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terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Suspeito de ataque em Berlim é paquistanês e refugiado



Da Agência Ansa Brasil

O ministro do Interior da Alemanha, Thomas de Maiziere, confirmou que o suspeito de cometer o ataque contra o mercado de Natal em Berlim foi preso ontem (19), é originário do Paquistão e tinha solicitado asilo. 

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De acordo com o ministro, o homem chegou à Alemanha em 31 de dezembro, foi registrado como refugiado e "desapareceu" do rastro das autoridades em fevereiro, na capital. A análise de seu pedido de asilo ainda não foi concluída, mas seu nome também não aparece em nenhum banco de dados de terrorismo, informou Maiziere.

Merkel confirma que ataque em Berlim foi ato terrorista



Da Agência Ansa Brasil

A chanceler alemã, Angela Merkel, confirmou hoje (20) em um pronunciamento que o ataque ocorrido ontem (19) contra um mercado de Natal em Berlim foi um ato terrorista. Ao menos 12 pessoas morreram e 48 ficaram feridas quando um caminhão foi lançado contra o público.

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"Este é um dia muito triste", disse a chanceler, em uma coletiva de imprensa na capital do país. "Devemos presumir de que se trata de um atentado terrorista", anunciou. Até então, as autoridades da Alemanha estavam evitando tomar posições e declarar que o acidente pudesse ter sido planejado e executado por terroristas.

As investigações apontam que o caminhão lançado contra o público tinha placa da Polônia e teria sido sequestrado por volta das 16h de ontem. O ataque, na Praça  Breitscheidplatz, onde o mercado de Natal tinha sido montado, ocorreu às 20h40 locais, deixou ao menos 12 mortos e 48 feridos, a maioria em estado grave.

"Penso, antes de tudo, nos mortos e feridos, nas 12 pessoas que estavam entre nós, que festejavam e tinham planos para os dias de festa, e que não estão mais aqui. Quero que saibam que estamos todos com eles", lamentou Merkel. "Eu, como milhões de pessoas na Alemanha, estou horrorizada, chocada e profundamente triste pelo que aconteceu ontem à noite", afirmou.

A chanceler também se referiu à possibilidade do atentado ter sido cometido por um refugiado, como tem sido publicado pela imprensa local. De acordo com o jornal "Bild", o principal suspeito é um paquistanês de 23 anos, identificado como Navid B., nascido em 1 de janeiro de 1993, em Turbat. Ele teria chegado à Alemanha no dia 11 de fevereiro de 2016, pela fronteira com a Áustria. "Sei que, para todos nós, seria particularmente difícil tolerar se for confirmado que quem cometeu este ato é uma pessoa que pediu proteção e asilo na Alemanha", disse Merkel, que nos últimos três anos defendeu a política de acolhimento de imigrantes e refugiados no país, apesar de críticas de partidos da oposição.

Segundo o "Bild", o paquistanês teria abandonado o caminhão após o ataque, fugindo na direção leste de Berlim. O homem teria atravessado a pé o parque Tiergarten, no centro da cidade, e teria sido interceptado pela polícia, que recebeu alertas de moradores da região, a uma distância de 1 quilômetro da Praça Breitscheidplatz.

O GPS do automóvel indica que, na tarde de ontem, o aparelho foi desligado várias vezes e, depois, removido do carro. O caminhão tinha passado pela Itália e transportava estruturas de aço que deveriam ser descarregadas em Berlim. A empresa de transporte responsável pelo caminhão tem sede na cidade de Estetino, no nordeste da Polônia, em uma zona que faz fronteira com a Alemanha.

As autoridades polonesas e alemães disseram que o homem de origem polonesa que estava no banco de passageiros do caminhão foi morto a tiros, em mais um indício de que um suposto funcionário da companhia teria sofrido um sequestro ou um assalto.

"Não queremos viver paralisados pelo medo e pelo mal, mesmo que, nestas horas, seja difícil encontrar força para vivermos como desejamos na Alemanha, livres, juntos e abertos", comentou. Merkel convocou o gabinete de segurança da Alemanha para uma reunião extraordinária às 11h30 locais. Participarão do encontro os ministros do Interior, da Defesa, da Justiça e dos serviços de inteligência.

Ataque em Berlim deixa 9 mortos e mais de 50 feridos


Da AFP

Um caminhão lançado contra uma multidão em uma feira de Natal no centro de Berlim, nesta segunda-feira à noite (19), deixou pelo menos 9 pessoas mortas e 50 ficaram feridas, informa o último boletim da polícia, em um evento que já começa a ser considerado como um "ataque" pelo governo. As informações são da AFP.

De acordo com o ministro alemão do Interior, Thomas de Maizière, "muitas razões" levam a pensar que foi um ataque.

"Ainda não quero - por enquanto - pronunciar a palavra 'atentado', mesmo que muitas razões levem a pensar nisso", disse ele à emissora pública ZDF.

No Twitter, o ministro alemão da Justiça, Heiko Mass, informou que a investigação será conduzida pelo Ministério Público. Na Alemanha, o órgão é responsável por assuntos ligados ao terrorismo.

"Uma pessoa, que é claramente o motorista, foi detida. Um passageiro morreu", disse a Polícia à AFP, citando um boletim provisório de "ao menos nove mortos" e "pelo menos 50 feridos, quatro em estado grave".

"Examinamos a pista de um atentado terrorista, mas ainda não sabemos as motivações desse ato", disse um outro porta-voz policial.

A Polícia também pediu à população que "fique em casa", como medida de precaução.

De acordo com diferentes veículos da imprensa alemã, o motorista do caminhão, cuja placa é da Polônia, conseguiu fugir.

O proprietário da empresa dona do caminhão confirmou o desaparecimento do polonês.
"Não temos contato com ele desde esta tarde. Não sei o que aconteceu com ele. É meu primo. Eu o conheço desde a infância. Eu respondo por ele", declarou Ariel Zurawski por telefone à AFP.

Questionado pelo canal de notícias 24 horas TVN24 sobre se o motorista se sentia ameaçado, ou em perigo, Zurawski respondeu "de modo algum".

Segundo Lukasz Wasik, um diretor da empresa, o contato com o motorista, de 37 anos, foi perdido por volta das 15h locais (12h, horário de Brasília).

"Não sabemos no que ele se transformou, se foi sequestrado, morto, não sabemos de nada. Estamos muito preocupados com ele", declarou, acrescentando que "a última vez que estivemos com ele no telefone foi esta manhã, por volta das oito, ou nove".

O motorista transportava 25 toneladas de produtos metalúrgicos, procedentes da Itália.

Em Berlim, "a empresa onde ele devia descarregar não pode recebê-lo e disseram a ele para voltar na terça de manhã. Dissemos a ele para esperar em Berlim, em alguma parte", acrescentou Wasik.

Por enquanto, a Polícia descarta novas ameaças para a população.

"Não há atualmente indícios de outras situações perigosas" no centro de Berlim oeste, tuitou a Polícia.

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse estar "em luto" pelos mortos.

"Estamos em luto e esperamos que os muitos feridos recebam a ajuda necessária", disse o porta-voz de Merkel, Steffen Seibert, em sua conta no Twitter, em alusão às "terríveis notícias" vindas de Berlim.

Imagens do jornal local Berliner Morgenpost publicadas on-line mostram várias barracas da feira de Natal destruídas pelo caminhão.

As forças da ordem estabeleceram um perímetro de segurança e bloquearam o acesso.

Reações

Por suas circunstâncias, esse evento remete ao atentado de 14 de julho de 2016, em Nice, na França, quando um caminhão atropelou várias pessoas no Passeio dos Ingleses, no dia da festa nacional do país. Nesse sentido, a França manifestou prontamente sua solidariedade.

Em nota divulgada pelo Palácio Eliseu, o presidente francês, François Hollande, declarou que "os franceses compartilham o luto dos alemães frente a essa tragédia que atinge toda a Europa".

O chefe de Estado francês manifestou "sua solidariedade e sua compaixão à chanceler (alemã, Angela) Merkel, ao povo alemão e às famílias".

O ministro francês do Interior, Bruno Le Roux, anunciou que a segurança foi "imediatamente reforçada" nas feiras de Natal no país.

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, disse estar "entristecido" com o episódio de hoje.

Os americanos também reagiram, condenando o suposto "ataque terrorista".

"Os Estados Unidos condenam nos termos mais firmes o que parece ser um atentado terrorista em um mercado de Natal de Berlim", afirmou o porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca, Ned Price, em um comunicado.

"A Alemanha é um dos nossos mais fortes aliados, e estamos junto com Berlim na luta contra todos aqueles que atentam contra nossa forma de vida e ameaçam nossas sociedades", acrescentou.

"Estivemos em contato com funcionários alemães, e estamos prontos para oferecer ajuda, enquanto investigam e se recuperam desse horrível incidente", afirmou Price.

Alta tensão
O mercado natalino atingido pelo caminhão, que partiu para cima de transeuntes e rolou sobre a calçada, fica no centro da capital, a dois passos da Gedächtniskirche - a Igreja da Lembrança, uma das principais atrações turísticas berlinenses - e de uma movimentada avenida de comércio, a Kurfürstendamm.

No local, um turista entrevistado pela AFP disse não saber se o motorista "estava bêbado", ou se ele lançou o caminhão de forma deliberada, "mas ele não procurou parar, ele simplesmente continuou".

"Acabei de ver esse gigantesco caminhão preto, que embestou na direção do mercado e atropelou tantas pessoas, então, todas as luzes se apagaram, e tudo ficou destruído", relatou a turista australiana Trisha O'Neill, em entrevista à emissora Australian Broadcasting Corporation.

"Havia sangue e corpos por todos os lados", incluindo crianças e idosos, completou ela.

Em julho passado, em Nice, um tunisiano jogou seu caminhão contra uma multidão no Passeio dos Ingleses. Esse atentado deixou 86 mortos e mais de 400 feridos e foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI). O agressor foi morto pela Polícia.

Até agora, a Alemanha havia sido poupada do ataques extremistas de ampla envergadura, mas vários atentados islâmicos foram cometidos, recentemente, por "lobos solitários".

Em julho, o EI assumiu a autoria de um atentado cometido por um sírio de 27 anos, que deixou 15 feridos, e de um ataque lançado por um demandante de asilo, provavelmente de origem afegã, de 17 anos, que deixou cinco feridos.

Em outubro, um sírio se suicidou na prisão após ser detido. Segundo os investigadores, ele se preparava para lançar um ataque contra um aeroporto de Berlim.

Atropelamento com caminhão deixa 12 mortos e 48 feridos em Berlim


Da AFP

Um caminhão lançado contra uma multidão em uma feira de Natal no centro de Berlim, nesta segunda-feira à noite (19), deixou 12 mortos e 48 feridos – um evento que já começa a ser considerado como um "ataque" pelo governo. As informações são da AFP.

"Doze pessoas morreram na Praça Breitscheid e 48 foram levadas aos hospitais, algumas com ferimentos graves", revela a polícia no Twitter.

De acordo com o ministro alemão do Interior, Thomas de Maizière, "muitas razões" levam a pensar que foi um ataque.

"Ainda não quero - por enquanto - pronunciar a palavra 'atentado', mesmo que muitas razões levem a pensar nisso", disse ele à emissora pública ZDF.

No Twitter, o ministro alemão da Justiça, Heiko Mass, informou que a investigação será conduzida pelo Ministério Público. Na Alemanha, o órgão é responsável por assuntos ligados ao terrorismo.

"Uma pessoa, que é claramente o motorista, foi detida. Um passageiro morreu", disse a polícia à AFP.

Segundo fontes do serviço de segurança citadas pela agência alemã DPA, o homem detido seria paquistanês ou afegão, e teria chegado à Alemanha como solicitante de asilo em fevereiro de 2016.

"Examinamos a pista de um atentado terrorista, mas ainda não sabemos as motivações desse ato", disse outro porta-voz policial.

A polícia pediu à população para "ficar em casa", como medida de precaução.

De acordo com diferentes veículos da imprensa alemã, o motorista do caminhão, cuja placa é da Polônia, conseguiu fugir.

O proprietário da empresa dona do caminhão confirmou o desaparecimento do polonês.

"Não temos contato com ele desde esta tarde. Não sei o que aconteceu com ele. É meu primo. Eu o conheço desde a infância. Eu respondo por ele", declarou Ariel Zurawski por telefone à AFP.

Questionado pelo canal de notícias 24 horas TVN24 sobre se o motorista se sentia ameaçado, ou em perigo, Zurawski respondeu "de modo algum".

Segundo Lukasz Wasik, um diretor da empresa, o contato com o motorista, de 37 anos, foi perdido por volta das 15h locais (12h, horário de Brasília).

"Não sabemos no que ele se transformou, se foi sequestrado, morto, não sabemos de nada. Estamos muito preocupados com ele", declarou Wasic. "A última vez que estivemos com ele no telefone foi nesta manhã, por volta das 8h, ou 9h".

O motorista transportava 25 toneladas de produtos metalúrgicos, procedentes da Itália.

Em Berlim, "a empresa onde ele devia descarregar [o material transportado] não pôde recebê-lo. Disseram a ele para voltar na terça de manhã. Dissemos a ele para esperar em Berlim, em alguma parte", acrescentou Wasik.

Por enquanto, a polícia descarta novas ameaças para a população. "Não há atualmente indícios de outras situações perigosas" no centro de Berlim Oeste, tuitou a Polícia.

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse estar "em luto" pelos mortos. "Estamos em luto e esperamos que os muitos feridos recebam a ajuda necessária", disse o porta-voz de Merkel, Steffen Seibert, em sua conta no Twitter, em alusão às "terríveis notícias" vindas de Berlim.

Imagens do jornal local Berliner Morgenpost publicadas online mostram várias barracas da feira de Natal destruídas pelo caminhão.

As forças da ordem estabeleceram um perímetro de segurança e bloquearam o acesso ao local.

Reações
Por suas circunstâncias, esse evento remete ao atentado de 14 de julho de 2016, em Nice, na França, quando um caminhão atropelou várias pessoas no Passeio dos Ingleses, no dia da festa nacional do país. Nesse sentido, a França manifestou prontamente sua solidariedade.

Em nota divulgada pelo Palácio Eliseu, o presidente francês, François Hollande, declarou que "os franceses compartilham o luto dos alemães frente a essa tragédia, que atinge toda a Europa".

O chefe de Estado francês manifestou "sua solidariedade e sua compaixão à chanceler (alemã, Angela) Merkel, ao povo alemão e às famílias".

O ministro francês do Interior, Bruno Le Roux, anunciou que a segurança foi "imediatamente reforçada" nas feiras de Natal no país.

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, disse estar "entristecido" com o episódio de hoje.

Os americanos também reagiram, condenando o suposto "ataque terrorista". "Os Estados Unidos condenam, nos termos mais firmes, o que parece ser um atentado terrorista em um mercado de Natal de Berlim", afirmou o porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca, Ned Price, em um comunicado.

"A Alemanha é um dos nossos mais fortes aliados, e estamos junto com Berlim na luta contra todos aqueles que atentam contra nossa forma de vida e ameaçam nossas sociedades", acrescentou.

"Estivemos em contato com funcionários alemães, e estamos prontos para oferecer ajuda, enquanto investigam e se recuperam desse horrível incidente", afirmou Price.

Alta tensão
O mercado natalino atingido pelo caminhão, que partiu para cima de transeuntes e rolou sobre a calçada, fica no centro da capital, a dois passos da Gedächtniskirche - a Igreja da Lembrança, uma das principais atrações turísticas berlinenses - e de uma movimentada avenida de comércio, a Kurfürstendamm.

No local, um turista entrevistado pela AFP disse não saber se o motorista "estava bêbado", ou se ele lançou o caminhão de forma deliberada, "mas ele não procurou parar, ele simplesmente continuou".

"Acabei de ver esse gigantesco caminhão preto, que embestou na direção do mercado e atropelou tantas pessoas, então, todas as luzes se apagaram, e tudo ficou destruído", relatou a turista australiana Trisha O'Neill, em entrevista à emissora Australian Broadcasting Corporation. "Havia sangue e corpos por todos os lados", incluindo crianças e idosos, completou ela.

Em julho passado, em Nice, um tunisiano jogou seu caminhão contra uma multidão no Passeio dos Ingleses. Esse atentado deixou 86 mortos e mais de 400 feridos e foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico. O agressor foi morto pela Polícia.

Até agora, a Alemanha havia sido poupada do ataques extremistas de ampla envergadura, mas vários atentados foram cometidos, recentemente, pelos  chamados "lobos solitários".

Em julho, o Estado Islâmico assumiu a autoria de um atentado cometido por um sírio de 27 anos, que deixou 15 feridos, e de um ataque lançado por um demandante de asilo, provavelmente de origem afegã, de 17 anos, que deixou cinco feridos.

Em outubro, um sírio se suicidou na prisão após ser detido. Segundo os investigadores, ele se preparava para lançar um ataque contra um aeroporto de Berlim.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Atentado: especialista em segurança defende reforço de cooperação internacional


Nice – Caminhão avança sobre multidão que comemorava a queda da Bastilha na cidade no Sul da FrançaTelám

O ex-presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo de Portugal José Manuel Anes defendeu hoje um reforço na cooperação internacional, monitoramento e vigilância para prevenir atentados como o de Nice, que causou a morte de pelo menos 84 pessoas.

Em entrevista à Agência Lusa, logo após o atentado de ontem (14) à noite em Nice, disse que deve haver um esforço de cooperação internacional e de vigilância.

“O dia escolhido para o atentado foi estratégico, uma vez que se trata de um dia simbólico para a França. Os terroristas têm uma predileção pela França e já tínhamos visto isso em 2015”, disse ao lembrar os ataques terroristas do ano passado no país.

Na opinião do especialista em segurança e terrorismo, a escolha de Nice como palco de mais um atentado pode ser explicada pela presença de radicais naquela região do país.

“É uma questão de oportunidade, mas não podemos esquecer que aquela área tem 6% dos radicais de toda a França e quinhentos e tal indivíduos referenciados como jihadistas potenciais”, lembrou José Manuel Anes.

Táticas de ataque
Nice – Policiais investigam a cabine do motorista do caminhão que se jogou sobre uma multidão de pessoas que comemoravam a data nacional da FrançaAlberto Estevez/Pool/Agência Lusa
De acordo com Manuel Anes, o método utilizado pode até "parecer humilde" – um caminhão lançado contra as pessoas –, mas não o é.

“Não faz muito tempo, ouvimos o chamado do ministro dos atentados do Estado Islâmico apelar para a diversificação das táticas dos ataques, para não estarem sempre à espera de indivíduos com explosivos”, lembrou.

Para o especialista, ainda pairam dúvidas sobre como o motorista conseguiu circular livremente em uma área onde, apesar de o show de fogos de artifício já ter acabado, ainda estava cheio de gente.

O ex-presidente do observatório lembrou também que este tipo de tática (atirar a viatura contra a multidão) é bastante frequente em Israel.

Estado Islâmico
“A situação está muito perigosa, o Estado Islâmico perdeu 40% do seu território no Iraque e 20% na Síria e, como um animal ferido, torna-se muito perigoso e ataca onde lhe dá jeito e lhe apetece”, disse, recordando atentados recentes em Bangladesh, na Turquia e na Bélgica.

No entender de José Manuel Anes, trata-se de uma ameaça global e, por isso, os países deviam intensificar a cooperação ao nível policial e de monitoramento.

“Durante o Campeonato Europeu de Futebol não houve problemas porque havia uma vigilância maior e uma presença policial forte. Após o campeonato, baixou-se a guarda um bocadinho, que era o que eles queriam para realizar outro atentado”, afirmou.

No que diz respeito a Portugal, José Manuel Anes, disse que, apesar de nenhum país ter risco zero de atentados, a situação é tranquila, se comparada com outros países.

Policiais investigam a cena onde um caminhão se jogou sobre uma multidão que comemorava a data nacional da França, a queda da Bastilha, na cidade litorânea de Nice, sul do país Alberto Estevez/Pool/Agência Lusa
Promenade des Anglais
O atentado em Nice, no Sul de França, deixou pelo menos 84 mortos e mais de 100 feridos, 18 dos quais continuam em estado considerado crítico, segundo novo balanço do governo francês.

Um homem lançou um caminhão sobre uma multidão na avenida marginal da cidade de Nice, a Promenade des Anglais, que acompanhavam um show de fogos-de-artifício para celebrar o dia nacional de França.

As autoridades francesas já concluíram que estão diante de um atentado e o Presidente da França, François Hollande, anunciou o prolongamento, por mais três meses, do estado de emergência que vigora no país desde o ano passado, bem como um luto nacional de três dias.

Sobre o Blog

Este é um blog de ideias e notícias. Mas também de literatura, música, humor, boas histórias, bons personagens, boa comida e alguma memória. Este e um canal democrático e apartidário. Não se fundamenta em viés políticos, sejam direcionados para a Esquerda, Centro ou Direita.

Os conteúdos dos textos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores, e nem sempre traduzem com fidelidade a forma como o autor do blog interpreta aquele tema.

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