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quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Dilma cogita mandar Cardozo para São Luís


Em consequência do caos gerado pelos atos de violência de grupos criminosos, o governo federal prorrogou até 23 de fevereiro a presença da Força Nacional de Segurança, comandada pelo Ministério da Justiça, nos presídios do Maranhão; mas presidente quer que ministro acompanhe a crise pessoalmente

 A governadora Roseana Sarney (PMDB) disse em pronunciamento que o Estado já está tomando as medidas necessárias para retomar a ordem. No entanto, a presidente Dilma Rousseff ainda estuda enviar o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) a São Luís para acompanhar a crise no Maranhão, segundo o Painel; da Folha de S. Paulo.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Acusado de 56 roubos a banco, ladrão mais procurado de SP é preso

Rolídio Brasil Fontanela de Souza Gama, o Monstro, foi capturado enquanto passava o réveillon com a família na praia
Rolídio Gama, o "Monstro", é surpreendido enquanto passava as festas do fim de ano com a família na praia

A Polícia Civil prendeu nesta quinta-feira (2) no litoral norte o ladrão mais procurado do Estado. Considerado violento, Rolídio Brasil de Souza Gama, de 42 anos, ganhou o apelido de "Monstro". Ele passava a virada do ano com a família em São Sebastião.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Brasil é condenado pela OEA após mais de 40 mortes em presídios do Maranhão

Comissão determina prazo de 15 dias para que o governo brasileiro adote medidas urgentes. Houve 41 mortes em prisões maranhenses desde o início do ano


Blog Dag Vulpi - A Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), entidade da Organização dos Estados Americanos (OEA), condenou o Brasil a adotar medidas urgentes para diminuir a superlotação nos presídios do Maranhão. A medida cautelar, que o órgão apenas concede em situações classificadas como “graves e urgentes”, foi tomada na última segunda-feira e divulgada na noite de terça.

De acordo com a decisão, assinada pela secretária executiva-adjunta do órgão, Elizabeth Abi-Mershed, o Brasil tem 15 dias para apresentar um relatório à entidade confirmando providências a serem adotadas para diminuir a superlotação dos presídios do Estado. A CIDH também pede que órgãos do Poder Judiciário iniciem um processo investigatório relacionado à superlotação e às dezenas de mortes ocorridas nos presídios maranhenses neste ano. "As medidas buscam evitar um dano irreparável e preservar o exercício dos direitos humanos", informa a Comissão Interamericana de Direitos Humanos no documento.

Decisão sobre compra de aviões-caça sai nesta tarde

Blog Dag Vulpi – A presidenta Dilma Rousseff informou, há pouco, que já foi tomada a decisão sobre a compra de caças pelo governo brasileiro. O governo brasileiro estuda a compra de 36 aviões-caça, cuja concorrência está entre três países.

"Quero informar que instruí o ministro da Defesa, Celso Amorim, a anunciar hoje [18] a decisão quanto à compra do FX. E quanto à parceria que iremos fazer para o FX-2", disse Dilma, durante cerimônia de cumprimento aos novos oficiais-generais.

O chamado Projeto FX-2 teve início em 2001. Aeronaves de três países disputam o contrato com o governo brasileiro, o Boeing F-18E/F Super Hornet, dos Estados Unidos; o Dassault Rafale F3, da França, e Saab Gripen NG, da Suécia. O modelo escolhido substituirá os Mirage 2000, que serão aposentados em dezembro deste ano.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Para Cardozo, legalização da maconha no Uruguai não altera segurança na fronteira do Brasil

Blog Dag Vulpi – Ao comentar a legalização da maconha no Uruguai, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse hoje (11) que não serão necessárias novas medidas para garantir a segurança na fronteira do país com o Brasil. “O nosso plano de fronteiras já tem êxitos indiscutíveis do ponto de vista de apreensão e fiscalização. É uma área que o Brasil está cuidando, independente das políticas adotadas em qualquer país de nossa fronteira”, disse o ministro.
Cardoso disse ainda que cada país segue sua dinâmica nas discussões sobre a legalização da droga. “O Uruguai está seguindo este caminho e o Brasil segue o seu. Isso tem que ser respeitado. A discussão continua na sociedade, existe a experiência em vários países e os governos vão avaliando e participando dos debates para tomar as medidas que acharem necessárias”, disse o ministro no lançamento do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais e sobre Drogas, o Sinesp.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Com três anos de atraso, Brasil lançará satélite em parceria com a China



Lançamento é sopro de esperança para o tímido e combalido programa espacial brasileiro

  • Blog Dag Vulpi

    Dia 9 de dezembro, 11h26 no horário de Pequim, 1h26 em Brasília. Enquanto a maioria dos brasileiros estiver dormindo, um seleto grupo de engenheiros, cientistas, empresários e autoridades estará atento a uma contagem regressiva no Centro de Lançamento de Taiyuan, na China, sonhando acordado com o futuro do programa espacial brasileiro.

    Se tudo correr bem, e a meteorologia colaborar, um foguete de 45 metros modelo Chang Zheng 4B deverá subir aos céus no horário indicado, levando a bordo o novo Satélite Sino-brasileiro de Recursos Terrestres, conhecido como CBERS-3 e metade construído no Brasil, metade na China ao custo de US$ 125 milhões para cada país.

    As expectativas são as maiores possíveis. Um fracasso na missão poderá significar um golpe quase que fatal para o já fragilizado programa espacial brasileiro, que luta para se manter vivo e relevante em meio a uma série de limitações financeiras, tecnológicas e estruturais.

    O programa CBERS (pronuncia-se "sibers") é uma das poucas coisas que já deram certo para o Brasil na área espacial. Apesar do número 3 no sobrenome, este será o quarto satélite da série, depois dos CBERS-1, 2 e 2B - o último dos quais parou de funcionar em maio de 2010, o que significa que o País está há 3,5 anos cego no espaço, dependendo exclusivamente das imagens de satélites estrangeiros para observar seu próprio território.

    O plano original acertado com a China era lançar o CBERS-3 até 2010, no máximo, mas uma série de problemas levou a sucessivos adiamentos. O último deles, de ordem tecnológica, envolveu a detecção de falhas nos conversores elétricos usados na metade brasileira do projeto, quando o satélite já estava quase pronto para ser lançado, no final de 2012.

    As peças defeituosas foram retiradas e agora, após mais um ano de testes e revisões, o CBERS-3 parece estar finalmente pronto para entrar em órbita. Posicionado a 778 quilômetros de altitude, ele terá quatro câmeras para observar a superfície do planeta: duas construídas pelo Brasil e duas pela China, com diferentes resoluções e características espectrais.

    "São câmeras extremamente sofisticadas, que representam um salto tecnológico significativo em relação aos satélites anteriores", disse ao Estado o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Leonel Perondi. "É o projeto espacial mais sofisticado que já produzimos."

    Uma das câmeras brasileiras, chamada MuxCam, vai observar uma faixa de terra de 120 quilômetros de largura, permitindo escanear toda a superfície do planeta a cada 26 dias, com 20 metros de resolução. A outra, chamada WFI, terá uma resolução menor (de 64 m), mas enxergará uma faixa muito maior (de 866 km), o que permitirá observar qualquer ponto da Terra repetidamente a cada cinco dias.

    "É como se tivéssemos um supermercado de imagens", diz o coordenador do Segmento de Aplicações do Programa CBERS no Inpe, José Carlos Epiphanio. "Poderemos optar por uma câmera ou outra, dependendo do tipo de fenômeno que queremos observar, em maior ou menor grau de detalhe."

    Apesar de trabalhar com satélites, Epiphanio é engenheiro agrônomo por formação, o que serve como um bom exemplo da variedade de empregos que se pode dar ao CBERS. A aplicação mais famosa é a de monitoramento de florestas, principalmente na Amazônia, mas há muitas outras, incluindo o monitoramento de atividades agrícolas e ocupações urbanas, processos de erosão, uso de recursos hídricos, desastres naturais e até vazamentos de petróleo.

    As imagens produzidas pelo CBERS-2B, por exemplo, foram baixadas por mais de 50 mil usuários, de mais de 5 mil instituições, em mais de 50 países. "Não tem uma universidade, um órgão de governo no Brasil que não seja usuário do CBERS", destaca Epiphanio. Todas as imagens geradas pelo programa são distribuídas gratuitamente na internet pelo Inpe desde 2004.

    Ainda que as imagens de satélites estrangeiros também estejam disponíveis gratuitamente, Epiphanio diz que o País não pode abrir mão de ter seu próprio equipamento no espaço. "Vale a pena investir em satélites? Sem dúvida nenhuma. O Brasil não pode ficar sem isso."
  • Por: Agência Estado

    Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Brasil é o sétimo colocado no mundo em casos de homicídios

O Brasil é o sétimo colocado no mundo em casos de homicídios. A cada 100 mil habitantes, 27,4 são vítimas de crimes. No caso de jovens entre 14 e 25 anos, o número aumenta para 54,8. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), compilados pelo Mapa da Violência 2013: Homicídios e Juventude no Brasil, divulgado hoje (18), pelo Centro de Estudos Latino-Americanos (Cebela) todos os dez países com os mais altos índices de homicídios entre jovens estão na região da América Latina e do Caribe.

Homicídios de jovens crescem 326,1% no Brasil, mostra Mapa da Violência

A violência contra os jovens brasileiros aumentou nas últimas três décadas de acordo com o Mapa da Violência 2013: Homicídio e Juventude no Brasil, publicado hoje (18) pelo Centro de Estudos Latino-Americanos (Cebela), com dados do Subsistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde. Entre 1980 e 2011, as mortes não naturais e violentas de jovens – como acidentes, homicídio ou suicídio – cresceram 207,9%. Se forem considerados só os homicídios, o aumento chega a 326,1%. Dos cerca de 34,5 milhões de pessoas entre 14 e 25 anos, em 2011, 73,2% morreram de forma violenta. Na década de 1980, o percentual era 52,9%.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Ministros defendem estratégia ampla para defesa cibernética nacional

Os ministros Celso Amorim (Defesa) e José Elito Siqueira (Gabinete de Segurança Institucional) defenderam hoje (10) a adoção de uma estratégia ampla no esforço de garantir a segurança do sistema cibernético no país. Amorim ressaltou que é necessário utilizar instrumentos nacionais em busca da proteção. Mas foi categórico: “Nenhum país poderá ter um escudo completo, nem os Estados Unidos”.

“Nossa estratégia terá de envolver elementos de aumento da defesa cibernética utilizando instrumentos nacionais, do contrário, a gente vai ter uma ilusão de proteção”, disse Amorim, no Senado. “Temos uma razoável capacidade de proteção. Não há ferramentas nacionais desenvolvidas. É um processo global”, disse.


Para Amorim, os mecanismos de aperfeiçoamento de segurança passam por uma tecnologia inteiramente nacional e também pela formação de profissionais para a área. Ele disse ainda que é necessário distinguir os processos de defesa “cibernética e criminal”, pois envolvem ações distintas e legislação também diferente. “É uma estratégica complexa”.
Elito defendeu a adoção de medidas em nível nacional, mas com enfoque principalmente nas áreas mais estratégicas e sensíveis. “Não podemos prevenir situações extraordinárias”, reconheceu. “Não podemos fazer um plano de segurança adequada, sem um serviço de inteligência integrado.”
Amorim, Elito e o ministro Antonio Patriota (Relações Exteriores) participaram de audiência pública da Comissão de Relações Exteriores do Senado sobre as denúncias de espionagem a cidadãos brasileiros por agências norte-americanas.
da Agência Brasil

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Secretário de Segurança do DF defende uso de balas de borracha

Sandro Avelar garantiu que PM continuará usando material, ao contrário do prometido em SP.

Menina ficou ensanguentada durante o protesto - Foto: Celso Paiva / Terra
O secretário de Segurança do Distrito Federal, Sandro Avelar, afirmou nesta segunda-feira que vai manter a estratégia de uso de balas de borracha e gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes. A declaração foi feita em coletiva convocada para elogiar a atuação da Polícia Militar, que no último sábado, durante a abertura da Copa das Confederações, reprimiu violentamente uma manifestação de 2 mil pessoas em torno do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Ônibus farão videomonitoramento para coibir tráfico e tratar usuários de drogas


O governo federal entregou hoje (24) cinco ônibus que farão videomonitoramento das áreas onde há grande consumo e tráfico de drogas em São Paulo. A operação dos ônibus promoverá o policiamento das regiões mais vulneráveis, além de coibir o tráfico e oferecer serviços de saúde e assistência social aos usuários. “É, na verdade, uma filosofia de integração entre segurança pública, saúde e assistência social, que nós estamos desenvolvendo neste programa [Crack, é Possível Vencer]”, explica o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
Segundo o prefeito Fernando Haddad, a decisão sobre os locais onde os cinco ônibus vão permanecer ficará a cargo da Guarda Civil, mas a concentração deverá ocorrer no centro da cidade.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Traficantes adolescentes dobram a população da antiga Febem


Nos últimos 12 anos, o percentual de adolescentes internos da Fundação Casa (antiga Febem) em São Paulo apreendidos por tráfico de drogas saltou de 4,76% para 42,1%. É a primeira vez que divide com roubo (42,7% dos internos) o topo da tabela de delitos cometidos por menores. Os dados obtidos pelo jornal Folha de São Paulo mostram que o tráfico foi o principal responsável pelo aumento de 98% no número de internos no período.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Comércio eletrônico terá regras mais rígidas para proteger o consumidor


O advogado carioca Pedro Carvalho, de 38 anos, já perdeu a conta dos problemas que teve ao comprar produtos e serviços pela internet. Em uma das ocasiões, adquiriu diárias em um hotel para as férias da família. Quando chegou a fatura do cartão de crédito veio a surpresa: os dias foram cobrados em dobro.“Aí começou a saga para ter o dinheiro de volta”, contou. A primeira dificuldade, segundo ele, foi encontrar o telefone correto para fazer a reclamação no siteem que fez a compra.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Operação das polícias civis prende 2.067 pessoas em todo o país


Rio de Janeiro - A Operação PC27, deflagrada ontem (9) simultaneamente pelas polícias civis em todo o país, prendeu 2.067 pessoas suspeitas de envolvimento em diversos crimes. Os policiais reprimiram o tráfico de drogas, a venda de produtos piratas, o roubo de carros e cumpriram mandados de prisão e de busca e apreensão, entre outras diligências.

Operação da Polícia Civil prende 162 pessoas no Espírito Santo


Espírito Santo - A Operação Estado Presente da Polícia Civil do Espírito Santo prendeu ontem (9) 162 pessoas suspeitas de envolvimento em crimes de homicídio, tráfico de drogas e porte ilegal de armas. “A operação foi completamente exitosa. Nós cumprimos aqui vários mandados de prisão e busca e apreensão e estamos com um saldo de 162 presos”, disse em entrevista à Agência Brasil o chefe da Polícia Civil, Joel Lyrio. Segundo ele, a ação integra a Operação PC27 que está ocorrendo todo o país.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Jovem de 16 anos que estuprou mulher dentro de ônibus se entrega


O jovem acusado de estuprar uma passageira dentro de um ônibus na tarde de sexta-feira (3), que fazia a Linha 369 (Bangu - Carioca), na Avenida Brasil, se entregou ontem (7) à polícia, depois que o Disque Denúncia publicou a foto dele e ofereceu recompensa de R$ 2 mil por informações que levassem a sua prisão.

De acordo com a Polícia Civil, ele tem 16 anos e confessou o crime. Logo depois da prisão, a foto foi retirada do site, pois o Disque Denúncia não divulga fotos de menores de idade. A assessoria do serviço informa que a imagem só foi divulgada porque a polícia não sabia que se tratava de um menor de idade. O rapaz foi encaminhado para o juiz, que deve expedir o mandado de busca e apreensão.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Sobe para 125 número de feridos em explosões em Boston; dois morreram


O número de feridos com as explosões na linha de chegada da Maratona de Boston chega a 125, segundo informações do Boston Globe, um dos principais jornais da cidade. Foram registradas duas mortes - entre elas de um garoto de 8 anos de idade, conforme a publicação.

Após a dispersão da fumaça, centenas de pessoas estavam caídas nas ruas, algumas inconscientes, outras seriamente machucadas, incluindo pessoas que perderam membros (como braços e pernas) nas explosões.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Lei que pune crimes cibernéticos entra em vigor hoje

A partir desta terça-feira (2), invadir dispositivos como computador, smartphones e tablets de outra pessoa para obter informações sem autorização passa a ser crime com pena de detenção de três meses a um ano, além de multa. Nesse caso, a pena ainda pode ser agravada se a informação roubada causar algum prejuízo econômico. A Lei 12.737/2012, que tipifica como crime uma série de condutas no ambiente virtual, foi sancionada no fim do ano passado e entra em vigor hoje.

Também está prevista prisão de seis meses a dois anos, além de multa, para quem obtiver dados "de comunicações eletrônicas privadas, segredos comerciais ou industriais e informações sigilosas". Se o crime for cometido contra autoridades do Poder Executivo, Legislativo ou Judiciário, a pena aumenta de um a dois terços.

A Lei 12.737/12 aumenta a pena se houver divulgação, comercialização ou transmissão a terceiros dos dados obtidos ilegalmente. A lei também criminaliza a interrupção intencional do serviço de internet, normalmente cometida por hackers. Nesse caso, a pena pode variar de um a três anos de detenção, além de multa.

Outra norma que entra em vigor nesta terça-feira é a Lei 84/99, que pune quem usar dados de cartão de crédito na internet, sem autorização do proprietário. A fraude, que passa a ser equiparada à de falsificação de documento, tem pena prevista de um a cinco anos de prisão. A exemplo do que já ocorre em meios de comunicação impressos, rádio e TV, o texto estabelece a retirada imediata de mensagens racistas postadas na internet.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Trânsito na capital paulista provocou 1.231 mortes em 2012

São Paulo – Os acidentes de trânsito e atropelamentos provocaram a morte de 1.231 pessoas na capital paulista em 2012, segundo levantamento divulgado hoje (13) pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). De acordo com o Relatório Anual de Acidentes de Trânsito Fatais, houve uma redução de 9,8% em relação a 2011, quando foram registradas 1.365 mortes. 


Segundo a CET, a queda do índice geral de mortes no trânsito é reflexo da diminuição das mortes de pedestres e motociclistas.

As mortes por atropelamentos caíram 12,5%. No ano passado, 540 pedestres morreram no trânsito paulistano. Em 2011, o total chegou a 617. Em relação aos motociclistas, foram 74 mortes a menos em 2012 em relação ao ano anterior, que teve 512 mortes. Os números mostram uma redução de 14,4%.

Já ciclistas e motoristas/passageiros tiveram leve acréscimo nas taxas. Foram três mortes a mais de ciclistas no ano passado, passando de 49 para 52 vítimas do trânsito. O total de motoristas e passageiros mortos em acidentes, por sua vez, chegou a 201 ante 187 no ano anterior, uma elevação de 7,5%.
Os homens (79,3%) são maioria entre os mortos em acidentes de trânsito em São Paulo. A prevalência do sexo masculino ocorre em todos os tipos de usuários. Entre os ciclistas, eles representam 98,1% dos mortos. O percentual também é alto entre motociclistas, com 92,9%. Entre motoristas e passageiros, a taxa de homens mortos é 80,6%.
No caso das mortes por atropelamento, as mulheres representam 34,1% das vítimas, com um total de 184 registros, e os homens, 65,9% (356 óbitos).
A idade média das mortes no trânsito é 39 anos. Entre os motociclistas, a média é mais baixa, 29 anos, e entre pedestres, sobe para 50 anos.
Agência Brasil

quinta-feira, 7 de março de 2013

Violência não se resolve com mudança na legislação


Por Mário de Magalhães Papaterra Limongi*
A tragédia de Santa Maria traz à tona, mais uma vez, a questão da legislação penal brasileira. Tomados pela comoção, comunicadores praticamente exigem a prisão dos responsáveis e relembram que ninguém foi preso em outros casos que também comoveram a nação.

É natural que a morte de tantos jovens cause um desejo de punição, ainda que qualquer punição não seja proporcional à dor sentida pelos amigos e familiares dos rapazes e moças que perderam a vida quando pretendiam apenas se divertir.

Por mais doloroso que isto seja, a verdade é que, dentro do atual sistema, é pouquíssimo provável que, depois de longo processo, ocorra a prisão de qualquer um dos responsáveis pelo acontecido.

Ainda que se possa sustentar que se trata de dolo eventual, o fato é que, em hipóteses semelhantes (Bateau Mouche, shopping de Osasco, etc) as decisões judiciais foram pela ocorrência de crime culposo.
Aliás, as análises e opiniões sobre o sistema punitivo brasileiro vão de um extremo a outro.

Casos como o de Santa Maria fazem com que se diga que a nossa legislação, por ser excessivamente branda, incentiva a criminalidade, e pessoas perigosíssimas, que deveriam estar confinadas, estão em liberdade.

Há quem, no entanto, em posição diametralmente oposta, sustente que a nossa legislação penal se equivoca ao dar importância exagerada à pena de prisão que deveria ser restringida a pessoas efetivamente perigosas. De acordo com os que assim pensam, os nossos presídios estão repletos de pessoas que não ostentam periculosidade a quem seria mais eficaz a aplicação de penas alternativas, tais como a prestação de serviços à comunidade.

Penso que o grande equívoco é se imaginar que a legislação, que sempre pode ser melhorada, acabará com a violência e a sensação de impunidade.

De outro lado, importante desmentir certas afirmações que, tantas vezes repetidas, parecem verdades absolutas.

Assim é que não é verdade que pequenos delinquentes estejam cumprindo pena. Um ou outro caso excepcional, sempre apontado pela imprensa, pode ocorrer, mas, nem de longe, é a regra.

Como a nação tomou conhecimento no julgamento do mensalão, para que um réu primário cumpra pena em regime fechado, desde o início, é preciso que seja condenado à pena privativa de liberdade igual ou superior a oito anos o que, convenhamos, não é pouco. O não reincidente condenado a pena superior a quatro e que não exceda a oito pode cumpri-la em regime semiaberto e o condenado a pena igual ou inferior a quatro anos cumpre a pena, desde o início, em regime aberto.

Dando um exemplo que pode ser entendido pelo leigo, no caso de homicídio, o réu primário só cumprirá pena, desde o início, em regime fechado se for condenado pela prática de crime qualificado (as circunstâncias que qualificam o crime — motivação fútil ou torpe, emprego de meio cruel, etc.— são especificadas no Código Penal). Se o homicídio for simples, ou seja, sem nenhuma circunstância que o qualifique, a pena mínima prevista é de seis anos e o regime de cumprimento de pena será o semiaberto. Se, no entanto, for reconhecida uma circunstância que diminua a pena, tal como o fato de o réu ter agido sob o domínio de violenta emoção logo em seguida a injusta provocação da vítima, o réu poderá receber a pena de quatro anos de reclusão e cumpri-la em regime aberto. Portanto, é perfeitamente possível que alguém condenado à pena de quatro anos de reclusão por homicídio doloso jamais se recolha à prisão. Ora, se é possível que alguém condenado por homicídio doloso não cumpra a pena no sistema penitenciário, com mais razão em caso de crime culposo.

Assim, para que um homicida primário seja recolhido a regime fechado e passe a conviver com presos reincidentes e perigosos, é preciso que seja definitivamente condenado pela prática de homicídio qualificado. Ainda que se diga que o homicida possa ser um criminoso eventual, ninguém há de sustentar que não se trata de crime grave e que seu autor não deva ser minimamente punido.

Portanto, não é verdade que réus primários, que praticam crimes sem gravidade, estejam recolhidos ao sistema penitenciário ( a exceção fica por conta dos crimes de roubo, inegavelmente graves, em que os juízes são mais rigorosos na fixação do regime de cumprimento de pena até mesmo para o réu primário). A ideia, sempre divulgada, de que o réu pobre que furtou comida para os filhos vai para a cadeia simplesmente só ocorre em ficção. Para que um furtador cumpra pena privativa de liberdade, é preciso que seja reincidente, ou seja, é necessário que faça do furto seu meio de vida.

Como se vê, parece não proceder o argumento de que a legislação seja dura em excesso e que privilegie a pena privativa de liberdade.
Mesmo assim, não há como negar a superpopulação carcerária, o que indica que o sistema não é tão frágil como alguns imaginam.
O Estado não consegue acompanhar o aumento da população carcerária e as construções de presídio não acompanham a demanda.
Quem já teve oportunidade de visitar nossos presídios sabe que as condições dadas aos presos são péssimas, pelo que não é razoável se dizer que o criminoso não teme ser preso. Em verdade, quem delinque imagina que não será descoberto e punido. O que incentiva a criminalidade não é a suposta fragilidade da pena, mas a ideia de não receber qualquer punição.

Já estive dos dois lados.
Como promotor de Justiça do 1º Tribunal do Júri de São Paulo por nove anos, várias vezes me revoltei com a possibilidade de um homicida cumprir pena em regime aberto.

Como Secretário Adjunto de Segurança de 1999 a 2001 convivi com a superpopulação carcerária nos distritos policiais e considerava a possibilidade de que muitos pudessem estar em liberdade.

Na verdade, o problema é muito mais complexo e não se resolve simplesmente com a mudança da legislação penal.

Tragédias como a de Santa Maria só serão evitadas com um conjunto de medidas e com mudança geral de mentalidade.

Da mesma forma, a opção por uma legislação penal mais ou menos dura passa por uma discussão com toda a sociedade desde que não se tenha a ilusão de que a simples mudança de legislação seja a solução para acabar com a violência.

Mário de Magalhães Papaterra Limongi* é procurador de Justiça.
Revista Consultor Jurídico

Sobre o Blog

Este é um blog de ideias e notícias. Mas também de literatura, música, humor, boas histórias, bons personagens, boa comida e alguma memória. Este e um canal democrático e apartidário. Não se fundamenta em viés políticos, sejam direcionados para a Esquerda, Centro ou Direita.

Os conteúdos dos textos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores, e nem sempre traduzem com fidelidade a forma como o autor do blog interpreta aquele tema.

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