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terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Programa piloto cubano pretende conectar 2 mil casas à internet


Agência Xinhua

A empresa estatal cubana de telecomunicações Etecsa anunciou nessa segunda-feira (19) que lançará um programa piloto para conectar 2 mil casas na capital, Havana, à internet. A informação é da Agência Xinhua, da China.
Até agora, o acesso à internet em casa era um luxo concedido apenas a funcionários superiores e profissionais como médicos, jornalistas e acadêmicos, principalmente devido à falta de infraestrutura, com a média de cubanos se conectando a hotspots Wi-Fi e cibercafés.

Ana Maria Mendez, funcionária da Etecsa, disse que nos próximos dias as residências selecionadas no bairro antigo da cidade serão ligadas, sem custo, para que os moradores possam se conectar de suas casas, de acordo com o site de notícias Cubadebate.

As residências foram escolhidas pelo acesso à infraestrutura já implantada pela Etecsa, disse ela. "Este programa piloto de acesso domiciliar à internet exige uma linha dedicada para cada cliente e tecnologia ADSL", acrescentou.

Os usuários terão acesso gratuito por mês e pagarão adicional de 1,50 CUC - a moeda cubana - (US$ 1,5) por hora, de acordo com a quantidade de uso de dados.

"Este programa permitirá à nossa empresa avaliar a possibilidade de expandir o serviço para outras áreas do país," disse Ana Maria.

Na semana passada, a Etecsa assinou acordo para acelerar o acesso local ao conteúdo online do Google.

A empresa cubana também informou ontem que está diminuindo o preço do acesso Wi-Fi de 2 CUC por hora para 1,5 CUC (US$ 1,5).

As sanções dos Estados Unidos contra Cuba obrigaram o país, durante anos, a se conectar à internet por satélite, o que era muito precário e limitou o serviço. Em 2013, a Venezuela ajudou a ilha a ter acesso à sua própria infraestrutura, colocando um cabo submarino de fibra óptica.

Washington oficialmente estreitou os laços com Havana em 2015, e as empresas de telecomunicações norte-americanas têm aproveitado a reaproximação para expandir seu mercado.

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Cinco cubanos




Os Cinco cubanos (Gerardo Hernández, Antonio Guerrero, Ramón Labañino, Fernando González, e René González) são cinco agentes de inteligência cubanos condenados em Miami de conspiração para espionar, conspiração para assassinar e outras acusações. Os cinco estavam nos Estados Unidos da América para observar e infiltrar grupos cubano-americanos de oposição ao regime de Fidel Castro (Alpha 66, os Commandos F4, a Fundação Nacional Cubanoamericana, e Brothers to the Rescue).

Em 24 de fevereiro de 1996 dois aviões do grupo Brothers to the Rescue foram derrubados pelas forças armadas de Cuba, matando os quatro tripulantes.

Gerardo Hernández foi condenado por conspiração para cometer homicídio por fornecer informações sobre os aviões que podem ter ajudado às forças armadas cubanas. A corte de apelações, entretanto, derrubou essa condenação afirmando que não há provas de que Hernández sabia que o avião seria derrubado em espaço aéreo internacional.

Cuba reconheceu que os cinco eram agentes de inteligência mas afirmou que eles estavam espionando somente os grupos terroristas de exilados cubanos, não o governo dos Estados Unidos. Cuba explicou que os homens foram enviados ao sul da Flórida após vários ataques terroristas a Havana supostamente planejados por Luis Posada Carriles, um terrorista e ex-agente da CIA, a partir dos Estados Unidos. Os cinco apelaram de suas condenações e a suposta ausência de imparcialidade em seus julgamentos recebeu muitas críticas internacionais. Um painel de três juízes na Corte de Apelações do 11º Circuito em Atlanta derrubou as condenações em 2005, citando preconceitos dos cubanos anti-castristas em Miami, mas o plenário da corte reverteu essa decisão. Em junho de 2009 a Suprema Corte dos Estados Unidos se recusou a revisar o caso. Em Cuba os cinco são vistos como heróis nacionais e são apontados como tendo sacrificado suas liberdades em defesa de seu país.

Rene Gonzalez foi liberto em outubro de 2011 sob condicional, tendo que permanecer nos Estados Unidos por três anos.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Embargo dos Estados Unidos a Cuba




Por Felipe Araújo

Conhecido em Cuba como "el bloqueo", o embargo dos Estados Unidos em relação a Cuba  consiste em uma interdição de caráter econômico, financeiro e comercial imposta pelos EUA ao governo cubano no ano de 1962. Posteriormente, o bloqueio tornou-se lei no começo dos anos 90.

O então presidente Bill Clinton, no ano de 1999, aumentou a proibição comercial entre as duas nações ao limitar as comercializações de filiais estrangeiras de empresas americanas com Cuba em setecentos milhões de dólares por ano. Com a ampliação do esquema de interdição, o embargo a Cuba é considerado um dos mais longos do mundo contemporâneo.

Porém, o embargo não impede completamente que os EUA relacionem-se com a economia cubana. A partir do ano de 2000, a exportação de alimentos norte americanos para Cuba teve autorização com a condição de que o pagamento fosse realizado sempre à vista, sendo que os produtos deveriam ser pagos antes que as embarcações saíssem dos portos dos Estados Unidos. Desta forma, os EUA tornaram-se o 7º exportador de produtos alimentícios para Cuba, levando-se em consideração a ajuda humanitária.

Na comunidade internacional, o embargo dos Estados Unidos a Cuba é um assunto bastante delicado e gera controvérsias, além de não ser apoiado pelas Nações Unidas. Em 2007, na Assembleia Geral das Nações Unidas, o embargo dos Estados Unidos a Cuba foi condenado pela décima sexta vez. Na ocasião, os países que se demonstraram favoráveis ao embargo foram os seguintes: EUA, Ilhas Marshall, Palau e Israel. Com este resultado, a Organização das Nações Unidas pediu pela "finalização do embargo financeiro, comercial e econômico dos EUA em relação a Cuba da forma mais rápida possível". Porém, apesar de influenciar a opinião pública em escala mundial, a proposta da ONU não pode ser legalmente imposta contra os Estados Unidos, tornando-se mais uma ação teórica e sem aplicação da ONU.

A interdição sofre críticas até mesmo dos que são contra o regime socialista cubano. Para eles, o embargo mais ajudou Fidel Castro do que qualquer outra coisa, pois lhe proporcionou uma desculpa para os reais problemas da ilha. Homens de negócios e empresários afirmam que, ao coibir as relações comercias entre Estados Unidos e Cuba, outros países podem levar vantagens caso o embargo seja suspenso, justamente por já conhecerem melhor o funcionamento da economia cubana . Outra razão alegada pelos contrários à medida é que, ao isolar Cuba, as relações dos EUA com as nações latino-americanas são prejudicadas, podendo endossar a criação de um bloco contra os Estados Unidos.

Invasão da Baía dos Porcos




Ofensiva dos EUA na invasão da Baía dos Porcos

Por Tales Pinto

O episódio da invasão da Baía dos Porcos por tropas treinadas pela CIA deteriorou as relações com Cuba, além de ter sido um fracasso militar dos EUA.

A invasão da Baía dos Porcos foi um dos eventos da Revolução Cubana que intensificaram a hostilidade entre EUA e o novo governo da ilha caribenha. A invasão da ilha cubana por tropas comandadas pelo governo dos EUA foi uma tentativa de desestabilizar o regime recém-instaurado por Fidel Castro, tentando garantir os interesses financeiros dos estadunidenses na ilha.

Em janeiro de 1959, os revolucionários cubanos puseram fim à ditadura de Fulgêncio Batista, governo que era apoiado pelos EUA, dando início a um regime de caráter nacionalista e anti-imperialista. Essa orientação política e econômica resultou na tomada de terras de proprietários estadunidenses na ilha e na animosidade diplomática entre os dois países. O governo de Fidel Castro havia expropriado terras e empresas de investidores dos EUA, com o objetivo de orientar a utilização desses meios de produção em um sentido que beneficiasse o interesse do novo Estado e da população cubana. No âmbito político, os revoltosos cubanos ensaiavam uma aproximação com a URSS.

Frente a essas situações, o presidente dos EUA, John F. Kennedy, adotou um plano de desestabilização do regime criado pela Central Intelligence Agency (CIA) no governo de seu antecessor Dwight David Eisenhower. O plano consistia na invasão da ilha por tropas de mercenários e também de dissidentes cubanos que haviam emigrado para Miami após a queda de Batista.

Porém, a tentativa foi frustrada. Uma tentativa inicial de ataque aconteceu em 15 de abril de 1961, com dois aviões camuflados com as cores da bandeira cubana, bombardeando a força aérea de Fidel. Esse ataque não conseguiu êxito, sendo que um avião foi derrubado e um segundo voltou a Miami com vários tiros feitos pelas forças de defesa cubana.

A segunda ação ocorreu no dia 17 de abril de 1961 com a invasão de duas praias da Baía dos Porcos, Playa Larga e Girón. As tropas especiais formadas pelo governo dos EUA, treinadas desde os últimos meses do governo de Eisenhower e compostas por mais de mil combatentes, foram contidas pelas tropas cubanas em menos de 72 horas de combate. Cerca de 20 mil cubanos cercaram os invasores, após algumas perdas, infligindo um grande revés ao presidente Kennedy, que havia autorizado o ataque.

O evento criou as condições para a definitiva aproximação entre Cuba e a URSS, que iria perdurar por trinta anos. Os cubanos passaram a adotar o modelo soviético de organização socioeconômica, baseado na propriedade estatal dos meios de produção e na dominação política pelo Partido Comunista Cubano. A relação entre EUA e Cuba iria se deteriorar mais ainda no ano seguinte, quando os soviéticos encaminharam à ilha alguns mísseis capazes de transportar ogivas nucleares, no evento conhecido como Crise dos Mísseis. Em meio a essa situação, Cuba foi expulsa da Organização dos Estados Americanos (OEA), sendo que o governo dos EUA iniciou um embargo econômico à ilha, vigente até o início da segunda década do século XXI.

* Crédito da Imagem: acervo.oglobo.globo.com

*Tales Pinto - Graduado em História

Revolução Cubana




Por Rainer Sousa*
Desde o seu processo de independência, a ilha de Cuba viveu sérios problemas políticos decorrentes da instalação de governos ditatoriais e a intervenção norte-americana no país. No ano de 1901, quando os cubanos estabeleciam sua primeira carta constitucional, os Estados Unidos promoveram uma ação interventora com a criação da chamada Emenda Platt. Segundo o acordado, esse dispositivo jurídico garantiria aos norte-americanos o direito de interceder nas questões políticas cubanas.

De fato, em várias ocasiões os Estados Unidos realizaram invasões militares que pretendiam garantir a hegemonia do “Tio Sam” na região. Na década de 1950, a penosa situação social e econômica do país foi agravada com a instalação do regime golpista imposto pelo general Fulgêncio Batista (1901 – 1973). Em meio aos desmandos e a subserviência desse governo, um movimento de oposição armada ganhava força dentro de Cuba.

Organizando diversos focos de guerrilha, os combatentes liderados por Ernesto Che Guevara, Fidel Castro e Camilo Cienfuegos conseguiu bater as forças ditatoriais. Acuado pelo movimento revolucionário, Fulgêncio se refugiou na República Dominicana enquanto seus aliados eram fuzilados pelos guerrilheiros. Em janeiro de 1959, Fidel Castro foi aclamado como primeiro-ministro de Cuba e adotou medidas que contrariavam os interesses norte-americanos.

Entre outras ações, o governo revolucionário realizou a nacionalização das refinarias de açúcar, promoveu a reforma agrária e estatizou todo restante do setor industrial controlado pelos Estados Unidos. Inicialmente, os revolucionários tendiam a seguir uma linha política independente da ordem bipolar instalada após a Segunda Guerra Mundial. Contudo, as pressões políticas exercidas pelo governo de John Kennedy acabaram favorecendo a aproximação com o bloco soviético.

Temendo que a experiência cubana inspirasse outras revoluções, o governo norte-americano resolveu criar um programa de cooperação econômica às demais nações americanas conhecido como “Aliança Para o Progresso”. Além disso, os EUA impuseram um embargo econômico que pretendia enfraquecer o novo governo liderado por Fidel Castro. Antes disso, em 1961, os norte-americanos tentaram invadir Cuba no frustrado ataque à baia dos Porcos.

No final de 1962, a aproximação ao bloco socialista estabeleceu a instalação de mísseis soviéticos em Cuba. Tal ação causou uma enorme tensão diplomática com os EUA, que se sentiram ameaçados com a deflagração da chamada “crise dos mísseis”. Após a resolução do conflito, que acabou com a retirada do armamento soviético, o governo cubano tentou apoiar os movimentos guerrilheiros na América Latina. Essa política resultou na morte e execução de “Che” Guevara, em 1967, na Bolívia.

Na década de 1970, o alinhamento junto à URSS promoveu uma grande dependência da economia cubana junto aos socialistas. Duas décadas mais tarde, a crise do bloco socialista exigiu que o governo cubano – durante todo esse tempo controlado por Fidel Castro – remodelasse a economia cubana com a adoção de medidas que viabilizassem a sua recuperação. Apesar desses problemas, esse governo teve grandes avanços nos campos da saúde e na educação.

Nos últimos anos, a situação cubana se mostra indefinida com as pressões políticas favoráveis ao fim do embargo econômico ao país latino-americano. Em 2008, após a saída de Fidel Castro do governo, criou-se uma grande expectativa sobre a remodelação das relações entre Cuba e Estados Unidos da América. Enquanto isso, a experiência revolucionária cubana perde seu valor simbólico mediante as ações que promovem sua gradual abertura política e econômica.

*Rainer Sousa - Mestre em História

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