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sábado, 15 de dezembro de 2012

AP 470 Leia o voto de Gilmar Mendes sobre perda de mandato

Por Elton Bezerra
O site do Supremo Tribunal Federal divulgou nesta sexta-feira (14/12) o voto do ministro Gilmar Mendes sobre a perda de mandato dos deputados condenados na Ação Penal 470, o processo do mensalão. Na segunda-feira (10/12), houve quatro votos favoráveis à tese de que cabe ao STF determinar a perda do mandato e quatro pela competência da Câmara dos Deputados. Falta apenas o voto do ministro Celso de Mello para o ponto final na questão.

sábado, 22 de setembro de 2012

Kassab acusa PT de 'explorar tragédia' em favela

Ação do partido é uma "tentativa de tumultuar", disse atual prefeito de São Paulo

Um dia após o confronto entre a Guarda Civil Metropolitana (GCM) e moradores da Favela do Moinho, o prefeito Gilberto Kassab (PSD) acusou o PT de "explorar eleitoralmente a tragédia" e disse que a ação do partido é uma "tentativa de tumultuar". O prefeito também negou que a GCM tenha sido truculenta. O conflito deixou nove pessoas feridas: três guardas e seis moradores, um deles baleado na perna. 


"Estão usando as pessoas simples, com dificuldades na vida, para que com essa utilização haja exploração eleitoral. O PT à frente", disse Kassab, durante evento no Anhembi. O prefeito afirmou ainda que o tráfico e o PT impedem a ação do poder público na favela. E criticou a atuação do senador Eduardo Suplicy (PT), que foi ao local anteontem. "No primeiro incêndio (em dezembro), ele fez de tudo para que os moradores continuassem debaixo do viaduto, todos sabem, tanto é que continuaram."

Kassab ressaltou ter distribuído bolsa-aluguel para os desabrigados da favela e defendeu a ação da Guarda Civil Metropolitana. "A GCM não atira com bala de borracha", disse, questionado os relatos de moradores que dizem ter sido agredidos. 


Os moradores do Moinho negam o viés político e dizem que não foram atendidos pela Prefeitura. "Em nove meses (desde o primeiro incêndio), eles (os agentes públicos) não fizeram nada, tanto que tem gente que mora em barraca improvisada", afirmou a líder comunitária Alessandra Moja Cunha, de 28 anos. 


Procurado, o senador Suplicy disse que foi ao local em dezembro e voltou anteontem a convite dos moradores. E diz ter visto pelo menos sete atingidos por balas de borracha. "Tentar me transformar em responsável pelos abusos das autoridades é virar coisas de cabeça para baixo."


Propaganda
O candidato do PT à Prefeitura, Fernando Haddad, gravou cenas para a propaganda eleitoral de TV na Favela do Moinho, que foram exibidas na sexta-feira. A campanha de Haddad diz que ele esteve na favela, na quarta de manhã, para prestar solidariedade às famílias. "A gravação foi feita porque a Favela do Moinho é um exemplo da ausência de política habitacional do prefeito Gilberto Kassab", disse o vereador José Américo Dias, coordenador de Comunicação de Haddad. "A política habitacional da Prefeitura, hoje, é o bolsa-aluguel."


Dias rebateu Kassab e ressaltou que ele "fala absurdos" quando sustenta que o PT quer fazer uso político da tragédia. "O problema do Kassab é a resistência que ele tem ao programa Minha Casa, Minha Vida para até 3 salários." O presidente do PT municipal, Antonio Donato, afirmou, em nota, que ao acusar o partido de exploração política, Kassab tenta "encobrir a maneira covarde como sua guarda vem tratando a população mais pobre".

Revisor e relator divergem em temas centrais do mensalão como o conceito de lavagem de dinheiro

Um dos pontos de divergência é sobre o crime de lavagem de dinheiro, questão central por envolver os 13 réus cujas condutas são analisadas agora pelo STF

Supremo Tribunal Federal (STF) entra no vigésimo sétimo dia de julgamento da Ação Penal 470 na próxima segunda-feira (24), com a continuação do voto do revisor, Ricardo Lewandowski, sobre os pagamentos a parlamentares entre 2003 e 2004.

Embora seu voto ainda esteja no começo, Lewandowski, na sessão de quinta-feira (20), já mostrou discordar da versão apresentada pelo relator Joaquim Barbosa, que condenou 12 réus desta etapa, entre eles sete parlamentares. Um dos pontos de divergência é sobre o crime de lavagem de dinheiro, questão central por envolver os 13 réus cujas condutas são analisadas agora pelo STF.

Enquanto o relator defende que os parlamentares lavaram dinheiro ao receber em espécie ou ao mandar terceiros sacarem na boca do caixa, Lewandowski acredita que a dissimulação faz parte do próprio ato de corrupção. Para o revisor, se o parlamentar não sabia do caminho sujo do dinheiro até chegar a suas mãos, ele não pode ser condenado por lavagem.

Outro ponto de discordância é o motivo do recebimento da verba pelos parlamentares. Enquanto Joaquim Barbosa corrobora a tese do Ministério Público, afirmando que o pagamento era para compra de apoio político para o governo, Lewandowski disse, na última sessão, que o dinheiro se destinava ao pagamento de dívidas de campanha, aproximando-se da tese dos advogados.

Houve um acordo entre partidos para financiamento de campanhas, os representantes dos diversos partidos telefonaram para o partido que financiava essas campanhas e disseram ‘Olha, vai e recebe dinheiro no banco tal’, e essas pessoas mandam um intermediário que assina um recibo e a pessoa, em princípio, não sabe se o dinheiro veio da SMP&B [empresa de Marcos Valério], do próprio banco ou de uma empresa qualquer”, disse Lewandowski.

Logo após a sessão, ao falar com jornalistas, o revisor deu uma nova versão sobre o destino dos recursos e disse que não vai detalhar em seu voto qual o objetivo do pagamento a parlamentares porque “não há necessidade de entrar nesse tipo de elocubração”. Para Lewandowski, a corrupção já fica configurada se o político aceitar receber vantagem, independentemente do motivo que levou o corruptor a oferecer dinheiro.

Até agora, Lewandowski absolveu o deputado federal Pedro Henry (PP-MT) de todos os crimes e o ex-deputado federal e ex-presidente do PP Pedro Corrêa, do crime de lavagem de dinheiro. Ele continuará seu voto nesta segunda analisando as acusações sobre o réu João Cláudio Genu, assessor do PP na época dos fatos, e os réus Breno Fischberg e Enivaldo Quadrado, da corretora Bônus Banval. Em seguida, falará sobre os réus do PL (atual PR), PTB e PMDB.

Confira placar parcial da primeira parte do Capítulo 6 – corrupção passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro entre os partidos da base aliada do governo:
1) Núcleo PP

a) Pedro Corrêa
- corrupção passiva: 2 votos pela condenação
- lavagem de dinheiro: empate de 1 a 1
- formação de quadrilha: 1 voto pela condenação

b) Pedro Henry
- corrupção passiva: 1 voto a 1
- lavagem de dinheiro: 1 voto a 1
- formação de quadrilha: 1 voto a 1

c) João Cláudio Genu
- corrupção passiva: 1 voto pela condenação
- lavagem de dinheiro: 1 voto pela condenação
- formação de quadrilha: 1 voto pela condenação

d) Enivaldo Quadrado
- lavagem de dinheiro: 1 voto pela condenação
- formação de quadrilha: 1 voto pela condenação

e) Breno Fischberg
- lavagem de dinheiro: 1 voto pela condenação
- formação de quadrilha: 1 voto pela condenação
2) Núcleo PL (atual PR)

a) Valdemar Costa Neto
- corrupção passiva: 1 voto pela condenação
- lavagem de dinheiro: 1 voto pela condenação
- formação de quadrilha: 1 voto pela condenação

b) Jacinto Lamas
- corrupção passiva: 1 voto pela condenação
- lavagem de dinheiro: 1 voto pela condenação
- formação de quadrilha: 1 voto pela condenação

c) Antônio Lamas
- lavagem de dinheiro: 1 voto pela absolvição
- formação de quadrilha: 1 voto pela absolvição

d) Bispo Rodrigues
- corrupção passiva: 1 voto pela condenação
- lavagem de dinheiro: 1 voto pela condenação
3) Núcleo PTB

a) Roberto Jefferson
- corrupção passiva: 1 voto pela condenação
- lavagem de dinheiro: 1 voto pela condenação

b)Emerson Palmieri
- corrupção passiva: 1 voto pela condenação
- lavagem de dinheiro: 1 voto pela condenação

c) Romeu Queiroz
- corrupção passiva: 1 voto pela condenação
- lavagem de dinheiro: 1 voto pela condenação
4) Núcleo PMDB

a) José Rodrigues Borba
- corrupção passiva: 1 voto pela condenação
- lavagem de dinheiro: 1 voto pela condenação
Fonte: Agência Estado 

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Projeto regulamenta aquisição e circulação de armas de fogo no País


A proposta, que revoga o Estatuto do Desarmamento, já causa polêmica.

A Câmara analisa o Projeto de Lei 3722/12, do deputado Rogério Peninha Mendonça (PMDB-SC), que regulamenta a aquisição e circulação de armas de fogo e munições no País. A proposta revoga o Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/03), que restringe a comercialização de armas e proíbe o porte, com exceções, e pretende instituir o “Estatuto da Regulamentação das Armas de Fogo”.

"Estatuto do Desarmamento não
reduziu a criminalidade" Mendonça. 
“Hoje a regra é praticamente a proibição da posse e do porte de armas; pelo meu projeto de lei, a regra passa ser a permissão”, explica o autor. “O cidadão de bem tem o direito de ter sua arma para se defender mediante critérios técnicos bem definidos, por exemplo, o exame psicotécnico”, argumenta.

Pela proposta, para comprar uma arma de fogo, o interessado deverá ter no mínimo 21 anos e deverá apresentar documento de identidade, Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), comprovantes de residência e de ocupação lícita. Ele não poderá possuir antecedentes criminais ou estar sendo investigado em inquérito policial por crime doloso contra a vida ou mediante qualquer forma de violência. Ele deverá ainda ter feito curso básico de manuseio de arma e iniciação ao tiro. Além disso, deverá estar em pleno gozo das faculdades mentais, comprovado por atestado expedido por profissional habilitado.

Rogério Mendonça afirma que o projeto atende ao referendo de 2005, quando 60 milhões de eleitores, ou seja, mais de 60% deles, rejeitaram a ideia de se extinguir o comércio de armas e munições no Brasil. Segundo ele, com o Estatuto do Desarmamento, houve redução drástica no número de estabelecimentos no País que vendem armas – de cerca de 2.400 existentes em 2000 passou-se para cerca de 200 –, mas isso não contribuiu para a redução da criminalidade. “Em 20 dos 27 estados da Federação houve aumento da criminalidade”, aponta.

O Ministério da Justiça informa, porém, que após a primeira Campanha de Desarmamento, em 2004, o número de mortes por armas de fogo caiu 11%. O governo é contrário à proposta.

sábado, 21 de julho de 2012

Ameaças ao Tortura Nunca Mais são repudiadas pela Secretaria de Direitos Humanos


A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República divulgou nota de repúdio contra as ameaças anônimas recebidas pelo Grupo Tortura Nunca Mais. A pasta solicitou que a Polícia Federal acompanhe as investigações e a ocorrência da invasão da sede da entidade no Rio de Janeiro.
Para a ministra Maria do Rosário, “diante dos fatos ocorridos, consideramos inaceitável o ataque a uma entidade que realiza um trabalho fundamental na defesa dos direitos humanos (...) Mais grave se torna o fato diante da dedicação do Grupo Tortura Nunca Mais à democracia e à recuperação histórica dos fatos ocorridos no Brasil durante a ditadura militar (1964-1985), e no combate à tortura nos dias de hoje”.
De acordo com o Grupo Tortura Nunca Mais, a entidade recebeu, no dia 11 de julho, ameaças por telefonema anônimo. Ontem, dia 19 de julho, a sede do grupo foi invadida e foram furtados R$ 1,5 mil, além documentos de atendimento psicológico de vítimas de tortura policial e de defensores de direitos humanos. O grupo disse que arquivos da entidade também foram revirados e que o computador estava ligado.
O Grupo Tortura Nunca Mais foi fundado em 1985 por iniciativa de ex-presos políticos que viveram situações de tortura durante o regime militar e por parentes de mortos e desaparecidos políticos. Atualmente trabalha pela efetivação da Comissão Nacional da Verdade, pela abertura dos arquivos da ditadura militar, e pelo cumprimento da sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos no Caso Araguaia.

domingo, 8 de julho de 2012

Computadores infectados em todo o mundo serão desligados da internet nesta segunda-feira; 6 mil serão afetados no Brasil


O FBI (Escritório Federal de Investigação, na tradução livre), a Polícia Federal norte-americana, irá desconectar da internet computadores que foram infectados com o vírus DNSChanger (em tradução livre: trocador de DNS) nesta segunda-feira (9). Com a medida, milhares de pessoas podem ficar sem acesso à internet. O número é estimado em 350 mil.
O Brasil é o décimo terceiro país com máquinas infectadas, com 6.074 no total. Em primeiro lugar, vem os Estados Unidos, com 69.517, seguido da Itália, com 26.494. Os dados são do site www.dcwg.org, um grupo de trabalho que tem procurado alertar as pessoas do problema e é citado pelo FBI em seu comunicado.
O desligamento dos computadores acontece após decisão da Justiça e por causa do DNSChanger. A solução é temporária e permitirá que as vítimas de computadores afetados pelo vírus providenciem a limpeza dos seus computadores e restaurem a configuração normal do DNS de sua máquina.
O vírus de computador foi criado para direcionar os internautas para páginas falsas no lugar das verdadeiras na internet. O FBI conseguiu prender fraudadores por esse tipo de crime, mas as máquinas foram mantidas ativas por um tempo para não prejudicar as pessoas e serão desligadas amanhã.  
O DNS (Domain Name System, Serviço de Nomes de Domínio em português) é importante porque funciona como um tradutor para a comunicação em rede de computadores. Na rede, cada endereço representa um conjunto de números que permitem que os computadores estabeleçam uma comunicação entre si.
Ou seja, quando as pessoas digitam um endereço como o de um banco, o DNS interpreta o link como um conjuntos de números conhecidos como IP (Internet Protocol) para transmitir os dados para as máquinas. Isso evita também que as pessoas tenham que ficar decorando grupos de números, muito mais complicados do que palavras e siglas.
Por outro lado, entre os computadores, os números facilitam a comunicação e agregam várias informações, como localização, rede, entre outras coisas. Por exemplo, se o primeiro conjunto de números for 200, significa que a máquina está no Brasil.
Várias medidas vêm sendo tomadas por provedores de acesso à internet. Sites e redes sociais também têm procurado alertar os internautas sobre o problema.
Consultado pela Agência Brasil, o Google confirmou que a empresa tem enviado alerta às pessoas do mundo todo sobre o "cavalo de troia" DNSChanger. Sempre que alguém realizar uma pesquisa no site, automaticamente, recebe a informação do risco, informou o Google.
Existem vários endereços na internet de empresas de segurança que permitem o internauta fazer o teste para verificar se corre o risco de ser direcionado para páginas falsa na internet por meio do DNSChanger.
O FBI indica o próprio  www.dcwg.org como alternativa. Outro link divulgado pelo órgão de segurança dos Estados Unidos é o https://forms.fbi.gov/check-to-see-if-your-computer-is-using-rogue-DNS . Caso encontre problemas, o usuário do computador deve procurar a empresa que fornece o serviço de acesso para receber orientações.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Força Nacional de Segurança é autorizada a atuar no Amazonas, Rio Grande do Norte e Tocantins


O Ministério da Justiça  autorizou o emprego da Força Nacional de Segurança Pública no Amazonas,  Rio Grande do Norte e Tocantins, para prestar apoio técnico e operacional em aviação policial. A autorização foi feita pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, segundo portaria publicada hoje (2) no Diário Oficial da União.
A Força Nacional irá aos estados para fazer a capacitação de profissionais de segurança pública em operação de aeronaves e radiopatrulhamento aéreo, para combate a incêndios, auxílio em catástrofes, resgate de vítimas, transporte médico e de autoridades.
As atividades estão previstas para durar 120 dias, mas podem ser prorrogadas segundo determinação do ministério.
por Carolina Sarres Repórter da Agência Brasil

sábado, 30 de junho de 2012

Documentos sigilosos das Forças Armadas serão abertos ao público


Brasília – Documentos sigilosos produzidos ou acumulados entre 1946 a 1991 pelo extinto Estado-Maior das Forças Armadas (Emfa) serão abertos ao público em agosto. Eles fazem parte do arquivo do Ministério da Defesa e serão encaminhados ao Arquivo Nacional após análise.
De acordo com o Ministério da Defesa, o levantamento da documentação atende à Lei de Acesso à Informação, que entrou em vigor em maio. O acervo inclui ofícios, memorandos e mensagens trocadas por autoridades militares e civis do governo brasileiro, relatórios sobre a conjuntura política nacional e internacional e correspondências trocadas entre integrantes do governo e representantes de outros países.
O ministério informou que um grupo de trabalho vai fazer a análise, o inventário e o recolhimento do acervo ao Arquivo Nacional. O material também será digitalizado. Os documentos vão estar disponíveis para consulta pública após o prazo legal de 30 dias, contados a partir da próxima segunda-feira (2).
O acervo está organizado em 37 volumes encadernados classificados como sigilosos, recebidos ou produzidos no Emfa, extinto em 1999, após a criação do Ministério da Defesa. Há também 52 volumes de boletins reservados.
A existência dos documentos sigilosos foi informada à comissão e ao Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, no último dia 8 pelo ministro da Defesa, Celso Amorim. Dias antes, Amorim participou da reunião da Comissão Nacional da Verdade e disse que o ministério repassaria todas as informações que forem requisitadas pela comissão, inclusive arquivos dos centros de informações do Exército (CIE), da Marinha (Cenimar) e da Aeronáutica (Cisa).
Por Daniella Jinkings Repórter da Agência Brasil

sexta-feira, 29 de junho de 2012

ES gastou em 4 anos R$ 453 milhões para construir presídios


Para o relator da Comissão de estudos sobre drogas, deputado federal Givaldo Carimbão (PSB-AL), o ES não faz um trabalho eficaz de combate às drogas e à criminalidade no estado. De acordo com o deputado, o estado possui três vezes mais presos do que a média nacional.

De acordo com Carimbão, o ES gastou entre 2006 e 2010, R$ 453 milhões na construção de presídios no estado, um valor muito acima do investido por outros estado. 

Para o parlamentar, esse dinheiro deveria ter sido empregado em ações de prevenção e acolhimento de usuários de drogas, já que "80% dos presos são usuários". 

Apesar do alto investimento - feito no segundo mandato do governo Paulo Hartung (PMDB) - o ES é um dos mais violentos do país, já tendo inclusive sido denunciado por organismos internacionais de direitos humanos. 

"O ES tem hoje 14 mil presos e possui 3,5 milhões de habitantes. Essa proporção é assustadora e muito acima da média nacional. O estado gastou muito para construir cadeias. se você revertesse isso em investimentos em escolas, em prevenção e acolhimento de dependentes químicos, porque 80% desses presos são usuários de drogas, você teria um resultado muito mais importante num futuro próximo. Existe metodologia muito mais eficiente e mais barata para tratar o problema. O ES gastou e não resolveu o problema", disse o deputado. 

Carimbão diz que o ES gasta em média R$ 35 milhões por mês para manter seus presos, e ao mesmo tempo vê uma explosão de violência nas três principais cidades do estado: Vitória, Serra e Cariacica. 

O relator está articulando, ao lado do presidente da Comissão, o deputado capixaba Dr. Jorge Silva (PDT), uma reunião com o governador Casagrande para mostrar os estudos sobre o aumento da violência e da população carcerária no estado. 

"É um absurdo economicamente falando o dinheiro que estado gasta sem obter resultados. Se pegar a força de outros programas de prevenção, de reinserção social, de acolhimento, teríamos uma diminuição desse índices. Eu estou marcando uma conversa com o governador Casagrande depois desses estudos que fiz sobre o ES. Quero contribuir e, ao lado do Dr. Jorge agora como presidente da Comissão, ficará mais fácil", disse. Fonte www.agenciacongresso.com.br

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Plano Nuclear do Brasil - Especialista da USP faz duras criticas.

 Postagem Dag Vulpi 22/04/2011 16:32
 O Brasil possui duas usinas nucleares em operação, Angra 1 e Angra 2, ambas no município fluminense de angra dos Reis. Foto: AFP Atualmente o País possui duas usinas nucleares em operação, ambas localizadas em Angra dos Reis (RJ) - Foto: AFP

Angela Joenck
A polêmica sobre usinas nucleares que se instalou mundialmente após os incidentes que provocaram vazamento radiativo em Fukushima, no Japão, também atingiu o programa nuclear brasileiro. Enquanto o presidente da Associação Brasileira de Energia Nuclear (Aben), Edson Kuramoto, defende a manutenção dos planos de expansão, grupos ambientais, como o Greenpeace, e especialistas na área criticam duramente o projeto.

Em entrevista exclusiva ao Terra, o professor Ildo Luís Sauer, doutor em engenharia nuclear pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Energia da Universidade de São Paulo (USP), vai além do discurso imediato dos riscos de acidente. O especialista aponta problemas que considera "heranças difíceis" caso o País leve adiante a ideia de construir mais quatro usinas até 2030 - além de Angra 3, no Rio de Janeiro, que está sendo terminada.

"O Brasil tem recursos naturais que interferem menos com a biosfera. São do ciclo hidrológico e do ciclo eólico, da própria biomassa, que deixam menos impactos que qualquer um dos outros. A energia nuclear deixa dentro da terra, em algum lugar, um material perigoso, que sujeito a outras atividades naturais, como terremotos, tsunamis e mudanças no equilíbrio geológico, exige cuidados de 300 a 2.000 mil anos. São heranças difíceis", diz Sauer.

O pesquisador concluiu a pouco um estudo em que tenta provar que o País é capaz de atender à demanda futura sem a necessidade das novas usinas nucleares. "A população brasileira, segundo o IBGE, vai se estabilizar em 2043, chegando próximo aos 220 milhões de habitantes. Se nós formos dobrar o consumo per capita de energia de hoje, de 2,5 mil quilowatts/hora por ano, para 5 mil, nós podemos produzir toda a demanda de energia combinando a apropriação de 50% do potencial eólico hoje existente no Brasil e 70% do potencial hidráulico, com alguma complementação térmica nos períodos hidrológicos críticos, para diminuir o custo. Então o Brasil tem essa capacidade", afirma.

Segundo ele, a queda de custos também seria expressiva - uma economia de metade do capital. "Nosso estudo mostra que o custo da energia eólica já é competitivo com o da nuclear e tende a cair à medida que a escala aumenta. Eu proponho a retirada das quatro usinas nucleares previstas, além de Angra 3. Elas vão custar R$ 40 bilhões só de capital direto, mais o custo do combustível, o custo da operação, de cuidar delas no futuro, daqui uns 30 ou 40 anos, além de cuidar dos dejetos por 300 anos com muita cautela e por mais 2.000 anos com  cuidados menores. Nós temos contas mostrando que essa mesma energia de Angra 3, mais os quatro novos reatores, podem ser produzidas custando apenas R$ 20 bilhões de capital, em uma combinação de recursos", diz o professor. 

Reatores úteis 
Mesmo com críticas ao programa nuclear brasileiro, Sauer aponta que este tipo de investimento seria útil à população, contanto que seja repensado. Ele defende a construção do reator previsto para a cidade de Iperó (SP), se este for utilizado para pesquisas, e mais um para atender a necessidade de radiodiagnóstico da população.

"Eu proponho montar o reator que está projetado para Iperó, e que ele seja operado experimentalmente, para consolidar tecnologia nuclear segura com resfriamento do reator, sem bombas, só com confecção natural, e que outro reator de alto fluxo seja feito e dedicado para produzir condições de pesquisa de novos materiais, pesquisa na biologia, agricultura e, acima de tudo, produzir radioisótopos para diagnóstico, que hoje são importados e acessíveis só à elite brasileira. Dá pra popularizar isso e atender todo o SUS com apenas um reator de pesquisa. Se a gente quiser mudar a estratégia, vamos poupar R$ 20 bilhões, produzir a mesma energia e não teremos como herança aquela carga de material radioativo a exigir cuidados por séculos e até milênios", alerta o pesquisador, que acredita que o reator custaria menos de R$ 1 bilhão de reais.

Segundo o especialista, tais reatores seriam pequenos e não representariam risco significativo, comparado com os que estão nos projetos do governo federal. "Esses reatores menores trazem benefícios, os outros só trazem problemas: custos incrementais e heranças a deixar para as próximas gerações, de forma que o governo brasileiro foi, no mundo, um daqueles que menos se dispôs a rever os planos futuros, ainda mais agora, frente ao caso de Fukushima". 

Segurança 
Após o acidente acontecido no Japão, a Eletronuclear - estatal responsável pelas operações de Angra 1 e 2 - anunciou que estuda construir uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH) nas imediações das usinas. A PCH tem como objetivo manter o sistema de refrigeração das centrais nucleares em caso de acidente e poderá ter no máximo 30 megawatts (MW). Duas opções de local são consideradas para a construção da usina: o rio de Mambucaba e o rio Bracuhy.

Durante a audiência pública sobre a segurança das usinas de Angra dos Reis, o presidente da Aben ressaltou a importância da energia nuclear para o desenvolvimento do Brasil e afirmou que a opção de energia hidráulica é limitada e que estará esgotada a partir de 2025. Disse ainda que as usinas nucleares deveriam ser tratadas como alternativas estratégicas. As afirmações foram recebidas com questionamentos da comunidade científica.

"O governo Lula ficou anos e anos na dúvida sobre isso, e no seu acaso, resolveu anunciar esses cinco projetos nucleares, ressuscitando um contrato de construção de uma usina da década de 70, ao invés de fazer uma nova licitação, por exemplo. Isso foi só para atender à pressão e ao interesse da construtora que ganhou aquele contrato que estava inteiramente superado. O projeto tem que ser alterado", diz o professor da USP. O especialista ainda afirma que, no caso brasileiro, praticamente um terço das usinas nucleares ¿não podem nem devem ser feitas, por razões de custos, por razões sociais e por razões ambientais".

"Hoje nós conhecemos 143 mil megawatts de energia eólica por fazer e 150 mil de hidráulica. Nem todas serão feitas, e as eólicas são muito pouco estudadas no País. Aqui no Brasil, o custo no último leilão, em 2009, foi muito baixo, o que permitiria dizer que a energia eólica é mais barata que a nuclear e que coloca ainda mais na berlinda a decisão de fazer Angra 3 e mais quatro usinas. Isso deixou insustentável o discurso dos dois ministros responsáveis pelo assunto. Estamos às raias da inconsequência", completou.

Procurado pela reportagem do Terra, o Ministério das Minas e Energia não respondeu às perguntas feitas, alegando estar sem porta-voz. 

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Este é um blog de ideias e notícias. Mas também de literatura, música, humor, boas histórias, bons personagens, boa comida e alguma memória. Este e um canal democrático e apartidário. Não se fundamenta em viés políticos, sejam direcionados para a Esquerda, Centro ou Direita.

Os conteúdos dos textos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores, e nem sempre traduzem com fidelidade a forma como o autor do blog interpreta aquele tema.

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