus lucros, é a chamada mais-valia. O trabalhador gera produtos de alto valor agregado, porém o salário é reduzido e muitas vezes ainda é consumidor do que produz. É dessa situação de exploração capitalista promovida pela burguesia sobre o proletariado que nasce a chamada luta de classes, segundo Karl Marx. Para o Socialismo Marxista, a tensão existente na mais-valia promoveria uma união da classe proletária que, em busca de uma sociedade mais igualitária, tomaria posse dos meios de produção e os passaria ao controle do Estado, encarregado de representar a coletividade. Seria o contexto de uma Revolução Socialista. Com o tempo, o próprio Estado não seria mais necessário, levando-se em consideração que não haveria mais dominação de uma classe sobre outra, resultando no que é, para Karl Marx, a etapa mais desenvolvida das relações humanas, uma sociedade comunista.

Essas proposições do Socialismo Marxista influenciaram diversas atividades humanas no século XX, influenciando diversos movimentos. Dentre eles estão a Revolução Russa, a Revolução Cubana e a Revolução Chinesa. No entanto, os países que adotaram posturas ditas socialistas desvirtuaram significativamente os preceitos de Karl Marx. Ainda assim, o Marxismo foi muito influente nas Ciências Humanas ao longo da segunda metade do século XX. Embora não tão admirada quanto já fora, a ideologia Marxista permanece influente.

Fontes:
MARX, Karl. O Capital. São Paulo: Edipro, 2010.
MARX, Karl. O Manifesto Comunista. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1998.

Socialismo Libertário




Socialismo Libertário é uma vertente filosófica do socialismo.

Desde a formulação das duas vertentes iniciais do socialismo, a utópica e a científica, no século XIX, muitas outras reformulações foram feitas, adaptando-se aos novos tempos. Das duas formas fundamentais, a que ganhou maior repercussão para a história da humanidade foi aquela apresentada por Karl Marx. Seus argumentos sobre o socialismo científico foram tão impactantes que influenciaram muitos acontecimentos do século XX no mundo todo, com destaque para a Revolução Russa e para a Guerra Fria. No entanto, novas ideias foram adicionadas ou conceitos foram revistos resultando em novas vertentes socialistas. Em outros casos, as ideias socialistas foram associadas a outras ideologias.

O Socialismo Libertário é uma dessas reformulações do socialismo original. Ele pode ser chamado também de Anarquismo Social ou mesmo de Libertarismo de Esquerda. De todo modo, representa uma ideologia contrária à existência de hierarquias sociais. Seus seguidores defendem a igualdade e a liberdade social abolindo as instituições que julgam autoritárias e que controlam os meios de produção.

Entender o termo Socialismo Libertário ou os termos que também são utilizados para identificá-lo é muito importante para entender suas pretensões. Antes de tudo, é preciso que não se confunda libertário com liberal, que são dois conceitos diversos. De forma simplificada, liberalismo é uma corrente de pensamento econômico, enquanto libertarismo é a defesa da expansão das liberdades individuais, em amplos sentidos. O Socialismo Libertário é também chamado de Anarquismo Social e, como tal, preza pelo desmantelamento das autoridades legítimas em todos os aspectos. Como típica ideia anarquista, há uma crítica contra qualquer forma institucionalizada de poder.

Os militantes do Socialismo Libertário acreditam na democracia direta e sem centralização. A maior parte de seus argumentos, na verdade, é muito mais atrelada ao que se entende como anarquismo do que socialismo. No entanto, os próprios anarquistas escolheram utilizar preferencialmente o termo Socialismo Libertário acreditando ser este mais explícito para a ideologia que queriam propagar. Porém, como é possível notar, sua filosofia política está repleta de anarquismo e envolve princípios de movimentos como anarcocomunismo, anarquismo coletivista, anarcosindicalismo, mutualismo e ecologia social. Também estão presentes os princípios do autonomismo e do comunismo de conselho.



sábado, 1 de março de 2014

A etapa final do socialismo: a desintegração da Venezuela

Por 
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"O socialismo dura até acabar o dinheiro dos outros", disse Margaret Thatcher.  Na Venezuela, além do dinheiro, acabou também a paciência da população. 

Cansada da escassez de produtos — falta de tudo: desde papel higiênico e jornais a produtos básicos de alimentação —, da inflação de preços galopante, da corrupção e da violência endêmica (a maior da América do Sul),dezenas de milhares de pessoas estão nas ruas protestando desde quarta-feira da semana passada.

O governo reprime as manifestações com violência.  Três pessoas foram assassinadas pelo governo e mais de 60 estão feridas.  A polícia está invadindo casas a esmo à procura do líder da oposição, que está foragido porque está jurado.

Há vários vídeos no YouTube descrevendo a situação e mostrando imagens do protesto.  Este, em espanhol e em inglês, resume o que está acontecendo na Venezuela.  Este mostra imagens dos confrontos e contém cenas fortes.  Aqui um manifestante é espancado pelas forças do governo.  E este mostra o exato momento em que um manifestante é assassinado.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Sobre as reformas “neoliberais” na América Latina e por que elas fracassaram



Imagine que um grupo de vizinhos em seu bairro — que foram eleitos ou que se auto-elegeram governantes — decidem que ninguém, exceto eles, pode fornecer serviços de segurança e de resolução de contendas judiciais. 

E não apenas isso: além de estipularem e imporem taxas para custear gastos com iluminação, ruas e manutenção de todas as instalações e infraestruturas com as quais já nos acostumamos, suponha também que comecem a cobrar uma porcentagem do salário dos solteiros para pagar pela educação de quem tem filhos, uma porcentagem dos salários dos que têm um estilo de vida saudável para custear a saúde de quem quiser tais serviços gratuitamente, uma porcentagem do salário de todos para criar programas de fomento à cultura e para conceder empréstimos subsidiados a determinadas empresas, a criar empregos na administração do bairro para seus militantes — novamente, à custa de todos os vizinhos —, e a controlar toda uma série de elementos da própria vida das famílias.

Não é necessária muita imaginação para se criar novas justificativas para que o estado continue tomando dinheiro das pessoas com o intuito de financiar novos programas.  E foi exatamente nisso que o estado se transformou para os latino-americanos ao longo das últimas gerações.  Na maioria dos países do continente, já no final da década de 1970, o estado era eletricista, encanador, engenheiro, médico, professor, conselheiro matrimonial e familiar, e, acima de tudo, uma casa de beneficência.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Cuba acelera ajustes para combinar socialismo e mercado


MUDANÇAS NA ILHA
 
Reformas lideradas por Raúl Castro buscam abrir novo ciclo de desenvolvimento

No mundo das estatísticas, Cuba até que vinha fazendo a lição de casa desde as mudanças adotadas em seguida ao colapso da União Soviética. Após perder 34% de seu PIB (Produto Interno Bruto) entre 1990 e 1993, o país tinha alcançado um crescimento médio de 4,5% entre 1994 e 1999. Pulou para 5,6% em 2000, retornou a 3% no ano seguinte e zerou em 2002. Voltou ao patamar de 3% entre 2003 e 2004. Acelerou para 8% em 2005, bateu o recorde com 9,5% em 2006, cresceu a 6,5% em 2007, escorregou para 4,3% um ano depois. Tragada pela crise mundial e três sucessivos furacões, Cuba capengou em uma média de 1,5% entre 2009 e 2010. Todos esses dados são do insuspeito CIA World Factbook.

Esses números áridos, sem rosto ou cor, fazem parte do diagnóstico que levou o presidente Raúl Castro a deslanchar, a partir de 2011, um dos mais ambiciosos programas de reformas desde a vitória da revolução cubana. No VI Congresso do Partido Comunista, em abril do ano passado, foi sacramentado o nome de atualização do modelo socialista às políticas de mudança então decididas. Apesar do conceito cauteloso, as medidas têm grandes objetivos. E indica um novo olhar sobre a história da economia cubana. 

Agência Brasil
Alarcón: "precisamos entender qual o socialismo possível, capaz de trazer desenvolvimento e prosperidade"

“O socialismo não é a propriedade pública de todos os meios de produção”, afirma Ricardo Alarcón, presidente da Assembleia Nacional do Poder Popular (parlamento cubano) e alto dirigente do Partido Comunista. “A luta política e nosso próprio voluntarismo conduziram a exageros no passado, que precisam ser retificados. Não podemos mais compreender o empreendedorismo privado, sob controle do Estado, apenas como uma concessão temporária. Essa atividade deve ter seu lugar em nosso modelo socialista.”

Alarcón se refere a um momento específico, quando o governo de Fidel Castro desatou, nos idos de 1968, a chamada “ofensiva revolucionária”. Por influência da experiência soviética e pelo apoio que parte dos pequenos empresários dava aos núcleos saudosos do antigo regime, praticamente toda a propriedade passou às mãos do Estado. Barbearias, cabeleireiros, restaurantes, bares, mercearias, oficinas de reparo: quase todos os setores foram encampados pelo poder público.

Os custos desse gigantismo estatal, aos quais se somavam verbas para fundar e manter o sistema de bem-estar social, um dos mais amplos do planeta, afetavam fortemente a capacidade de investimento na infraestrutura e no desenvolvimento das atividades econômicas. O modelo funcionou bem enquanto pode contar com a poupança externa representada pela União Soviética e os demais países socialistas. Entrou em colapso quando essa fonte de financiamento desapareceu. Ganhou uma sobrevida quando as relações com Venezuela, China, Rússia e Brasil repuseram parte dos recursos internacionais perdidos.

Sinal de alerta

Mas o fraco crescimento do triênio 2008-2010 acendeu a luz vermelha. “Sem aprofundarmos e acelerarmos as reformas iniciadas nos anos 1990, não teremos como resolver os problemas estruturais”, analisa o deputado Osvaldo Martinez, presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Parlamento e diretor do Centro de Investigações da Economia Mundial. “Precisamos atrair mais capital internacional, expandir o trabalho por conta própria, reduzir os gastos estatais com custeio e melhorar a eficiência econômica.”

Yenni Muoña/Opera Mundi
Uma das principais mudanças proporcionadas foi a permissão do trabalho por conta própria, como para cabeleireiros 

Um dos principais formuladores das reformas emergenciais dos anos 1990, Martinez não hesita em contestar alguns dogmas do passado: “O pleno emprego não é suportável pela economia estatal”, afirma. Essa crença levou Raúl Castro a planejar o corte de até um milhão de empregos públicos, paulatinamente absorvidos nas atividades privadas que estão sendo liberadas. “Não estamos fazendo uma terapia de choque, mas temos que cortar todas as gorduras possíveis”, insiste Martinez. “O que precisamos é melhorar a qualidade orçamentária do Estado e das empresas, para aumentar a poupança interna e os investimentos necessários para alavancar nossa economia.”

A liberação de centenas de atividades pa ra exploração de empreendedores privados, que já ultrapassam os 500 mil registros, segundo o Ministério do Trabalho, vai além de um mecanismo compensatório para os cortes de pessoal nas instituições estatais ou de uma ferramenta para ampliar a oferta de serviços. “Precisamos fortalecer o mercado interno, fundamental para a diversificação de nossa produção industrial”, aponta Martinez. “O empreendedorismo é um fator permanente nessa estratégia, um instrumento facilitador do socialismo.”

Foco das reformas

O pacote de medidas ultrapassa, e muito, a reforma do sistema de trabalho. Mais terras foram entregues a camponeses, com liberdade para explorá-las individualmente ou de forma cooperativa. Atualmente cerca de 50% dos alimentos consumidos na ilha são importados. Se parte dessas compras puder ser substituída por produção interna, a economia de divisas será formidável.

Cubaencuentro.com
“O pleno emprego não é suportável pela economia estatal”, diz Osvaldo Martinez (d), um dos principais nomes em Cuba

Restabeleceu-se o direito de compra e venda de imóveis, ainda que tenham sido mantidas regulamentações que impedem a concentração da propriedade urbana. Também foram abolidas limitações para aquisição de carros, celulares, computadores e outros produtos eletroeletrônicos, bem como proibições para que os cubanos possam se hospedar em hotéis pagos em peso conversível. “Eram medidas administrativas destinadas a controlar a desigualdade social, provocada pela existência de duas moedas. Algo como, se não podem todos, não pode ninguém”, explica Martinez. “Viraram obstáculos para a expansão econômica e o incentivo ao trabalho, por isso foram extintas.”

As empresas estatais e mistas igualmente estão abrangidas pelos ajustes. Sua autonomia foi ampliada, mas progressivamente irão perdendo subsídios e terão que se virar com as próprias pernas. Se derem prejuízo, poderão ser fechadas ou incorporadas por outras mais rentáveis. “O Estado continuará a ser o ente planificador e regulador”, salienta o professor Joaquin Infante Ugarte, diretor do Orçamento Nacional entre 1976-1991 e colaborador de Ernesto Che Guevara quando o argentino presidiu o Banco Central cubano. “Mas estamos substituindo os mecanismos administrativos pelos econômico-financeiros. Se uma determinada empresa não conquistar mercado, não demonstrar eficiência e não obtiver rentabilidade, deixará de existir.”

Outro objetivo das reformas é cr iar um sistema tributário equilibrado, que impeça a excessiva concentração de renda através de impostos progressivos sobre a renda e a propriedade, ao mesmo tempo em que amplia a base de arrecadação. “Os cubanos passaram a achar que era parte das conquistas da revolução não pagar impostos”, ironiza Martinez.

Os novos empreendedores, muitos deles antes trabalhando ilegalmente, agora terão que pagar taxas para licenciar suas empresas e impostos conforme a envergadura de suas atividades. Há bastante choro e ranger de dentes, mas o fato é que a nova época não oferece delícias sem dores. “Nossa revolução foi muito paternalista”, afirma Infante Ugarte. “Não podemos confundir igualdade de direitos e oportunidades com igualitarismo. Mas também tem o outro lado: quem g anha mais pagará mais impostos.”

Yenni Muoña/Opera Mundi
O chaveiro é outro exemplo de "contrapropista", os trabalhadores autônomos

O ovo de Colombo, no caso, é limpar as contas do Estado de custos improdutivos e engordá-las com receita tributária, rentabilidade de suas empresas e substituição de importações. O fortalecimento dos fundos públicos, em aliança com a integração regional e a atração de investimentos estrangeiros, parece ser a aposta do governo cubano para preservar o padrão de Educação, Saúde e Cultura construído pela revolução. “Nossa economia precisa criar as condições para pagar as contas das conquistas sociais e abrir novos caminhos para a juventude”, ressalta Martinez. “A atração da poupança externa não pode ser o eixo de nosso modelo de desenvolvimento, mas um complemento.”

Diversificação

Mais que tudo, Cuba precisa criar empresas e empregos que tragam prosperidade a uma das populações mais bem educadas e preparadas do mundo. Nos últimos anos, além do Turismo, o país ampliou a produção de níquel (detém 34% das reservas mundiais), tabaco e fármacos. Aliás, a biotecnologia está se tornando um nicho no qual os cubanos adquirem cada vez mais força e prestígio, com exportações para mais de 30 países, apesar do bloqueio. Mas ainda é pouco para garantir sustentabilidade.

O desequilíbrio entre formação de mão-de-obra e ofertas internas de trabalho tem levado o país, por exemplo, a ter na exportação de serviços médicos uma de suas maiores rubricas comerciais. Apesar de ser um fator positivo para o balanço de pagamentos, esse cenário pode vir a afetar a qualidade interna do atendimento à população e estimular a atração de seus profissionais pelas esperanças migratórias.

Por essas e outras, as reformas lideradas pelo presidente Raúl Castro são encaradas como um esforço de guerra cuja meta é criar as condições para a ilha viver em um espaço econômico integrado, mas por conta própria e sem abdicar do sistema esculpido desde janeiro de 1959. “Nossa batalha, a batalha da geração que fez a revolução, é defender o socialismo cubano e levá-lo ao futuro”, afirma Ricardo Alarcón. “Para essa tarefa, precisamos entender qual o socialismo possível, capaz de trazer desenvolvimento e prosperidade para as novas gerações. Não temos medo de criticar nossos próprios erros, pois não há outra forma de construir um projeto histórico de nação.”

Via operamundi

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

As diferenças entre o Capitalismo e o Socialismo


Por   Diego Pio*

01.  Introdução
Este artigo tem por objetivo explicitar os fatos que levaram o estabelecimento das diferenças aos sistemas econômicos Capitalista e Socialista. O que os pensadores socialistas como Karl Marx, Friedrich Engels pensaram? O Capitalismo iniciou no século XV em diante, mas a partir do século XVIII com o surgimento da máquina a vapor e novas técnicas de produção teve-se a Revolução Industrial.

Em 1750, a Inglaterra foi o marco da Revolução Industrial, berço do Capitalismo. Posteriormente no século XIX outros países como: Estados Unidos, Alemanha, França, Japão e outros começam a adotar o sistema Capitalista.

As consequências do Capitalismo foram drásticas, provocaram um grande deslocamento de pessoas do campo para as cidades, gerando concentrações urbanas (PAULINI; SILVA, 2005, p.04). Isso levou grande parte da mão-de-obra masculina para o desenvolvimento de ferrovias; mulheres e crianças foram utilizadas nas fábricas têxteis e nas minas com longas jornadas de trabalho e salários reduzidos.

Com as desigualdades sociais crescendo, os pensadores socialistas que eram Karl Marx (1818-1883), Friedrich Engels (1820-1895) começaram a estudar os fatos para explicar os fenômenos sociais que vinham ocorrendo. Segundo Campos (2007), na teoria marxista, o Estado é o meio pelo qual uma classe domina e explora outra.

O Manifesto Comunista, escrito em 1848, afirmam os autores, quando o comunismo fosse implantado, a sociedade viveria no coletivismo, sem divisão de classes sociais e nem a presença de um Estado coercitivo.

02 . Capitalismo
O Sistema Capitalista iniciou no século XV até XVIII, através da acumulação de capital por meio do lucro advindo do comércio e pela exploração do trabalho humano, seja assalariado ou escravo, denominando o Capitalismo Comercial. De meados do século XVIII, com o advento da máquina a vapor, do tear mecânico e outras técnicas surge a Revolução Industrial. A Revolução Industrial iniciou na Inglaterra, em 1750, quando o homem passou a comprar o trabalho de outro homem em troca de salário.

No meio social, a principal mudança foi o surgimento da classe operária, as quais passaram a viver em condições precárias nas cidades, morando em cortiços, submetendo-se a salários injustos, com longas jornadas de trabalho e sem nenhum direito trabalhista (PAULINI; SILVA, 2005, p.51). Posteriormente surge a atividade bancária, ou seja, empréstimos de dinheiros a juros, em que a moeda tornou-se o principal produto do Sistema Capitalista.

Segundo Guareschi (2003, p.51), o Capitalismo é um sistema que separa o capital de trabalho e cujas relações são de dominação e exploração, ou seja: para que haja dominação e exploração é necessário que o trabalho de produção e o capital estejam separados. Para Marx, o modo de produção é a maneira como a sociedade organiza a produção de bens necessários para a sobrevivência (PAULINI; SILVA, 2005, p.18).

   O sistema Capitalista pode ser caracterizado em três aspectos:

•                      Propriedade privada ou meios de produção particulares;
•                      Trabalho assalariado;
•                      Livre-iniciativa sobre a planificação estatal.
     
Diante do que foi exposto, percebe-se que a sociedade capitalista dividiu-se em duas classes: a burguesia, que possui os meios de produção e; o proletariado, que apenas oferece a força de trabalho. Conforme Nova (2004, p.88):

A organização social, e consequentemente, as formas de comportamento e convívio entre os homens são, de fato, reguladas pelas relações contraídas entre os homens no processo de produção dos bens necessários à sua existência.

 No começo do século XX, o Capitalismo foi caracterizado pelo liberalismo, ou seja, uma situação na qual a interferência do governo nos assuntos econômica era mínima (KOPELKE, 2007, p.22). Após a crise de 1929, o Estado passa a interferir nas atividades econômicas em muitos países, denominando o Neoliberalismo, por exemplo, nos Estados Unidos o presidente Franklin Roosevelt implementa, em 1933, o New Deal (novo acordo), um programa econômico e social que introduz o subsídio desemprego, ajuda os carentes, projetos de obras públicas, etc.

 Em 1936, o economista britânico John Maynard Keynes publica a Teoria Geral do Emprego, dos Juros e da Moeda, a qual defende uma política anti-desemprego patrocinada pelo governo. Segundo Kopelke (2007, p.22) o Capitalismo é hoje o principal sistema econômico em atividade, embora ainda existam alguns países que adotem o Socialismo.

03 . socialismo
No século XIX, observa-se o surgimento de um novo método científico de estudo da sociedade, em que se busca entender as transformações sociais, suas consequências para a sociedade e o futuro (PAULINI; SILVA, 2005, p.06).

Para Max Weber (2002, p.24) o Estado moderno representa uma complexidade de ação harmoniosa por parte de pessoas individuais, porque muitas pessoas agem na crença de que ele existe ou deveria existir para promover validade legal a suas ordens.

Desde a Antiguidade, algumas pessoas preocupadas com a vida em sociedade, pensavam em modificar as relações que o Capitalismo vinha causando. De acordo com Marx, ele critica o Capitalismo pela definição do interesse pelo dinheiro e pelos ganhos materiais como o principal motivo para a sobrevivência do homem (PAULINI; SILVA, 2005, p.19).

Conforme Singer (2002, p.174) a promessa do Socialismo é instaurar uma sociedade superior ao Capitalismo em três aspectos:

A economia não estaria sujeita a crises, a desempregos, porque ela seria planejada, havendo um controle por parte da coletividade sobre o processo social de produção e distribuição, portanto, o indivíduo não seria mais dominado pelas forças imprevisíveis do mercado;

A instauração da igualdade: a sociedade capitalista seria a última sociedade de classes, cuja evolução simplificaria a estruturação social, transformando a maioria da população mais ou menos homogênea;

O Socialismo proporcionaria a todos os membros da sociedade um grau superior de bem-estar material e de liberdade.

Uns dos pioneiros do modelo de pensamento de uma sociedade ideal foi o inglês Thomas Morus, que escreveu, em 1516, a obra a Utopia, em que descrevia uma sociedade imaginária administrada por um Estado ideal, livre de contradições internas e incapaz de realizar injustiças aos seus membros (KOPELKE, 2007, p.23). Porém os fundadores do socialismo científico ou comunismo foram Karl Marx e Friedrich Engels, que partiram das relações contraditórias capitalistas de produção para propor a sua destruição por meio da ação dos trabalhadores.

 Segundo Campos (2007) Marx não considerava as classes somente um grupo que compartilha um certo status social, mas que compartilha em relações de propriedade. Em Guareschi (2003, p.52) explica que a mais-valia é o lucro que sobra, depois de descontadas todas as despesas. Para Marx aqueles que possuíam o capital produtivo, com o qual expropriam a mais-valia, constituindo a classe exploradora, de outro lado estariam os assalariados, os quais não possuem a propriedade, constituindo assim o proletariado (CAMPOS, 2007).

Na concepção Marxista, pode-se extrair do seu livro Manifesto do Partido Comunista (1987, p.75) o entendimento:

Por burguesia entende-se a classe dos capitalistas modernos, proprietários de meios de produção social, que empregam o trabalho assalariado. Por proletariado, a classe dos trabalhadores assalariados modernos que, não tendo meios próprios de produção, são obrigados a vender sua força de trabalho para sobreviverem.

Em 1917, a Revolução Russa instala no poder o sistema comunista, sob a liderança do russo Vladimir Lênin (1870-1924), em que estabelece a Ditadura do Proletariado e o Partido Comunista. No ponto de vista de Kopelke (2007, p.25) a Revolução Russa destruiu as instituições capitalistas do país, porém nunca chegou a completar a ponto do Estado desaparecer, como previa Marx.

O sistema Socialista pode se caracterizar como um sistema em que não existe propriedade privada ou meios de produção particulares. A economia é controlada pelo Estado com o objetivo de promover a distribuição justa da riqueza entre todas as pessoas da sociedade. Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) outros países se tornaram socialistas como, por exemplo: a China em 1949, liderado por Mao Tsé-Tung (1893-1976), Cuba em 1959 por Fidel Castro e outros. Entretanto, este novo sistema colocado em prática apresentou vários problemas:

•                     Falta de participação do povo nas decisões governamentais;
•                     Falta de liberdade de pensamento e expressão;
•                     Formação de um grupo político altamente privilegiado.


04 . As diferenças entre o Capitalismo e o Socialismo
Atualmente a maioria dos países adota o capitalismo. A globalização e a Era da Informação vem tornando sistema Capitalista mais dinâmico e em constante modificação. O Capitalismo apresenta algumas vantagens:

•                    Baixa taxa de analfabetismo;
•                    Elevada renda per capita;
•                    Elevado nível alimentar;
•                    Dominação econômica;
•                    Controle da ciência e da tecnologia, etc.

Observando os dados expostos pode-se afirmar que os países desenvolvidos ou de Primeiro mundo apresentam uma expectativa de vida excelente, enquanto isso os países em desenvolvimento, as situações vão se agravando pelo fato de haver pouca acessibilidade às condições básicas.Com o neoliberalismo vem crescendo a desigualdade social e a exclusão social.   
   
O Socialismo continua sendo adotado em alguns países como é o caso de Cuba, que é dirigido por Fidel Castro. Analisando a teoria e levando em prática, o país acaba se tornando fechado, o povo não tem direito à democracia e também não proporciona uma qualidade de vida digna aos cidadãos como era de se esperar. Enfim quem se beneficia a maior parte das vezes é o governo e a sua cúpula. Segundo Guareschi (2003, p.63) os países que se dizem comunistas na prática, chegam a se aproximar do Capitalismo, pois em vez de lá existirem alguns que possuem os meios de produção, há só o Estado de Partido, que explora, do mesmo modo o trabalho dos trabalhadores.

Nova (2004, p.42) compreende que nas sociedades subdesenvolvidas, nas quais as injustiças sociais fazem despertarem em muitos, fortes sentimentos de indignação social, alguns procuram no socialismo um meio de resolução – e não apenas para a explicação científica e dos problemas sociais.

05 . Conclusão
Pode-se concluir que pelas diferenças dos dois sistemas econômicos, que ambos proporcionam vantagens e desvantagens. Ou seja, enquanto um enriquece o outro empobrece. O Capitalismo atual na maioria dos países tem a democracia, que dá direito de escolha ao povo, mas quando se trata de mercado, o governo é quem toma as decisões finais, e às vezes não possibilita crescimento para uma parcela da sociedade. No Socialismo só a teoria é boa, porque na prática as pessoas são totalmente diferentes, ou seja, cada uma com os seus anseios, sonhos numa perspectiva diferente dos demais.

Conforme Paganatto (2007) o modelo de edifício social é que deve ser trocado, por um mais moderno, com fases culturais e perpetuantes em si, através da identificação dos indivíduos com seu contrato social e suas posteriores regras estabelecidas. Souza (2007) o neoliberalismo moderno trata o futuro da humanidade, uma única sociedade, radicalmente competitiva, cujo substrato se traduz em uma economia mundial de mercado livre e unificada, garantida pelo impulso natural do homem à competição.

Segundo Paulini; Silva (2005, p.17) Marx tem o método dialético para a compreensão da realidade como contradição e em permanente transformação. A sociedade deve buscar as leis internas do desenvolvimento histórico através da identificação das contradições para o homem libertar-se de sua consciência alienada. De acordo Kopelke (2007, p.27) as economias capitalistas liberais aceitam a crescente participação do Estado nas decisões econômicas, e por outro lado os países de economias planificadas centralizadas na mão do Estado aceitam a crescente participação da iniciativa, decisões econômicas.

 Em Singer (2002, p.186) a luta pelos movimentos de libertação não só soma à luta pelo socialismo, mas na verdade, amplia a própria latitude do Socialismo, o qual não se limita a eliminação da exploração econômica do proletariado, mas se propõe lutar contra os tipos de exploração e de discriminação, tanto nas empresas quanto nas demais instituições, inclusive na família.  Guareschi (2003, p.63) uma diferença grande na realidade, entre os países capitalistas e comunistas é que nos comunistas-socialistas a maioria da população tem garantido o sustento básico – casa, comida, instrução, saúde, vestimentas, etc. Enquanto isso nos países capitalistas, em que a exploração é grande, grande parte da população não possui esses serviços básicos, e a miséria é grande, como se pode constatar em cada esquina.

Para finalizar deixo a frase que Marx e Engels (1987, p.109) colocam como reflexão no final do livro Manifesto Comunista para o povo trabalhador “Proletários de todos os países, uni-vos”.
   
 Diego Pio* - Perfil do Autor: É discente do curso de Administração na UNIVALI de Itajaí.  E-mail:Diego-pio@univali.br

06 . Referências
CAMPOS, Wellington José. A teoria marxista e as classes sociais. 26 de fev.2007. Disponível em:
 < http:// www.webartigos.com/a_teoria_marxista_e_as_classes_sociais.htm>. Acesso em: 04 de agos. 2007.
CAPITALISMO. Disponível em: www.suapesquisa.com/capitalismo.htm>. Acesso em: 05 de agos. 2007.
GUARESCHI, Pedrinho. Sociologia crítica: alternativas de mudança. 54. ed. Porto Alegre: Mundo Jovem, 2003.
KOPELKE, André Luiz. Economia - Associação educacional Leonardo da Vinci-UNIASSELVI. 2. ed. Indaial. Ed. Asselvi, 2007.
MARX, K; ENGELS, F. Manifesto do partido comunista. 6.ed. São Paulo: Global, 1987.
NOVA, Sebastião Vila. Introdução à sociologia. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2004.
PAGANATTO, Fernando. A construção de uma nova sociedade. 02 de mar. 2007. Disponível em:
 <http:// www.webartigos.com/a_construção_de_uma_nova_sociedade.htm>. Acesso em: 04 de agos. 2007.
PAULINI, Iramar Ricardo; SILVA, Everaldo da. Sociologia - Associação educacional Leonardo da Vinci-UNIASSELVI. Indaial. Ed. Asselvi, 2005
SOUZA, Donaldo Bello de. Globalização: a mão invisível do mercado mundializada nos bolsões da desigualdade social. Disponível em: < http://www.senac.br/INFORMATIVO/BTS/222/boltec222a.htm >. Acesso em: 04 de agos. 2007.
SINGER, Paul. Aprender economia. 21. ed. São Paulo: Contexto, 2002.
WEBER, Max. Conceitos básicos da sociologia. 2. ed. São Paulo: Centauro, 2002.

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