Comissão determina
prazo de 15 dias para que o governo brasileiro adote medidas urgentes. Houve 41
mortes em prisões maranhenses desde o início do ano
Blog
Dag Vulpi - A
Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), entidade da Organização dos
Estados Americanos (OEA), condenou o Brasil a adotar medidas urgentes para
diminuir a superlotação nos presídios do Maranhão. A medida cautelar, que o
órgão apenas concede em situações classificadas como “graves e urgentes”, foi
tomada na última segunda-feira e divulgada na noite de terça.
De acordo com
a decisão, assinada pela secretária executiva-adjunta do órgão, Elizabeth
Abi-Mershed, o Brasil tem 15 dias para apresentar um relatório à entidade
confirmando providências a serem adotadas para diminuir a superlotação dos
presídios do Estado. A CIDH também pede que órgãos do Poder Judiciário iniciem
um processo investigatório relacionado à superlotação e às dezenas de mortes
ocorridas nos presídios maranhenses neste ano. "As medidas buscam evitar
um dano irreparável e preservar o exercício dos direitos humanos", informa
a Comissão Interamericana de Direitos Humanos no documento.
Do início do
ano até dezembro foram registrados 41 homicídios nas cadeias do Maranhão. No
início de outubro, uma rebelião resultou na morte de nove detentos. Nesta
terça-feira, outra rebelião no Complexo Penitenciário de Pedrinhas terminou em
outras quatro mortes. Três presos foram decaptados.
No documento,
a Comissão Interamericana de Direitos Humanos ainda suspeita da capacidade do
governo do Estado do Maranhão de evitar novas mortes e reduzir a superlotação
no CPP. Segundo investigações do Ministério Público do Maranhão (MPMA), somente
o Complexo de Pedrinhas tem dois mil presos acima de sua capacidade. Ainda
conforme a CIDH, apesar de o Estado ter decretado situação de emergência no
sistema prisional em outubro, “novos atos de violência” ocorreram após as
medidas emergenciais anunciadas pelo executivo.
Diante dos
problemas nos presídios maranhenses, o Ministério Público Federal (MPF)
ingressou com uma ação de intervenção federal no Supremo Tribunal Federal
(STF). O caso ainda não tem data para ser julgado.
O governo do
Maranhão afirma que para melhorar o sistema penitenciário local investirá R$ 53
milhões, fruto de um empréstimo com o Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES).
Do Ultimo Segundo
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua visita foi muito importante. Faça um comentário que terei prazaer em responde-lo!
Abração
Dag Vulpi