Para o relator da Comissão de estudos sobre drogas, deputado federal
Givaldo Carimbão (PSB-AL), o ES não faz um trabalho eficaz de combate às drogas
e à criminalidade no estado. De acordo com o deputado, o estado possui três
vezes mais presos do que a média nacional.
De acordo com Carimbão, o ES gastou entre 2006 e 2010, R$ 453 milhões na construção de presídios no estado, um valor muito acima do investido por outros estado.
Para o parlamentar, esse dinheiro deveria ter sido empregado em ações de prevenção e acolhimento de usuários de drogas, já que "80% dos presos são usuários".
Apesar do alto investimento - feito no segundo mandato do governo Paulo Hartung (PMDB) - o ES é um dos mais violentos do país, já tendo inclusive sido denunciado por organismos internacionais de direitos humanos.
"O ES tem hoje 14 mil presos e possui 3,5 milhões de habitantes. Essa proporção é assustadora e muito acima da média nacional. O estado gastou muito para construir cadeias. se você revertesse isso em investimentos em escolas, em prevenção e acolhimento de dependentes químicos, porque 80% desses presos são usuários de drogas, você teria um resultado muito mais importante num futuro próximo. Existe metodologia muito mais eficiente e mais barata para tratar o problema. O ES gastou e não resolveu o problema", disse o deputado.
Carimbão diz que o ES gasta em média R$ 35 milhões por mês para manter seus presos, e ao mesmo tempo vê uma explosão de violência nas três principais cidades do estado: Vitória, Serra e Cariacica.
O relator está articulando, ao lado do presidente da Comissão, o deputado capixaba Dr. Jorge Silva (PDT), uma reunião com o governador Casagrande para mostrar os estudos sobre o aumento da violência e da população carcerária no estado.
"É um absurdo economicamente falando o dinheiro que estado gasta sem obter resultados. Se pegar a força de outros programas de prevenção, de reinserção social, de acolhimento, teríamos uma diminuição desse índices. Eu estou marcando uma conversa com o governador Casagrande depois desses estudos que fiz sobre o ES. Quero contribuir e, ao lado do Dr. Jorge agora como presidente da Comissão, ficará mais fácil", disse. Fonte www.agenciacongresso.com.br
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